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A mostrar mensagens de maio, 2015

A FRASE

«Precisamos de reforçar a têmpera, a vontade de vencer, a confiança, para consolidar esta trajetória de crescimento económico e criação de emprego que temos vindo a conhecer nos últimos 12 meses». (Aníbal Cavaco Silva, PR, em visita no distrito de Viseu), [como secretário de Estado da Propaganda do Governo] –  DN, hoje, pág.11)

Roma não pagava mas Bruxelas paga

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A FRASE, a tolice e o perigo

«Temos de ter coragem de avançar (…) na descentralização em matérias das decisões escolares, assumindo as câmaras municipais acrescidas responsabilidades nessa área». (Cavaco Silva, sobre a educação em Portugal)

Banco de Portugal

O PR, no seu melancólico ocaso, já veio enaltecer as qualidades do Governador reconduzido, mais uma posição que o enfraquece, a juntar à humilhação a que os partidos do Governo o sujeitaram na AR para alijarem as responsabilidades próprias e às conclusões do relatório parlamentar. Paulo Portas disse que não se muda de vendedor [Novo Banco] a meio da venda. Afinal, não é um Governador do BP, reconduzido em fim de mandato, contra a lei aprovada pela maioria [ouvir os outros partidos], é um administrador de falências. Não é a competência de Carlos Costa que está em causa, é a falta de credibilidade do Governo, do PR e da maioria.

Ordem dos Médicos

A atribuição do prémio Miller Guerra ao cirurgião, António Gentil Martins, não honra a OM e ofende a memória do patrono, democrata e defensor do SNS, que jamais pactuaria com o inveterado salazarista, que foi dos mais violentos adversários do SNS. Quem, numa entrevista recente, chamou ao SNS inglês que a Sr.ª Margaret Thatcher se esforçou por destruir, «o modelo soviético», não era o médico mais indicado para a distinção.

A NOTÍCIA: Espanha – o mau perder da direita

Uma vereadora do Partido Popular de Rafelbunyol (Valência), Nuria Losada, causou polémica com um comentário que escreveu no Faceboock, em relação aos resultados eleitorais e ao descalabro do seu partido na região, em que se lia: «agora vão começar a queimar igrejas e violar freiras» e «na praça de touros construirão um bordel». (Comentário divulgado pelo jornal ‘Levante EMV’) Fonte: DN, hoje, pág. 36

Diferença entre Justiça e jurisprudência

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Noam Chomsky

A cerimónia da bênção das pastas

Não há evidência estatística que prove que a bênção das pastas beneficie os benditos ou seja a carta de recomendação para o primeiro emprego. Não há ensaios duplo-cegos que provem a correlação positiva entre a fé e a preparação académica, entre a hóstia e o conhecimento científico, entre as orações e o domínio das sebentas. Tirando o colorido coreográfico de um bispo paramentado a rigor e estudantes vestidos a imitar padres, não há nos borrifos de água benzida, arremessados a golpes de hissope, a mais leve suspeita de que a benta humidade preserve o coiro da pasta ou do próprio. Há, todavia, no circo da fé, genuína alegria, uma absoluta demissão do sentido crítico, a força poderosa da tradição que arrasta os estudantes para a missa, a suplicar a bênção da pasta e a prometer que vão espalhar a felicidade. Começam no confessionário a confessar os «pecados» em que reincidirão, continuam na eucaristia, despacham umas ave-marias e acabam na cerveja, mergulhando na estúrdia da semana

A ministra das Finanças dizendo que não disse o que disse…

« O governo, na minha pessoa, não disse que tem de haver cortes nas pensões (…) Só lamentamos que o PS  gaste tempo a dizer que o governo diz coisas que não diz em vez de se sentar ao nosso lado para resolver o problema». (Maria Luís Albuquerque, depois de desmentida por Passos Coelho) Ponte Europa : Estando em causa um corte de 600 milhões de euros, previsto pelo PSD, e não havendo corte nas pensões, teme-se que a poupança passe pelo abate de pensionistas)

A Irlanda e os casamentos gay

A Irlanda foi, até há duas décadas, feudo do Vaticano. A IVG era interdita, mesmo em casos de violação, malformação do feto ou risco de vida da mãe. Em 1986, a proposta de eliminar a proibição constitucional do divórcio foi submetida a referendo e rejeitada. Só em 1995, uma emenda removeu a proibição, mas com restrições. Só quando duvidou da virtude dos seus padres descreu do martírio do seu Deus. A violência dos conventos, cárceres privados para a defesa da integridade de heranças e punição de mães solteiras cujos filhos eram retirados para adoção, associada à hipocrisia do clero, aceleraram o processo de secularização do País que a religião mantivera unido. A pedofilia eclesiástica alastrou como nódoa imparável, sob a ocultação das dioceses e o silêncio receoso dos pais. Vários bispos defendiam os padres pedófilos e um, apoiante do celibato do clero, protegeu, com dinheiros da diocese, a filha que ocultava. No dia 22 de maio de 2015, 22 anos depois da despenalização da homoss

