Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Haverá uma legião de barões do PSD a abrir garrafas de champanhe...!
Por outro lado, outra legião de notáveis do PS, esfregam as mãos pensando na maioria absoluta...!
Mas, de facto, nenhuma destas atitudes serve a Democracia.
E sondagens são pesquisas sempre inacabadas e precárias, até ao momento eleitoral.
Assim vai Portugal: a oposição ao Governo é feita por Manuel Alegre, alguns floridos de Carvalho da Silva e uns sound-bytes de Louçã.
Ora, para quem entende que Portugal precisa de uma nova maioria absoluta de Sócrates, como é o meu caso, não poderia haver pior cenário. A manter-se esta calmia dificilmente haverá uma votação consistente e entusiasmante que permita esses milagreiros 45%. Um problema da lei eleitoral, sem dúvida...
Segundo as sondagens, e as coisas a continuarem assim no PSD, cedo cedo chegará o BE a segundo maior partido