A implosão da URSS – 8 de dezembro de 1991
Há 25 anos, numa luxuosa ‘datcha’ para dirigentes, o russo Boris Yeltsin, o bielorrusso Stanislav Shushkevich e o ucraniano Leonid Kravchuk deram o golpe de misericórdia à URSS.
Surpreende que uma data que mudou o mundo não conste dos noticiários, não preencha a imprensa escrita, não seja objeto de análise dos comentadores avençados. Surpreende a unanimidade no esquecimento, dos indefetíveis nostálgicos e dos anticomunistas mais primários, no 25.º aniversário da implosão soviética.
E surpreende duplamente, porque a luta de classes não para nem a vitória ultraliberalista trouxe justiça social; porque falhou o regime que caiu e piorou o que venceu; porque os muros que caíram estão a ser substituídos por outros e a democracia política, vencedora, está em vias de se perder.
A única notícia que li, em português, sobre a Rússia, o país herdeiro de grande parte do que foi a antiga URSS, foi a de que “Portugal ultrapassa Rússia no ranking da UEFA”, como se o futebol fosse a solução para o destino comum da Humanidade.
Quando mais preciso se torna encontrar um novo paradigma que concilie as liberdades individuais e a justiça social, esquece-se a História e disfarça-se o incómodo da reflexão e da autocrítica.
As guerras, as desigualdades económicas e sociais, a fome e a falta de esperança, estão a gerar uma onda de revolta e o retrocesso civilizacional. É trágico repetir erros e insistir em modelos que julgávamos erradicados desde 1945.
As gerações atuais parecem esquecidas do passado e indiferentes ao futuro.
Surpreende que uma data que mudou o mundo não conste dos noticiários, não preencha a imprensa escrita, não seja objeto de análise dos comentadores avençados. Surpreende a unanimidade no esquecimento, dos indefetíveis nostálgicos e dos anticomunistas mais primários, no 25.º aniversário da implosão soviética.
E surpreende duplamente, porque a luta de classes não para nem a vitória ultraliberalista trouxe justiça social; porque falhou o regime que caiu e piorou o que venceu; porque os muros que caíram estão a ser substituídos por outros e a democracia política, vencedora, está em vias de se perder.
A única notícia que li, em português, sobre a Rússia, o país herdeiro de grande parte do que foi a antiga URSS, foi a de que “Portugal ultrapassa Rússia no ranking da UEFA”, como se o futebol fosse a solução para o destino comum da Humanidade.
Quando mais preciso se torna encontrar um novo paradigma que concilie as liberdades individuais e a justiça social, esquece-se a História e disfarça-se o incómodo da reflexão e da autocrítica.
As guerras, as desigualdades económicas e sociais, a fome e a falta de esperança, estão a gerar uma onda de revolta e o retrocesso civilizacional. É trágico repetir erros e insistir em modelos que julgávamos erradicados desde 1945.
As gerações atuais parecem esquecidas do passado e indiferentes ao futuro.
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