A democracia, os referendos e o poder

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A débil formação democrática desta maioria, deste Governo e do seu PR exige-nos uma reflexão sobre os limites do poder que uma maioria conjuntural pode exercer. A maioria saída de eleições deve governar, mas sem exceder os limites do direito e da moral. Direitos humanos não são referendáveis nem os das minorias podem ser cerceados pela maioria no poder. A democracia não é só o exercício do poder da maioria, é também a exigência do respeito pelas minorias. Basta o poder que confere o seu exercício, a vantagem de quem se apodera do aparelho de Estado, dos órgãos de comunicação e se apoia nos detentores dos meios de produção. Sem limites que refreiem os ímpetos, balizem a discricionariedade e impeçam deslizes totalitários, teremos legitimada qualquer sharia ou a forma bizarra com que o Governo prossegue a agenda ultraliberal num misto de incompetência e de vingança. O carácter laico do Estado e a natureza do regime republicano, por exemplo, não são sequer passíveis de revisão, ape

Promiscuidade

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A ser verdade, o último reduto do Estado de Direito sofre da decadência ética do regime.

UGT

«Governo fala, governo cala: Maria Luís admitiu reduzir pensões, Mota Soares diz que não há nada». A UGT confia no desmentido e os trabalhadores desconfiam da correia de transmissão do Governo. Entre o ridículo, a cumplicidade e a irrelevância, a UGT podia fechar as portas se ainda tivesse quem o fizesse.

Ventos de Espanha...

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Os resultados das eleições deste fim-de-semana em Espanha link constituiem um facto político difícil de contornar. Há algo no horizonte democrático que começa a desmoronar-se. No Reino Unido (cada vez menos 'Unido') a maioria nasce de uma minoria de votos, se for contabilizada a globalidade dos votos expressos nas urnas.  Em Espanha (uma mescla de povos feito Reino) a crise económica e social alterou todo o stablishement situacionista que vigora desde a morte (política e física) de Franco.   O PP não perdeu liminarmente a maioria (continua a ser o partido mais votado o que é diferente) mas dificilmente logrará obter hegemonias políticas a que estava habituado quer nos municípios, quer nas comunidades autonómicas. Entretanto, o outro braço da bipolarização – o PSOE – não capitalizou automaticamente, como era esperado, as perdas dos ‘populares’. Pelo meio surgiram novos partidos, entre eles um de protesto (Podemos), e outro de índole mais centrista, moderado, mas

A ministra das Finanças e os pensionistas

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Penso de Maria Luís o que Paulo Portas pensava quando se demitiu irrevogavelmente, talvez o único ponto de acordo com o vice-PM cuja sobrevivência o obriga a suportar as humilhações do PSD. Este Governo, que prometera uma reforma administrativa e ludibriou a que a troika que ansiou nos impôs, limitando-se à cosmética nos nomes de freguesias, manteve os órgãos políticos faraónicos da administração central, autonómica e autárquica e acrescentou as prebendas dessa extensa rede de caciques que vive dos partidos e os alimenta. Não surpreende que, com a terceira dívida pública mais elevada da U. E., e que não para de crescer, a sanha, no estertor do pior Governo, da pior maioria e do pior PR, se vire contra os pensionistas. Aos novos desejam a emigração, aos velhos a defunção.

A FRASE

«O bispo Óscar Romero, morto a tiro em 1980, na missa, 'foi inspirador para o povo de El Salvador e da América', guiado pelas necessidades da população oprimida e pobre». (Barack Obama, presidente dos EUA) Ponte Europa - No apoio ao crime, a CIA foi suspeita.

O insustentável vazio da coligação de Direita…

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Vamos ser claros e objectivos. Bombardeados diariamente por números, estatísticas e projecções perdemos o contacto com a realidade para ancorar em miríficas projecções. Habituados, desde há muito, a um enviesado balanço dos resultados somos, periodicamente, confrontados com este absurdo dislate: a estratégia (política, social, económica e financeira) estava certa e só não atingimos os objectivos propostos porque a realidade de forma insana e teimosa não colaborou. Esta poderia ser a biografia do actual Governo. Em resumo, o cômputo da sua actuação política poderá resumir-se em 3 ‘mais’: mais pobres, mais envelhecidos e mais endividados. Como quer este Governo combater estes ‘mais’? Com dualismos entre alguns ‘menos’ e persecução de outros ‘mais’. Assim: Menos jovens residentes, qualquer que sejam os seus níveis de formação e de aptidões profissionais, obrigados a migraram acalentados por conceitos globalizantes de mais ‘mobilidade’, varrendo para debaixo do tapete a necessid

