Obama e o conflito israelo-palestino
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu hoje que as fronteiras de Israel e de um futuro Estado palestiniano devem basear-se nas de 1967 e que a Palestina independente não deve ser militarizada.
“As fronteiras de Israel e da Palestina devem basear-se nas delimitações de 1967 com mudanças apenas se as duas partes estiverem de acordo para garantir que haverá fronteiras seguras e reconhecidas pelos dois Estados", defendeu Obama num discurso sobre o Médio Oriente, feito a partir do Departamento de Estado. "A retirada completa e gradual das forças militares israelitas deve ser coordenada com a ideia de responsabilidade de segurança palestiniana num Estado soberano e não militarizado”, afirmou ainda o presidente. link
Será, porventura, a mais profunda inflexão da política externa americana para o Médio Oriente. Mas tal facto não é premonitório de uma Paz ao alcance da mão.
Faltam limar muitas arestas. Uma delas é a tal ideia de “responsabilidade de segurança palestiniana num estado soberano e não militarizado”. Na verdade, não parece fácil entender-se a segurança de um Estado Palestino sem que existe um espaço global desmilitarizado. Isto é, a desmilitarização não deve incidir só sobre a Palestina mas sim abarcar toda esta martirizada região. Israel, nome da sua segurança, dificilmente aceitará esta condição. Por outro lado, o reconhecimento de um Estado Palestino soberano implica reciprocidade, ou seja, a aceitação, por parte do Hamas, do Estado de Israel.
A implementação da resolução 242 da ONU (1967 borders) remetendo a delimitação dos dois Estados para as fronteiras de 1967 é um recuo americano para posições mais consentâneas com as perturbações históricas desta região e de certa maneira “apaga” anteriores decisões onde a Administração americana esteve envolvida [Camp David, 1978 e Oslo, 2001]. Israel dificilmente aceitará esta proposta de delimitação. Ela significa para os israelitas ignorar a “Guerra dos Seis Dias”, um marco do conflito israelo-palestino e a base de toda a política de "ocupação" do território realizada por Telaviv, nos últimos 50 anos.
Por outro lado, a delimitação de 1967 representa também um problema territorial para os palestinos - persiste o "problema" de Jerusalém - já que o mapa menos polémico seria o de 1946/47.
Há muito por fazer no conflito israelo-palestino. Seria, contudo, displicente ignorar que, ontem, Obama, deu importantes passos no sentido da Paz.
“As fronteiras de Israel e da Palestina devem basear-se nas delimitações de 1967 com mudanças apenas se as duas partes estiverem de acordo para garantir que haverá fronteiras seguras e reconhecidas pelos dois Estados", defendeu Obama num discurso sobre o Médio Oriente, feito a partir do Departamento de Estado. "A retirada completa e gradual das forças militares israelitas deve ser coordenada com a ideia de responsabilidade de segurança palestiniana num Estado soberano e não militarizado”, afirmou ainda o presidente. link
Será, porventura, a mais profunda inflexão da política externa americana para o Médio Oriente. Mas tal facto não é premonitório de uma Paz ao alcance da mão.
Faltam limar muitas arestas. Uma delas é a tal ideia de “responsabilidade de segurança palestiniana num estado soberano e não militarizado”. Na verdade, não parece fácil entender-se a segurança de um Estado Palestino sem que existe um espaço global desmilitarizado. Isto é, a desmilitarização não deve incidir só sobre a Palestina mas sim abarcar toda esta martirizada região. Israel, nome da sua segurança, dificilmente aceitará esta condição. Por outro lado, o reconhecimento de um Estado Palestino soberano implica reciprocidade, ou seja, a aceitação, por parte do Hamas, do Estado de Israel.
A implementação da resolução 242 da ONU (1967 borders) remetendo a delimitação dos dois Estados para as fronteiras de 1967 é um recuo americano para posições mais consentâneas com as perturbações históricas desta região e de certa maneira “apaga” anteriores decisões onde a Administração americana esteve envolvida [Camp David, 1978 e Oslo, 2001]. Israel dificilmente aceitará esta proposta de delimitação. Ela significa para os israelitas ignorar a “Guerra dos Seis Dias”, um marco do conflito israelo-palestino e a base de toda a política de "ocupação" do território realizada por Telaviv, nos últimos 50 anos.
Por outro lado, a delimitação de 1967 representa também um problema territorial para os palestinos - persiste o "problema" de Jerusalém - já que o mapa menos polémico seria o de 1946/47.
Há muito por fazer no conflito israelo-palestino. Seria, contudo, displicente ignorar que, ontem, Obama, deu importantes passos no sentido da Paz.
Comentários
parece ser impossível de emendar,
dado que o fanatismo religioso dos Sionistas que se consideram o Povo Eleito de Deus,não permitirá nunca
que a Terra da Promissão lhes seja
retirada.Uma Palestina para todos
os semitas viverem em Paz,só será
viável se os seus habitantes se
libertarem da Religião e de boa vontade optarem por uma Rèpública
Federada laica,com dois Cantões,um hebreu ou judeu e outro,árabe.Mas
sem Exército mas apenas Polícia. E fazer de Jerusalém uma cidade internacional e ali instalar a Sede da ONU.E a Religião não se
intrometer na Política nem em manifestações públicas,limitar-se
às Sinagogas,Mesquitas e Igrejas.
Os judeus que estão espalhados por todo o Mundo,deviam ser as pessoas
mais internacionalistas do que quaisquer outras e se não fôra a Religião seria possível uma Palestina para todos.É claro que há
outro aspecto a considerar que impede a unificação,que é o facto de Israel ser a Ponta de lança do anglo-saxão Imperialismo ali no Médio Oriente e uma Palestina neutral,não convém ao Tio Sam mafioso e flibusteiro que pretende ser o Polícia do Mundo inteiro.
"O primeiro-ministro de Israel rejeitou a proposta de Barack Obama de um estado palestiniano com fronteiras anteriores à guerra de 1967. Netanyahu disse que as novas fronteiras de Israel seriam “impossíveis de defender”…. link
A Paz no Médio Oriente não pode estar sujeita a visões unilaterais e sectárias como as exprimidas pelo 1º. Ministro israelita.
Se Netanyahu teme pela segurança das fronteiras israelitas que dirão os palestinos que na “concepção Obama” deverão ser um Estado desmilitarizado?