Uma insuportável deriva…
O primeiro-ministro português navega à vista. Só que a espuma das suas contradições o faz perder a bordadura costeira e a cegueira política a linha do horizonte. Comanda um elenco de ‘perdição nacional’.
Em Setembro passado – durante a campanha eleitoral para as autarquias – ameaçou os portugueses com um 2º. resgate link.
Depois da derrota eleitoral pretendeu 'mobilizar' o País para a conclusão do Programa de Assistência Económica e Financeira facto que no seu entender nos poderia poupar ao tal novo resgate e de uma assentada esconder o falhanço das medidas da 'resgate', perante as quais o actual Governo se ‘ajoelhou’ tornando-se num abjecto cúmplice.
A nuance seria – no entender deste prestimoso funcionário dos ‘credores’ cá dentro - cumprir cegamente o ‘programa’ e tentar regressar ‘cautelarmente’ aos mercados, em meados do próximo ano link.
A nuance seria – no entender deste prestimoso funcionário dos ‘credores’ cá dentro - cumprir cegamente o ‘programa’ e tentar regressar ‘cautelarmente’ aos mercados, em meados do próximo ano link.
Para o 'sucesso' desse plano esperava que a Irlanda abrisse o caminho já que a incapacidade do elenco português para negociar e defender os interesses nacionais é olímpica. Se este for o caminho (o que os 'mercados' não julgam ainda oportuno divulgar) este Governo apressa-se a subscrever, no escuro, o documento que for cozinhado em Bruxelas, Frankfurt e Nova Iorque. De imediato, o novo 'programa' será apresentado ao País, como mais um (indiscutível!) 'compromisso' de 'todos' os portugueses... No dia seguinte, Berlim saudará o 'bom caminho' e o êxito de Portugal. Enfim, o habitual...
Neste fim-de-semana Passos Coelho foi surpreendido pela decisão do Governo irlandês de prescindir da negociação de qualquer tipo de programa cautelar. Pensa - no seu delírio - que pode fazer o mesmo link. Mas pela enésima vez coloca uma condição: o Tribunal Constitucional deverá ‘fechar os olhos' às insanas barbaridades que constam do OE 2014.
Quando for confrontado com os acórdãos do TC (quaisquer que sejam) Passos Coelho deverá elaborar mais um cenário e novas opções. Com uma constante que não sofrerá qualquer alteração: a austeridade será - no entender deste desvairado elenco - para continuar e aprofundar.
É o que se chama um País à deriva.
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