A beatificação do bispo salvadorenho D. Óscar Romero

O Papa Francisco, ao beatificar, sem necessidade de criar um milagre, Óscar Romero, assassinado durante a missa por um esquadrão de extrema-direita, tomou uma nobre e corajosa decisão e fez justiça a um defensor dos direitos humanos, mártir da liberdade. Corre riscos, tal como Óscar Romero, mas a sua decisão ficará na História para redimir a Igreja católica do passado cúmplice com as ditaduras e das posições do lado errado da vida e da História. Ao honrar o grande defensor dos direitos humanos não prova a existência de Deus mas prova à saciedade a enorme coragem de que um homem de bem é capaz. Para um ateu democrata, laico e republicano, é uma honra prestar homenagem ao gesto do papa católico, associando-me na homenagem ao clérigo que deu a vida pelos pobres na luta pelos direitos humanos.

A PERGUNTA

«Quando alguém pensa por nós, decide por nós, que espaço fica para o desejo de participar e ser solidário e responsável nas consequências?» (Rosário Gamboa, Jornal de Notícias)

A FRASE

«A maior de todas as fragilidades de Sócrates é que qualquer outro cenário que não a sua culpa é mais grave para o regime do que a sua inocência». (Luís Osório, Jornal I)

O FUTURO DE PORTUGAL SEGUNDO O PCP

A jovem e simpática deputada do PC Dr.ª Rita Rato publicou hoje no jornal de Coimbra "As Beiras" a sua habitual crónica, que termina assim: "O PCP tem uma profunda confiança na força dos trabalhadores, da juventude e de todo o povo português para, mais uma vez, como em outros momentos essenciais da história de Portugal, tomar o futuro nas suas mãos." Muito bem. Mas como quer o PCP que o povo português tome o futuro nas suas mãos? Fazendo uma espécie de Revolução de Outubro? Parece-me muito pouco provável!! Em democracia, teria que ser por via eleitoral. Mas como, se o PCP, que se julga dono da esquerda por direito divino, não consegue mais do que os seus cativos 10 ou 12% dos votos? Mesmo uma aliança do PC com o BE - que hoje, pela voz da não menos jovem e simpática deputada Catarina Martins, em entrevista ao "Expresso", se declarou disposto a formar governo com o PC - não teria mais de 16 ou 17%! É que "os trabalhadores, a juventude e o povo po

O untuoso invasor do Iraque anda por aí

Como não vejo TV, julguei que Saramago falava de Durão Barroso, com saia: “8 de janeiro” “Chegaram-me ecos do desastre que terá sido a participação de Zita Seabra no programa de Manuela Moura Guedes. Entristece-me verificar como afinal valia tão pouco, intelectual e eticamente falando, alguém a quem os acasos e as necessidades políticas colocaram em funções e confiaram missões de responsabilidade dentro e fora do Partido. Que Zita Seabra se tenha desempenhado delas, nesse tempo com coragem e dignidade, não pode servir para disfarçar nem desculpar o seu comportamento actual. Zita Seabra é hoje o exemplo perfeito e acabado do videirinho, palavra suja que significa, segundo os dicionários e opinião de gente honrada, “aquele que para chegar aos fins não olha aos meios nem hesita em humilhar-se e cometer baixezas”. Oiço, leio e chego a uma conclusão: esta mulher vai acabar mal.” In Cadernos de Lanzarote: Diário - II pg. 14 e 15 de José Saramago.

Os feriados, a laicidade e a propaganda católica

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Em Portugal não há feriados religiosos, há apenas feriados católicos que tiveram origem na ditadura fascista de Salazar, o que a pia propaganda silencia. Na monarquia, alcova comum de reis e clérigos, até 1910, não havia feriados. O próprio descanso semanal, coincidente com a tradição do domingo [dia do Senhor], teve lugar, em Portugal, em 1907, num governo de João Franco, confirmado por António José de Almeida, quando ministro do Interior do Governo Provisório (1910/1911), e que, como deputado republicano, defendera o descanso semanal no parlamento monárquico. Só na I República, logo em 13 de outubro, aparecem os feriados, todos eles cívicos, em homenagem à República, à Pátria e à Humanidade: 1 de Janeiro – consagrado à «fraternidade universal»; 31 de Janeiro – consagrado aos «precursores e aos mártires da República» data da nossa primeira revolução republicana, no Porto, em 1891; 5 de Outubro – dia da revolução vitoriosa de 1910; 1 de Dezembro – consagrado à «autonomia da

