Assim vai a vida política nacional…

Marcelo, talvez afónico ou em retiro espiritual para se penitenciar da loquacidade e do ativismo que atirou o País para o caos, há de assistir impotente à degradação que trouxe à vida política e ao regime.

Por sua vez, o PM, pouco recomendável, revelou-se um jogador melhor que Marcelo, até à perda da credibilidade deste e da sua redução à insignificância institucional.

Foi assim que Montenegro, acossado pela devassa à empresa de fachada onde recebia as pingues avenças destinadas à família, impediu Marcelo de procurar substituí-lo no PSD, partido que foi sempre seu e desgraçadamente levou ao poder com este PM na chefia.

Montenegro, de cuja honorabilidade impede o escrutínio, honorabilidade que só existe nas declarações dos ministros que envia às televisões, resolveu antecipar-se e avançar para uma moção de confiança que sabe condenada ao fracasso antes de se submeter ao escrutínio e à sua substituição no partido e no governo.

Há neste ato de audácia a vertigem suicida com que arrasta o PSD, o Governo e o PR, à espera de que as urnas lhe garantam o poder, um pequeno Trump à espera do veredicto eleitoral que substitua o julgamento dos Tribunais à SPINUMVIVA, mero heterónimo empresarial de Luís Montenegro.

O medo e a fuga em frente de Luís Montenegro são os responsáveis das cada vez mais prováveis eleições, mas não é claro que, tal como nos EUA, a honestidade seja exigida.


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