O “barco” helénico, mete água...
Berlim, Bruxelas e FMI a favor de reestruturação dívida grega
Face ao agravamento da dívida soberana da Grécia, a Alemanha, a Comissão Europeia e o FMI são favoráveis a uma reestruturação da mesma, ainda que suave, avançou hoje jornal alemão Die Welt, na sua edição online.
Até agora, Berlim, Bruxelas e o FMI tinham recusado a hipótese de reestruturar a dívida helénica, sobretudo porque significaria perdas avultadas para os credores, entre os quais os bancos alemães, que ocupam lugar de destaque.
Agora, porém, face à complicada situação económica grega, parecem dispostos a aceitar não só uma prorrogação dos prazos do empréstimo de 110 mil milhões de euros a Atenas - que ainda nem sequer foi transferido na totalidade -, mas também uma reestruturação da dívida soberana. link
Nestas coisas de política não há fumo sem fogo. Mas o importante será determinar o que falhou. Se o Governo grego ou o programa de resgate (UE, BCE e FMI).
Uma análise fundamental para avaliar a actual situação portuguesa, confrontada com um duro memorando produzido pela mesma troika.
Não vamos voltar a representar a cena de que, nem nós, nem a Irlanda, somos a Grécia. É cada vez mais notório que estamos – todos os países intervencionados – no mesmo barco. Que está de "água aberta" perante a impassibilidade, a insensibilidade e a indecisão dos actuais líderes europeus. Torna-se cada vez mais evidente que a moeda única (o euro) não se salva com estas políticas económicas e financeiras, nem com esta clique política europeia (neoliberal) envolvida em complexos conflitos de interesses. Toda a Europa sabe que a renegociação da dívida soberana grega afectará os principescos lucros dos bancos europeus, nomeadamente, os alemães.
Mas a UE sabe mais. Sabe, p. exº., que a Espanha continua na mira dos mercados. Apesar dos tremendos esforços do governo de J.L. Zapatero (medidas de austeridade, reformas estruturais no mercado laboral, alterações no sistema de pensões e reestruturação das "cajas") o mais recente problema é o das regiões autónomas que não conseguiram cumprir com as metas de consolidação orçamental. Os mercados atacarão por aí.
Portanto, para os ditos "países periféricos" de Bruxelas, Berlim e Frankfurt não chegam boas notícias. O barco europeu mete água por múltiplos rombos...
Face ao agravamento da dívida soberana da Grécia, a Alemanha, a Comissão Europeia e o FMI são favoráveis a uma reestruturação da mesma, ainda que suave, avançou hoje jornal alemão Die Welt, na sua edição online.
Até agora, Berlim, Bruxelas e o FMI tinham recusado a hipótese de reestruturar a dívida helénica, sobretudo porque significaria perdas avultadas para os credores, entre os quais os bancos alemães, que ocupam lugar de destaque.
Agora, porém, face à complicada situação económica grega, parecem dispostos a aceitar não só uma prorrogação dos prazos do empréstimo de 110 mil milhões de euros a Atenas - que ainda nem sequer foi transferido na totalidade -, mas também uma reestruturação da dívida soberana. link
Nestas coisas de política não há fumo sem fogo. Mas o importante será determinar o que falhou. Se o Governo grego ou o programa de resgate (UE, BCE e FMI).
Uma análise fundamental para avaliar a actual situação portuguesa, confrontada com um duro memorando produzido pela mesma troika.
Não vamos voltar a representar a cena de que, nem nós, nem a Irlanda, somos a Grécia. É cada vez mais notório que estamos – todos os países intervencionados – no mesmo barco. Que está de "água aberta" perante a impassibilidade, a insensibilidade e a indecisão dos actuais líderes europeus. Torna-se cada vez mais evidente que a moeda única (o euro) não se salva com estas políticas económicas e financeiras, nem com esta clique política europeia (neoliberal) envolvida em complexos conflitos de interesses. Toda a Europa sabe que a renegociação da dívida soberana grega afectará os principescos lucros dos bancos europeus, nomeadamente, os alemães.
Mas a UE sabe mais. Sabe, p. exº., que a Espanha continua na mira dos mercados. Apesar dos tremendos esforços do governo de J.L. Zapatero (medidas de austeridade, reformas estruturais no mercado laboral, alterações no sistema de pensões e reestruturação das "cajas") o mais recente problema é o das regiões autónomas que não conseguiram cumprir com as metas de consolidação orçamental. Os mercados atacarão por aí.
Portanto, para os ditos "países periféricos" de Bruxelas, Berlim e Frankfurt não chegam boas notícias. O barco europeu mete água por múltiplos rombos...
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