#Religião, não. Islão nunca

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A meio caminho entre o rio Eufrates e o Mar Mediterrâneo, a cerca de 200 quilómetros de Damasco, a cidade de Palmira recorda as lutas de velhos impérios e o testemunho das suas ruínas é (era?) Património da Humanidade. A história é rica no oásis onde jazem relíquias de pedras que falam do Império Romano, monumentos que documentam civilizações que a barbárie pretende apagar. Quando, na juventude, li o romance “As Ruínas de Palmira”, seduziu-me a soberba descrição de um império perdido nas areias do deserto por um filósofo iluminista francês do séc. XVIII – o conde de Volnay –, autor do livro, também filósofo e político. Discípulo de Voltaire, o santo laico da cidade de Ferney, que em sua homenagem passou a chamar-se Ferney-Voltaire, tomou para pseudónimo os seus nomes [Voltaire e Ferney = Volnay]. Volnay foi o primeiro a falar-me das ruínas de Palmira num livro delicioso que a pide ainda não apreendera na biblioteca do Dr. Garcia, médico e democrata da cidade da Guarda, que via

TGV e PSD

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Já poucos se lembram da promessa de Durão Barroso, esse mesmo, o que viu as armas químicas de Saddam Hussein, a prometer que enquanto houvesse uma criança sem médico, não haveria TGV. Depois, esquecido da promessa eleitoral, quando pensava na invasão do Iraque, assinou 5 (cinco)  contratos de linhas de TGV a que não faltou o do Porto para Tuy. Dos TGV de Durão Barroso resta a versão da foto, lenta e melancólica, a ligar a Lousã a Coimbra.

O padre Sousa Lara e os exorcismos

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O ex-subsecretário de Estado de Cavaco Silva, censor de um livro de Saramago, não foi apenas o devoto da missa e da hóstia, inimigo da cultura e da liberdade, foi o crente que mandou erigir uma Cruz do Amor, com 7 metros, destinada a "combater o comunismo e evitar o mal com a chegada do ano 2000", no seu monte alentejano. Entre as suas obras consta um filho, feito certamente de forma casta, a quem ofereceu a administração de uma empresa pública, o Estado é para os amigos e família, mas que preferiu ser padre e especializar-se em exorcismos, atividade que faz parte do alvará de padre mas que, com a escassez de Demónios, passou a ser uma especialidade canónica de autorização episcopal. O padre Sousa Lara, homónimo do bem-aventurado papá, é um reputado exorcista que, munido de uma cruz e de umas tantas rezas, se atira aos demónios como Santiago aos mouros, na diocese de Lamego, uma zona onde grassam ainda o analfabetismo a fome e os diabos, enfim, Terras do Demo. Não há

CONTRIBUTO PARA A HISTÓRIA DA PULHICE HUMANA

É sabido que o governo que detém o poder em Portugal, presidido por Pedro Passos Coelho, lançou centenas de milhares de portugueses na pobreza ou mesmo na mais negra miséria, conduziu a que inúmeras crianças passem fome, reduziu dezenas de milhares de pessoas ao desemprego, condenou outras tantas a uma emigração forçada, e provocou a morte de milhares de portugueses, uns de fome, outros por doenças não devidamente tratadas devido a cortes no serviço nacional de saúde, outros porque, desesperados pela situação que pelo governo lhes foi criada, se suicidaram. Pois agora o mesmo Passos Coelho, conhecedor de todos esses males de que é o principal culpado, teve o supremo cinismo de dizer, perante as câmaras das televisões e com um ar risonho, que tudo isso não passou da cura de uma doença, não sendo sua preocupação “perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor, se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago”. Quer dize

Ocaso das monarquias

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Querem ver que em Portugal, que já se suspeitava não haver Braganças, também não há Borbóns?! http://www.nuevatribuna.es/…/carl…/20150303185238113216.html Carlos IV, el rey cornudo María Luisa, mujer del Rey Carlos IV había comunicado a su confesor, Fray Juan de Almaráz “Ninguno de mis hijos lo es de Carlos IV, la dinastía Borbón se ha extinguido en España”. NUEVATRIBUNA.ES | POR NUEVATRIBUNA

Portugal e os eucaliptos

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O Governo e o PR, que o integra, conduzem Portugal para um desastre cívico, ético e ambiental. A fauna que nos governa destrói a flora, enquanto privatiza a água e torna o ar irrespirável. O País vai-se transformando metodicamente em deserto.

O impoluto e intocável Marco António

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Se este jovem tivesse saído da zona de conforto...

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... sairiam hoje menos.

