Vêm aí eleições legislativas e presidenciais
Quando se exige serenidade e bom senso, reflexão e inteligência, argúcia e esperança, a proximidade de eleições infeta o ambiente e polui as mentes. Não se pensa no futuro, remói-se o passado e olvida-se o presente. Poupam-se os adversários e combatem-se os que estão mais próximos, na ânsia da caça ao voto.
Não se avalia este Governo, este PR e esta maioria, esquece-se o voto que lhes foi dado e deseja-se que sejam os tribunais a julgá-los, porque só estes podem prender. Não é o futuro melhor que se almeja, é um ajuste de contas que se procura contra os adversários. Rumina-se vingança onde só a humilhação conta e a aniquilação serve.
Das futuras eleições, donde sairá um PR menos mau do que o atual, por não haver pior, pode sair um Governo idêntico, sem aptidão, honra ou patriotismo. A direita une-se, e a esquerda, com pruridos incuráveis e ódios atávicos, é incapaz de fazer uma tentativa patriótica de unidade, no eterno preconceito de quem é ou não é de esquerda, a navegar entre o radicalismo pequeno-burguês e a ausência de reflexão sobre o que é possível no espaço e tempo em que habitamos, condicionados pela geoestratégia regional.
Será triste que o PRD ultrapasse o PCP e o CDS o BE, mas a pulverização da esquerda, onde o oportunismo deixou de ser apanágio da direita, pode levar à ingovernabilidade ou à manutenção da direita no poder.
A comunicação social já está ao seu serviço. Os serviços secretos e tudo o que conta no aparelho de Estado já está minado por quem viu no 25 de Abril a contrariedade que urge apagar e aproveitou os últimos quatro anos para uma desforra irreversível.
Só tenho um voto e não aceito outra forma de escrutínio, mas sei que os adversários têm armas desiguais. E dispõem de outros meios. As esquerdas não são perfeitas.
Não se avalia este Governo, este PR e esta maioria, esquece-se o voto que lhes foi dado e deseja-se que sejam os tribunais a julgá-los, porque só estes podem prender. Não é o futuro melhor que se almeja, é um ajuste de contas que se procura contra os adversários. Rumina-se vingança onde só a humilhação conta e a aniquilação serve.
Das futuras eleições, donde sairá um PR menos mau do que o atual, por não haver pior, pode sair um Governo idêntico, sem aptidão, honra ou patriotismo. A direita une-se, e a esquerda, com pruridos incuráveis e ódios atávicos, é incapaz de fazer uma tentativa patriótica de unidade, no eterno preconceito de quem é ou não é de esquerda, a navegar entre o radicalismo pequeno-burguês e a ausência de reflexão sobre o que é possível no espaço e tempo em que habitamos, condicionados pela geoestratégia regional.
Será triste que o PRD ultrapasse o PCP e o CDS o BE, mas a pulverização da esquerda, onde o oportunismo deixou de ser apanágio da direita, pode levar à ingovernabilidade ou à manutenção da direita no poder.
A comunicação social já está ao seu serviço. Os serviços secretos e tudo o que conta no aparelho de Estado já está minado por quem viu no 25 de Abril a contrariedade que urge apagar e aproveitou os últimos quatro anos para uma desforra irreversível.
Só tenho um voto e não aceito outra forma de escrutínio, mas sei que os adversários têm armas desiguais. E dispõem de outros meios. As esquerdas não são perfeitas.
Comentários
Agora revolução rima com comunicação.