CRISES: sobreviver, viver melhor ou bem…?
O mundo vive, hoje, sitiado por “crises”…
Temos à perna a crise financeira, económica, social, política, climática, alimentar, etc.
Mas no fim deste longo ciclo podemos acrescentar as crises dos modelos civilizacionais da vida de que o fanatismo e o terror são partes integrantes…
E, se calhar, uma crise epistemológica!
Todavia, os políticos, mais por questões filológicas do que por rigor, preferem-lhe chamar uma crise de segurança…
Hoje falamos e defendemos os Direitos Humanos, mas já não é tão exótico falar, p. exº., dos Direitos da Natureza…
Hoje depois da correria desenfreada do neoliberalismo surge de novo o paradigma do Bem-estar. Assumindo conceitos como complementaridade, reciprocidade, solidariedade e uma cultura de vida comunitária, frente ao capitalismo individualista, predador de virtudes e alfobre de defeitos.
O socialismo, que devia existir como contraponto a estas “crises”, embora incontestavelmente mais empenhado em modificar as condições de vida económico e sociais, na área do desenvolvimento teve comportamentos (“vias”, “derivas”) muito similares ao apetite predador do capitalismo…
Todos falam em viver melhor… É só relembrar as recentes campanhas eleitorais. Aliás, viver melhor, ter novas oportunidades tem sido o paradigma da nosso sistema educativo e, quiçá, do nosso modelo de desenvolvimento.
Desenvolvemos uma Educação individualista, baseada na competição em que as pessoas são medidas e julgadas por provas e testes com profundo teor aleatório (as classificações, as “notas”, etc).
Alguém se preocupou em ensinar-nos a viver bem?
- Não! Mas este pode muito bem ser o paradigma da “crise” civilizacional.
Comentários
O novo paradigma não é deixar um mundo melhor para os vindouros, mas sim, formar melhores vindouros.
O viver melhor só poderá ser vivido com menos. O crescimento económico medido como tem sido até aqui, tem sido uma fuga para a frente, para lado nenhum.
Uma possível solução será aprender a viver melhor com menos, porque mais e mais é de loucos e não haverá que chegue para todos.
Não se pode tirar de onde não há e o mundo é finito, como todos nós sabemos.