Frases

«Há uma direita reacionária no poder em Portugal, presidida por um neoliberal assanhado, que não tem sensibilidade e está contra o Serviço Nacional de Saúde» (António Arnaut, advogado, ex-governante e pai do SNS) «O pior que poderia haver para a democracia portuguesa [ou para a coligação PSD/CDS?] ‘é’ [sic] que o Presidente da República, o atual, passasse a ser um tema eleitoral, quer legislativa [sic] quer presidencial». (Marcelo Rebelo de Sousa, comentador político) Fonte: DN, hoje, pág. 8. Ponte Europa: Marcelo já usa a sintaxe do PR

O TGV de Boliqueime

(Paragens do TGV de Boliqueime  à Praia da Coelha – S. Bento e Belém) No melancólico ocaso da presidência, conivente com o Governo a que ampliou o prazo de validade, indiferente à urgência do OE-2016, Cavaco partirá  para a praia da Coelha, sem Coelho, sem Portas e sem saudades, para alívio dos portugueses. Repetirá até ao fim, em recorrente psitacismo, a necessidade dos consensos que impediu e, como novidade, alude à necessidade de um esforço que permita o regresso dos jovens escorraçados pelas políticas que apoiou. Fica o faceboock vazio das explicações que deve aos portugueses. Restam silêncios, na decadência ética do regime, nas burlas dos seus colaboradores próximos, nas escutas, na permuta da casa da Coelha, nas ações da SLN, enfim, dúvidas que pairam na venturosa carreira política do mais impreparado carreirista. O silêncio a que se remeteu contrastou com a estridência da censura à AR, no estatuto dos Açores; ao anterior Governo, na austeridade; à vingança, no discurso d

SINGULARIDADES DO PROCESSO CONTRA SÓCRATES

É já habitual em Portugal haver crimes sem que ninguém seja culpado, sobretudo quando os possíveis culpados são pessoas bem colocadas. É o caso do processo dos submarinos do Dr. Portas – se é que foi sequer aberto um processo – em que houve um crime de corrupção, tendo até dois indivíduos sido condenados na Alemanha por terem corrompido alguém em Portugal, mas em Portugal é como se ninguém tivesse sido corrompido. É também o caso dos crimes de violação de segredo de justiça no processo de Sócrates: os jornalistas souberam coisas que só eram do conhecimento de um círculo muito restrito de pessoas ligadas à justiça, mas é como se nenhuma dessas pessoas lhes tivesse dito nada. O que já é menos comum é haver culpados sem haver nenhum crime. Mas é isso que está a acontecer no caso Sócrates. O que é normal é o processo partir do crime para o culpado, isto é, perante a constatação de que foi cometido um crime, abre-se uma investigação para descobrir quem o cometeu. No caso Sócrates acontece

Os trogloditas de Maomé

Na Síria, as milícias da jihad assassinam dezenas de civis às portas da histórica cidade de Palmira e comprometem o futuro das suas ruínas, um património da Humanidade que a demência da fé ameaça. O fascismo islâmico, misto de ignorância e sectarismo, é uma ameaça à paz e à civilização.

A criação de Relvas, Marco António e Cavaco

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Antes de partirem para a lua de mel, durante o casamento realizado depois de quatro anos de união de facto.

Fátima, terra de fé

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Não sou insensível ao sofrimento dos desesperados que procuram uma boia de salvação, aos doentes que aguardam um milagre, aos crentes que se mortificam na esperança de serem ouvidos por um deus, através de uma imagem de barro, quando os homens os abandonam. Confranjo-me com os deserdados da sorte a rastejar no genuflexódromo da Cova da Iria, com os que envergam os restos da farda que trouxeram das colónias para agradecerem o milagre do regresso, com os pobres que deixam os únicos brincos ou o cordão de ouro que lhes restava na feira da fé que uma legião de clérigos promove. São assim os que sofrem. Seria injusto criticar a ingenuidade de quem foi condicionado na infância, de quem se deixa contagiar pelas multidões, de quem aproveita transportes pagos pelas autarquias em ano de eleições. Vergonha é da multinacional da fé que explora um povo que sofre e a miséria humana ao som de cânticos a um ídolo de barro, que ajoelha a multidão aos pés de um cardeal a um gesto canónico e a

Mais vale tarde do que nunca

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Passos perdidos no labirinto de Bruxelas

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Bruxelas prevê que Portugal venha a falhar a meta do défice, dado o “perigo de desvio significativo” na consolidação orçamental de 2016, e pede (‘impõe’) mais «medidas estruturais» (‘austeridade’) ou seja, devemos continuar a empobrecer, como aprendemos sofridamente nos últimos anos, e preparar-nos para, no calvário, seguir a Grécia. É cada vez mais doloroso recordar as reações de Passo Coelho e Cavaco após a vitória do Syriza, pareciam jograis, numa azeda reação de quem tem da democracia uma leve ideia e respeita os povos consoante a sua opção de voto. Dizem as agências noticiosas que Bruxelas se preocupa com o salário mínimo português e, quando se pensaria que a fonte de preocupação é o montante escasso, é o excesso que vislumbra no miserável montante. Bruxelas prevê para 2016 o défice de 3,1% do PIB, longe dos 2,7% do Governo, que se dedicou à liquidação do Estado e degradação dos serviços públicos, numa programação definida por esta maioria apadrinhada pelo PR. É difícil

