Movimento 15-M...!
Trata-se - segundo os manifestantes - de um movimento (espontâneo?) que questiona o bipartidarismo espanhol (PP/PSOE) que, ciclicamente, se alterna no Poder. Vai mais longe: É um protesto contra as atitudes da classe política espanhola. Exigem mudanças na forma de fazer política. Reivindicam autonomia perante os partidos e perante a Igreja. As suas semelhanças, ou as suas ligações, com as propostas da “geração à rasca” (portuguesa) ou ainda com movimentos de rebelião nascido no bordo africano do Mediterrâneo serão meras coincidências ou exercícios especulativos...
Este movimento parece ser, essencialmente, a consequência directa, imediata, de um grande contingente de jovens que não conseguem aceder ao mercado de trabalho [a taxa de desemprego dos jovens espanhóis é superior a 40%...!]. Aparentemente é um movimento descoordenado, com um certo grau de irreverência e informalidade, mas pode estar preceder (ou a antecipar) uma eminente ruptura social.
As manifestações levadas a efeito pelo “Movimiento 15-M” têm sido pacíficas. Todavia, não deixam de ser a antecâmara de graves conflitos sociais. Conflitos reactivos às perdas que uma política de pesada austeridade provoca na maioria dos cidadãos.
O actual establishment político (e sindical) não deveria desvalorizá-los… A sua natural tendência é a disseminação a todas as cidades, vilas, etc., contagiando transversalmente todas as gerações em dificuldades. A grande maioria dos cidadãos!
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