Telavive anuncia o Ano Novo com um ”madeiro” a arder na Palestina…
A reacção do governo de direita (extrema-direita?) israelita à resolução do CS da ONU sobre os colonatos em territórios palestinos traduz claramente o regime e Telavive e denuncia as suas secretas intenções link.
O que hoje aparece à flor da pele com a declaração (intenção) de Netanyahu em não acatar a resolução é o assumir, na prática, daquilo que vem fazendo desde a guerra de 67 sob pretexto de garantir a segurança do seu território.
A ofensiva diplomática que o Governo francês prepara para o início do ano novo (15 de Janeiro) pode vir a complicar ainda mais a posição israelita que cada vez mais adquire contornos de indefensável.
A expansão territorial de Israel a partir de um território que lhe foi concedido em 1947 através de uma resolução (181) da AG da ONU tem sido cuidadosamente planeada e executada.
A teoria da segurança e do velho 'espaço vital' foi, como todos sabemos, o argumento de Hitler para anexar o corredor de Dantzig e outros territórios a Leste da Alemanha.
Com que autoridade o Governo de Israel assume a petulância de recursar-se a aplicar uma resolução oriunda do mesmo órgão que criou o Estado Israel?
Existirão acordos secretos com Donald Trump e o indigitado embaixador para Israel David Friedman cuja primeira manifestação é o desejo de se instalar em Jerusalém link?
Ou, pretende Trump, de parceria com Netanyahu, acrescentar mais problemas a uma região já em polvorosa?
Será altura para atear em terras do Médio Oriente o tradicional “madeiro” que, nesta quadra, costuma arder lentamente nos adros e nas praças públicas do interior rural português?
Comentários