A greve dos camionistas, o Governo e o PS
Faltou ao camionista Pardal Henriques, um advogado sem carta de pesados nem tradições sindicais, a envergadura das asas para os voos da sua ambição, apesar de ter chegado a vice-presidente do sindicato que o alugou e o vai despedir. Enganou trabalhadores, que tinham razões justas, e quis enganar o país, que também tem as suas razões.
Quando ontem anunciou que vivia em ditadura, ele que tem mais audiência na RTP do que qualquer ministro, mais microfones para debitar ameaças do que o Governo para se defender, mais tempo para dizer asneiras do que os governantes para protegerem o País, não pôs os portugueses a rir com a ditadura que inventou porque é livre a asneira e não surpreende o dislate.
Quando o camionista honorário disse que sentia vergonha de ser português, não pensou que era mais fácil os portugueses terem vergonha dele, se acaso estranhassem políticos exóticos e sindicalistas de aviário ou em comissão partidária.
O ainda vice-presidente do SNMMP enredou-se numa luta de promoção pessoal à custa de um sindicato minoritário onde pensava fazer carreira no sector dos transportes com a simples carta de ligeiros. Se tivesse êxito, ofereceria os seus serviços aos sindicatos dos maquinistas da CP, pilotos de cacilheiros, motoristas de autocarros, transportes urbanos, táxis e outros veículos. Falhou uma promissora carreira e vai mudar de ramo.
Prestou um grande serviço ao PS, ao contrário do que prestou aos colegas camionistas. Não podendo o Governo deixar paralisar o País, respondeu de forma musculada. Nem podia ser de outra forma perante tamanha chantagem e riscos para o País. Até o PR se arrependeu da boleia dos camionistas, e retratou-se em público.
Quem não distingue bombas de combustíveis de bombas incendiárias, dá combustível aos adversários para se queimar. Diz-se da propaganda pessoal que o advogado Pardal Antunes andou a fazer «ir em busca de lã e vir tosquiado», para prejuízo dos que lhe pagaram tão maus serviços.
Resta-lhe ser cabeça de lista, por Lisboa, do partido de Marinho Pinto, um advogado de passado democrático que ultimamente tem acertado na escolha de pessoas suspeitas. Pela minha parte prefiro uma ditadura de 25 partidos políticos à democracia de um só e não espero pela posição dos partidos para tomar a minha.
Apostila: 1 – Espero que, nas medidas que tomou, o Governo tenha cumprido a lei, pois não aceito que despreze o quadro legal para impedir o direito à greve.
Comentários
Para fazer uma breve e muito incompleta resenha deste autóctone, partindo da condição de emigrante nos EUA ligado à rádio e a empresas do ramo da saúde ocupacional, aos negócios promocionais no estrangeiro (França) numa Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, a uma nomeação pela Lusopress como um "Português de Valor 2018" (que não conseguiu fazer vingar), à instalação daquilo que caracterizou como um 'dos maiores' escritórios de advocacia em Lisboa (um autentico 'feito' para um advogado com início de atividade há 2 anos), escritório transformado em sede social sindical (onde está em exibição uma selfie com o Presidente da República), à vice-presidência de um recém-criado sindicato 'independente' de motoristas, a um processo de investigação por burla no DIAP Lisboa neste momento em curso, a um outro processo preliminar de investigação por burla na Ordem dos Advogados, etc., enfim, uma catadupa de bizarras situações, estranhos comportamentos, que acabam por construir um currículo atípico (para não dizer 'suspeito') e, ao mesmo tempo, colorido com uma sucessão de estranhos factos, verdadeiramente inebriante.
Na realidade, o relevante é saber como um País pode ser ameaçado e ficar 'prisioneiro' de um indígena deste calibre?
E mais importante, ainda, será encontrar caminhos no âmbito do regime democrático para tentar livrar-nos deste tipo de pessoas que pretendem desenvolver no País um 'empreendedorismo sindical', de novo tipo (?), com objetivos obscuros e indefinidos e um descarado oportunismo. Convinha ter a noção que o recém constituído SNMMP não representa uma situação ímpar e excecional. Recentemente tivemos outros exemplos.
Fazer isto (reverter os enviesamentos processuais) sem espezinhar as liberdades fundamentais, constitucionalmente consagradas, e evitar denegrir os direitos económicos e sociais dos trabalhadores (...que já colecionam obstáculos e inimigos que cheguem no seio do sistema!) será, em última análise, o desafio político e institucional que esta anunciada greve coloca ao regime.
Aliás, existe uma outra interrogação que nos deve pôr de sobreaviso.
Porque razão ameaças aos regimes democráticos passam muito frequentemente por greves de camionistas (ver Chile no tempo se Allende e Brasil na época pré-Bolsonaro)...
É exactamente o que eu penso. Isto está tudo interligado, quando se aproximam as eleições em Outubro, para, não só derrubarem o actual governo, como reimplantarem neste país um regime político neo-nazi-fascista/Salazarento, como já aconteceu em alguns países europeus (Itália, por ex., França/quase e etc.).
ABAIXO ESTA GREVE SEM AS RAZÕES DAS GREVES NORMAIS, pois tudo o que os fascistas do sindicato dos motoristas exigem, já está previsto obterem até 2021..., daí os seus objectivos sejam os que eu já referi acima!
Fora com o fascista Pardal (que surgiu não se sabe de onde, ao volante de um Maseratti).
E A CONFERÊNCIA CONVOCADA PARA DEPOIS DE AMANHÃ (dia 10) pelo neo-nazi-fascista Mário Machado, que convidou os neo-nazi-fascistas europeus para a mesma? ACHAM QUE TUDO ISTO NÃO TEM A VER COM O OBJECTIVO QUE EU REFIRO NO 1º PARÁGRAFO deste coomentário? DESENGANEM-SE, NÃO SE DEIXEM MANIPULAR, MUITO CUIDADO!!!