Isenção, honestidade e imparcialidade

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Há quem se reclame isento, fazendo generalizações em excesso, e não passa de imbecil, afirmando que todos os políticos são iguais; quem se julgue imparcial por dizer que não é de direita nem de esquerda, lugar-comum de quem é de direita; quem, para que o julguem puro, acuse os outros de desonestidade; quem, em nome da democracia, exija penas incompatíveis com o Estado de Direito e incite os julgamentos populares. Enfim, cada um de nós se julga o padrão da ética e detentor da virtude, chama-lhe tu primeiro, antes de te chamarem a ti. Devo declarar que, julgando-me honesto, tenho a consciência de que não sou isento nem imparcial. Tenho as minhas preferência e posso ser indulgente com amigos e impiedoso com adversários. Satisfaço-me por dizer o que penso, não escrever para agradar e jamais fazer afirmações que saiba falsas. Bastam as afirmações que julgo verdadeiras, os erros que cometo e as imprecisões involuntárias. Quando exonerar os afetos dos julgamentos, abdicar da cultura em

COMUNICADO DO MOVIMENTO REPUBLICANO 5 DE OUTUBRO

A criação do MR5O – Movimento Republicano 5 de Outubro teve como objetivos a defesa e celebração das datas emblemáticas da República, em especial o restabelecimento do 5 de Outubro como feriado nacional, desígnio de que nunca abdicou, e a recuperação do feriado do 1.º de Dezembro, por serem datas identitárias do País que somos. A eliminação do 5 de Outubro e do 1.º de Dezembro do calendário dos feriados feriu profundamente os sentimentos patrióticos e republicanos do povo português. O MR5O de Coimbra nunca duvidou da restituição dos feriados referidos, ansiando pelo fim do pesadelo dos mandatos deste Governo e deste PR. A entrevista do líder do PS, António Costa, ao DN do dia 9 de maio, em que se obriga a repor os feriados que esta maioria, este Governo e este PR exoneraram do calendário, satisfaz a pretensão dos membros do MR5O e da sua direção, motivo por que saudamos efusivamente a decisão do PS, bem como a de todos os partidos que viabilizarem a sua reposição, inclusive o PSD

Santarém já chegou à Madeira… (a de Alberto João Jardim)

Depois do ato hipócrita e oportunista de Cavaco Silva, a condecorar a cidade onde viveu o herói de Abril, Salgueiro Maia, e donde partiu para a gesta gloriosa que culminou com a rendição de Marcelo Caetano no quartel do Carmo, aparecem os ressentidos de Abril a reescrever a História. Cavaco Silva, democrata tardio, outorgou a Santarém a Ordem da Liberdade, não pela relevância da cidade no 25 de Abril, que a não teve, mas para se aproveitar da coragem e nobreza do honrado militar a quem negou uma pensão que concedeu a dois PIDES. É bom lembrar que os militares do 25 de novembro foram também homens de Abril, do «Grupo dos 9» ao general Costa Gomes, que entregou ao comandante militar de Lisboa, general Vasco Lourenço, a coordenação das operações que Ramalho Eanes comandou operacionalmente e onde se destacou o Regimento de Jaime Neves. Isto é a história da data que dilacerou militares amigos e que, por elementar respeito ao 25 de Abril, a única data libertadora e consensual, devia ev

A propaganda do Governo e o PR dele

Da sargeta do silêncio saem bandos de saprófitas do poder, corifeus da central de intriga que cumpriu a agenda ultraliberal, de forma metódica e irreversível, com a ajuda do PR. Nos jornais, na rádio e nos canais televisivos afastam-se os comunistas e ignoram-se as propostas do Livre e do PDR, enquanto se enaltecem as virtudes do pior governo desde a ditadura de Pimenta de Castro e se denigre o PS. Rui Tavares, Ana Drago ou Marinho Pinto não existem, apesar da relevância cívica e do interesse mediático que já tiveram. Vivemos no País de Prós e Prós, num desfile de avençados que exaltam a dupla Portas / Passos Coelho, ignorando o PR por já lhes ser prejudicial e estar demasiado queimado. Há quatro anos, que o PR sadicamente prorroga por mais seis meses, o País confiou na central de intoxicação, dirigida por Miguel Relvas e Marco António. Julgou que traria a felicidade. Agora, os eleitores só serão enganados se quiserem, embora os embusteiros tenham substituído as promessas pelas a

