Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
Morreu tarde e não pagou pelo que fez, o grande cão!
A este execrável ditador - a morte - libertou-o de prestar contas à justiça pelos seus crimes contra a Humanidade.
Morreu no aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (há 56 anos). O destino tem ironias... que evocam o destinatário.
A História encarregar-se-à de o inscrever como um tirano, contumaz.
E que viva o Chile democrático!
espero que não seja por isto, que os processos e investigações parem. ainda cá ficaram muitos que o ajudaram.
já agora o que pensa do pequenino fait-divers que dou conta no bicicletaderecados.blogspot.com, que mete afonso henriques, a camara de coimbra e o mata-frades?
gostava de o ler sobre isso.
cumprimentos.
Gostaria de ter sido eu a escrever o post que refere.
Regressei hoje à tarde a Coimbra donde estive ausente quase cinco dias.
Lamento não ter tempo para responder a todos os desatinos autárquicos e outros.
Que memória de ti se consente,
Repousa no inferno eternamente,
Que nenhum Chileno ficará triste !...
Este melro, que já nem sai dos USA com medo, tanto apoiou o Pinoche !?...
Pendurá-los, era ainda pouco !
Agora só falta o Fidel !
A não esquecer também, mas está quase...
Terá cometido erros, pois sim, quem os não comete?
Mas, por outro lado, salvou o Chile dos comunistas destruidores e saneou as finanças do país, transformando-o numa Nação próspera.
Falta faria cá um Pinochet...
Paz Eterna à sua Alma, na Graça de Deus Nosso Senhor.
Já agora, não era mau actualizar-se um pouco sobre essas maravilhas económicas do carrasco do Chile.
Quanto ao respeito relativo à morte do ditador Pinochet devemos-lhe o mesmo que teve em relação aos milhares de mortes e desaparecidos de que foi - apesar da impunidade que o "contemplou" em vida - responsável.
Para quem é - como repetidamente afirma - um fanático lutador "Pela Vida", relativizar estes milhares de mortos é intrigante.
Em questões éticas mais parece um catavento...
Quer comparar a vida de dissidentes, ameaçadores da segurança interna do Chile, agitadores e perturbadores da Paz Social, com a Vida de criancinhas inocentes e indefesas?
Onde encontra aqui a "relativização"?
"Relativizar" entre criminosos (à luz da Lei vigente) e seres humanos indefesos e inocentes, não é "relativizar". É como diz, e bem, lutar pela Vida!
Assim ficamos a saber que a vida tem para si valores diferentes conforme se tratem de "dissidentes" ou de "criancinhas" (penso que queria dizer fetos)...
Portanto, para si, a vida não é um valor absoluto a conservar em quaisquer circunstâncias. Fica a pairar, no ar, que, para "alguns", defende a pena de morte...
Logo, tudo isto, depende da sua cabeça (ideologia) e das ocasiões (oportunismo).
Vê agora onde está a relativização?
Quando brada que a Esquerda tem "uma cultura da morte" devia parar e pensar...em Pinochet e, já agora, no "caudilho" Franco que, em breve, ser-lhe-á revelado em pormenor (for aplicada a "lei da memória histórica")...
Além de um comportamento político-social, cultural e ético do tipo "catavento", o mais grave é a sua cabeça carecer de coerência.
PS - "À luz da lei vigente" (como escreve no seu comentário) o criminoso sempre foi Pinochet que derrubou pela força bruta o Presidente em exercício Salvador Allende, legitimamente eleito pelo povo chileno. Não vale a pena deturpar a História ou tentar re-escrevê-la.
Acto patriótico e de salvação, em prol de todo um povo e de um país em decadência marxista, esse sacrifício necessário.
Deus o guarde em eterno descanso.
No entanto podemos tirara uma lição dos seus últimos tempos de vida, nunca devemos confiar no inimigo, nem mesmo quando o mesmo se apresenta na pele de democrata.
