O 1.º de novembro e as visitas aos fiéis defuntos
A Igreja católica, para quem todos os dias são santos, goza em Portugal da redundância de ter dias santos reforçados. Nem a laicidade do Estado, nem a secularização, a fizeram abdicar de um privilégio que a progressiva entrada de novas religiões no mercado da fé vão tornar conflituoso. Adiante.
O dia 2 de novembro é o dia que a liturgia católica designou por Dia dos Fiéis Defuntos, dia em que, talvez por respeito aos defuntos menos recomendáveis, passou a designar-se por Dia de Finados ou dos Mortos, que abarca o universo dos que entraram em perpétua defunção, sem qualquer distinção de credos, raças, pecados ou afeições eclesiásticas.
Sendo o dia 1 de novembro feriado, desde os tempos do salazarismo, considerado pela Igreja católica como Dia de Todos os Santos, grande parte dos portugueses habituou-se a usar esse dia para homenagear os mortos, um hábito de numerosos povos e culturas, indiferente à antecipação de 1 dia em relação à liturgia. A própria Igreja se habituou à celebração de dois em um, designando a data ‘Dia de Todos-os-Santos e dos Finados’.
O Governo atual começou o ataque aos trabalhadores pela extinção de feriados e, na sua impetuosa sanha, aboliu quatro, após sondar a Igreja católica, e só essa, para abdicar de dois, enquanto ele, sem memória, cultura ou vergonha, rasurava duas datas identitárias, o 5 de Outubro e o 1.º de Dezembro.
Os bispos, mal refeitos da alegria da extinção do 5 de Outubro, renunciaram ao Dia do Corpo de Deus, talvez para não terem de explicar como é que um espírito tem corpo, e ao dia da Senhora da Assunção, efeméride que celebra a assunção do corpo da Virgem Maria ao Céu, facto de que se ignora a data, o meio de transporte e o local de destino.
Mas Bento XVI, que nessa altura estava ainda ao serviço ativo de Deus e da sua Igreja, disse que o dia da Senhora da Assunção era de grande significado e imprescindível. Foi assim que o dia 15 de agosto engoliu o 1.º de Novembro.
Eis como o dia 1 de novembro se tornou um enorme fracasso para vendedores de flores, velas e outra quinquilharia pia, com a perda da importância eclesiástica que, nesse dia, tinha audiência garantida para missas, novenas e orações pelas alminhas do Purgatório.
Bento XVI prestou um bom serviço à diminuição da religiosidade que resta.
O dia 2 de novembro é o dia que a liturgia católica designou por Dia dos Fiéis Defuntos, dia em que, talvez por respeito aos defuntos menos recomendáveis, passou a designar-se por Dia de Finados ou dos Mortos, que abarca o universo dos que entraram em perpétua defunção, sem qualquer distinção de credos, raças, pecados ou afeições eclesiásticas.
Sendo o dia 1 de novembro feriado, desde os tempos do salazarismo, considerado pela Igreja católica como Dia de Todos os Santos, grande parte dos portugueses habituou-se a usar esse dia para homenagear os mortos, um hábito de numerosos povos e culturas, indiferente à antecipação de 1 dia em relação à liturgia. A própria Igreja se habituou à celebração de dois em um, designando a data ‘Dia de Todos-os-Santos e dos Finados’.
O Governo atual começou o ataque aos trabalhadores pela extinção de feriados e, na sua impetuosa sanha, aboliu quatro, após sondar a Igreja católica, e só essa, para abdicar de dois, enquanto ele, sem memória, cultura ou vergonha, rasurava duas datas identitárias, o 5 de Outubro e o 1.º de Dezembro.
Os bispos, mal refeitos da alegria da extinção do 5 de Outubro, renunciaram ao Dia do Corpo de Deus, talvez para não terem de explicar como é que um espírito tem corpo, e ao dia da Senhora da Assunção, efeméride que celebra a assunção do corpo da Virgem Maria ao Céu, facto de que se ignora a data, o meio de transporte e o local de destino.
Mas Bento XVI, que nessa altura estava ainda ao serviço ativo de Deus e da sua Igreja, disse que o dia da Senhora da Assunção era de grande significado e imprescindível. Foi assim que o dia 15 de agosto engoliu o 1.º de Novembro.
Eis como o dia 1 de novembro se tornou um enorme fracasso para vendedores de flores, velas e outra quinquilharia pia, com a perda da importância eclesiástica que, nesse dia, tinha audiência garantida para missas, novenas e orações pelas alminhas do Purgatório.
Bento XVI prestou um bom serviço à diminuição da religiosidade que resta.
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