A morte e a morte da Sr.ª Lúcia de Jesus

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A morte de alguém merece-me respeito, mesmo – como era o caso –, quando se tratou da última cúmplice do embuste da Igreja Católica na luta contra o comunismo e no ódio cego à República e à separação da Igreja e do Estado. Em 2005, o cancelamento da campanha eleitoral pelo PSD e CDS e as tergiversações do PS, só encontraram paralelo no ridículo do primeiro-ministro, que pretendeu que fosse declarado luto nacional pela morte da freira enclausurada há décadas e que foi bandeira da campanha do fundamentalismo católico contra o progresso e a liberdade. Da luta contra a minissaia e o divórcio, inclusive casamentos civis, que eram objeto das cartas para Marcelo Caetano, até à convicção que lhe fora transmitida pela Senhora de Fátima de que Salazar fora enviado pela Providência para salvar Portugal, confidência da virgem Maria que foi transmitida a Salazar pelo cardeal Cerejeira, a vida de Lúcia foi a de uma pobre pastora que a ICAR confiscou para um dos maiores embustes do século pass

Passos: o farmacoco...

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“O objetivo que temos é o de vencer a doença, não é o de perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor, se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago ou qualquer outra coisa. Quer dizer, se os efeitos secundários de todo o processo por que se passa valem ou não vale a cura” link Esta parábola de Passos Coelho aos seus 'jotinhas' é bem reveladora da incapacidade, da impreparação e do embuste deste Governo. Se tivesse alguma experiência e saber clínico saberia que mais importante do que a intenção de vencer a doença é fazer o diagnóstico preciso e correcto da patologia que lhe está subjacente.  Os portugueses nunca esquecerão que o seu diagnóstico perante uma crise internacional que nos atingiu foi alimentar o embuste que vivíamos acima das possibilidades. E que essa vivência nos tinha engordado desmesuradamente. Surgiu então assumindo o papel de um 'Tallon da política' e encetou (instituiu) um

Os transplantes, a ressurreição da carne, a vida eterna e o ámen

Há 60 anos (dezembro/1954) o cirurgião americano Joseph Murrey realizou o primeiro transplante humano, um rim doado por um irmão gémeo a outro que estava a morrer de doença renal. A generosidade fraternal foi compensada com mais de 8 anos de vida do irmão transplantado que constituiu família e havia de gerar duas filhas. Os crentes mais devotos de então consideraram tratar-se de uma profanação do corpo e que os médicos se imiscuíram numa prerrogativa de Deus. Nesse dia os homens deram mais um pequeno passo na sua emancipação e Deus um enorme trambolhão. O êxito da operação foi uma vitória sobre a omnipotência e a omnisciência divinas cuja credibilidade sofreu um rude golpe. Desde então, milhares de vidas foram prolongadas, graças à ciência. Quem acredita na vida eterna e na ressurreição da carne, deve perturbar-se com o que acontecerá no Vale de Josafat, entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras, no dia bíblico do Juízo Final. O Deus deles, cruel e medonho, lá estará a julgar os

A FRASE

“Acredito que questões políticas são menos importantes do que algo fundamental como a defesa da paz mundial e da inadmissibilidade de uma catástrofe como a II Guerra Mundial” (Vladimir Putin, sobre ausências na cerimónia do fim da II Guerra Mundial)

A epifania do Cameron de Massamá

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Com o Palácio de Belém refém, Passos Coelho, do alto da formação académica e cívica, viu nas eleições do Reino Unido uma vitória sua. Julgou-se clone de Cameron, licenciado em Ciência Política na JSD, em Economia na Lusíada, e em Filosofia por equivalência, cursos que o seu homólogo fez cedo, com altas notas, na Universidade de Oxford. David Cameron tinha um notável currículo político e profissional quando chegou a PM, sendo o mais jovem desde 1812, aos 43 anos, sem cadastro na Autoridade Tributária, na Segurança Social ou nos negócios. A derrota do Partido Trabalhista é também uma derrota da social-democracia, que o PS representa em Portugal, perigosa deriva para a direita do eleitorado europeu, a quem o ultraliberalismo não consente opções ideológicas e, a prazo, nem a simples alternância partidária, mas Passos Coelho não pode reclamar no PSD de Relvas e Marco António o ideário conservador  britânico que, apesar de ser herdeiro da Senhora Thatcher, não tem a agenda ultraliberal