Vai ser enterrado sem praticamente nenhumas honras de estado e criticado e vilipendiado por todos os órgãos do sistema. Estou certo que quando morrer o assassino Fidel, toda camarilha dos sistema ajudada pelos merdia vai chorar a sua morte.
Concorde-se ou não com as suas decisões e posições políticas, Pinochet merece o nosso respeito e mais ainda a nossa admiração pela nojenta persiguição que lhe foi movida após ter cedido voluntariamente o poder.
Agora quando morrer o Fidel, vou gostar de ver os comentários.
Esta extraordinária produção literária é sua?... não acredito.
Manuel Brito/Porto.
o pinochet e fidel são faces de uma mesma moeda, quem mata os seus opositores não merece viver em liberdade.
Quando vi o "chove em santiago" fiquei chocado e revoltado.
Fazia-lhe bem ver esse filme.
Espero que pelo menos Pinochet,tenha morrido de remorsos.
"Pinochet salvou o Chile da derrocada económica e social, tendo para isso que sacrificar uns quantos de extrema-esquerda armados até aos dentes." ...
Foi quase isso, mas não isso mesmo!
O reclamado (por si) sucesso económico fez-se à custa de um elevadíssimo custo humano e do esmagamento das instituições.
No final dos seus 17 anos de ditadura, mantinha o pais a "ferro e fogo", isto é, não conseguiu qualquer tipo de reconciliação social. O seu suporte era, sempre foi, a força e, o seu instrumento de poder, a repressão.
Agora o sacrificio da extrema-esquerda "armada até aos dentes"...
Não dá para acreditar! Um só exemplo para amenizar o seu delírio visionário - o cantor Victor Jara a entrar no estádio (transformado em campo de extremínio) "armado" com uma guitarra...
Assente neste exemplo, endosso-lhe, para sua reflexão, os versos, inacabados, compostos por Victor Jara, já prisioneiro no Estádio do Chile:
"Que gritem esta ignominia!
Somos dez mil mãos menos que não produzem.
Quantos somos em toda a pátria?
O sangue do companheiro presidente golpeia mais forte que bombas e metralhadoras.
Canto, que o mal me sai quando tenho que cantar espanto!
Espanto como que vivo como que morro, espanto.
De ver-me entre tantos e tantos momentos de infinito em que o silêncio e o grito são as metas do que vejo nunca vi e o que sinto a a brotar no momento..."
Espero que, como "pai de família", não deseje que os seus filhos vivam num país onde possam ter lugar este (como classifica)- "acto patriótico e de salvação".
PS - Hoje, o Estádio do Chile chama-se Estádio Victor Jara.
Manuel António Pina
hoje no JN
Se acreditasse na Providência, se acreditasse na Justiça, divina ou humana, se acreditasse que Deus pode ter algum incompreensível espírito de humor, se acreditasse na ironia do acaso e não apenas no acaso, atribuiria talvez significado ao facto de Pinochet ter morrido no Dia Internacional dos Direitos do Homem. E, se acreditasse numa vida para lá desta vida, imaginá-lo-ia recebido por gritos e punhos fechados à porta do último círculo do Inferno, finalmente confrontado, olhos nos olhos, com as suas vítimas e os seus crimes (no meio da multidão de mortos e desaparecidos, Victor Jara cantaria ainda, suprema humilhação, uma canção de amor). Por fim, se acreditasse na poesia dos símbolos, acharia absurdo que tenha morrido do coração. Não, a morte de Pinochet não teve, como a sua vida não teve, qualquer desígnio moral. Todos os dias morrem assassinos e semeadores de infelicidade e nem por isso o mundo fica melhor. Em alturas assim gostaria de acreditar que há algures um Deus justiceiro que pede contas a gente como Pinochet. Mas, se houvesse, decerto haveria também um advogado do Diabo (talvez algum "Chicago boy") a argumentar por ele. E, estando certa a convicção mística de Swedenborg, acabaria no Inferno não por castigo mas por livre escolha.
__13-12-06