Reino Unido
A mais antiga e sólida democracia do mundo sucumbe às desvairadas ambições de um mitómano.
A suspensão do Parlamento, contra a expressa vontade deste, é um golpe na democracia constitucional, subscrita pela mão de uma rainha obrigada a assinar todos os papéis que o PM lhe exija, para manter o fausto de figura decorativa herdada pela via uterina.
Ninguém duvida da inteligência perversa do PM inglês e do ódio à União Europeia, mas o gesto de traição ao Parlamento é um sintoma de que as instituições britânicas estão obsoletas e de que a tradição já não é um seguro contra aventuras de um autocrata capaz de tudo.
O Parlamento foi dispensado por um golpe palaciano de uma figura grotesca que apenas os militantes do seu partido sufragaram. Neste jogo antidemocrático que ora começa é o futuro do Reino Unido e das suas instituições que fica em xeque, ao arbítrio do antigo jornalista que foi despedido por enviar mentiras ao jornal que lhe pagava.
Já não é a decisão legítima sobre o Brexit, prejudicial ao RU e à UE, que se discute, é o futuro da democracia parlamentar que ameaça morrer no seu berço, a deriva populista a alastrar a um país imprescindível para a estabilidade da Europa, o desvario a atingir uma reserva ecológica da democracia.
Quando as regras democráticas contrariam um alucinado, este muda as regras.
A suspensão do Parlamento, contra a expressa vontade deste, é um golpe na democracia constitucional, subscrita pela mão de uma rainha obrigada a assinar todos os papéis que o PM lhe exija, para manter o fausto de figura decorativa herdada pela via uterina.
Ninguém duvida da inteligência perversa do PM inglês e do ódio à União Europeia, mas o gesto de traição ao Parlamento é um sintoma de que as instituições britânicas estão obsoletas e de que a tradição já não é um seguro contra aventuras de um autocrata capaz de tudo.
O Parlamento foi dispensado por um golpe palaciano de uma figura grotesca que apenas os militantes do seu partido sufragaram. Neste jogo antidemocrático que ora começa é o futuro do Reino Unido e das suas instituições que fica em xeque, ao arbítrio do antigo jornalista que foi despedido por enviar mentiras ao jornal que lhe pagava.
Já não é a decisão legítima sobre o Brexit, prejudicial ao RU e à UE, que se discute, é o futuro da democracia parlamentar que ameaça morrer no seu berço, a deriva populista a alastrar a um país imprescindível para a estabilidade da Europa, o desvario a atingir uma reserva ecológica da democracia.
Quando as regras democráticas contrariam um alucinado, este muda as regras.
Comentários
Dois anos é muito tempo para o parlamento do UK tomar uma decisão democrática sobre o Brexit.
Rejeitaram o acordo firmado com Teresa May sem serem capazes de contrapor outro acordo com que concordassem. Também não quiseram eleições antecipadas...
São estas oportunidades de que os tiranos gostam para entrar em cena...
Hoje até um 'despenteado mental' como Boris Johnson atreve-se a fazê-lo. Definitivamente, a tradição britânica (parlamentar e democrática), da mais velha democracia do Mundo, já não é o que era.
E, no meio da confusão, surpreendentemente para todos, Jeremy Corbyn (o moderno 'protetor' da Casa dos Comuns) não é nem uma sombra do controverso e histórico Oliver Cromwell.
God save... qualquer coisa, que possa sobreviver aos cacos de um Brexit (sem indícios de qualquer acordo)
"Não foi possível enviar a tua mensagem porque esta inclui conteúdo que outras pessoas no Facebook denunciaram como abusivo."
MCTorres