O Sr. Duarte Pio e o trono abensonhado*

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Anda a paróquia em grande agitação porque o Sr. Duarte Pio, filho de um austríaco que Salazar nacionalizou, aspira ao trono português, como confidenciou numa entrevista ao «I», fazendo prova de vida. O candidato a rei apenas ambiciona a alteração da Constituição da República, em nome da democracia, para permitir um referendo em que o povo possa prescindir do direito de voto para o chefe de Estado, oferecendo-se para assumir tais funções, de forma vitalícia, e perpetuá-las pela via uterina. O Sr. Duarte considera que o país ainda pode acolher a família real [sic], sem dizer se é postulante e se o acolhimento é num Paço Real, extinto há mais de um século, ou centro de acolhimento. O pai viveu em S. Marcos, palácio para onde o ditador o trouxe para, à semelhança de Franco, poder restaurar a anacrónica instituição de má memória. Foi ali que, num longo passeio, o encontraram Paulo Quintela e Joaquim Namorado, quando o locatário, num português rudimentar e com acentuado sotaque, os

Dias Loureiro, empresário de sucesso e farol de Passos Coelho

Corre por aí que um empresário de sucesso, ex-ministro e conselheiro de Estado, agora em extrema penúria, esteva imune a qualquer investigação policial, apesar de ser gente de algo num banco, dos do dinheiro, cuja administração parecia refúgio de governantes do cavaquismo. Só pode tratar-se de calúnia, a alegada penúria e a proteção malevolamente insinuada por inveja de quem caçava com o rei de Espanha, agora jubilado, e tem a confiança do PR e a admiração do PM a quem Cavaco Silva serve de câmara de eco, que denomina colaboração institucional, num ato de remorso do discurso de vitória do 2.º mandato. Passos Coelho não se considera um cidadão exemplar, por não ter saldado à Segurança Social o que devia e o que ficou por saber. Devido ao alegado sumiço de declarações de IRS, mistérios de um país onde o sol bailou ao meio dia, há de considerar-se milagre. Talvez por isso, quer ser como Dias Loureiro, um farol da ética e o empresário padrão, impoluto e empreendedor, alheio à escola de

Eleições britânicas e a União Europa…

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As eleições no Reino Unido embora tenham resolvido o problema interno link no que respeita à governabilidade não trazem boas notícias para a UE. O resultado prático destas eleições será a consolidação da longa 'aliança atlantista’ em detrimento da aproximação encetada em 1973 à Europa. O Partido Trabalhista, com todos os problemas que carrega desde a 'deriva Blair' (também conhecida pela ‘3ª. via’), seria a única resposta eleitoral tranquilizadora para a UE. O Partido Popular Europeu (PPE) que não tardará a aparecer a festejar esta vitória continuará cego perante o projecto europeu que tem sido inquinado pelas políticas ultraconservadoras (neoliberais) emanadas de Bruxelas, Berlim e Frankfurt. Mais uma vez não se colherão lições destas eleições. O facto de o UKIP ter – em termos de resultados – uma expressão parlamentar residual não é tranquilizante. Deve-se mais ao sistema eleitoral britânico do que uma efectiva perda de influência política. E a próxima

«Quando os Lobos Uivam»

«Uma disciplina para todos e, portanto, obrigatória, tendo em conta que o ensino religioso tem um impacto social significativo». (João Duque, professor na universidade católica de Braga, sobre o ensino religioso)

Factos & documentos

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(Recorte de M. P. Maça) Os próceres da ditadura também corriam riscos.

8 de maio. Há 70 anos.

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A vitória sobre o nazi/fascismo O dia 8 de maio de 1945 foi o dia da Vitória contra a Alemanha Nazi, o dia em que os nazis se renderam aos exércitos aliados, em Berlim, em que 1 milhão de pessoas festejou em Londres o fim da Segunda Grande Guerra e a paz regressou à Europa ensanguentada. Há 70 anos findou o mais cruel e demente plano genocida da História. Hoje, parecem esquecidos a data, o pesadelo, o racismo, a xenofobia e os milhões de vítimas. Setenta anos depois, renascem demónios totalitários que deram origem à maior tragédia do século XX. É a história a repetir-se num misto de farsa e de tragédia. Evocar o dia 8 de Maio é condenar a violência de Estado, denunciar o antissemitismo e homenagear as vítimas, todas as vítimas, de diversas origens, que ao longo dos séculos foram perseguidas por preconceitos religiosos, étnicos e culturais. Não esqueçamos que é a economia à solta que cria as monstruosidades políticas de que necessita. Tem de ser a política a comandar a econo

O obscurantismo religioso, a insensibilidade e o aborto

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Criança de 10 anos, violada, grávida de 5 meses No Paraguai, uma menina, com 34 quilos e 139 centímetros de altura, aguenta o peso de uma insuportável violência e a baixeza do sectarismo ideológico do juiz que prolonga o sofrimento de mais uma criança que o padrasto violou. A religião não é um código sagrado que condene ao sofrimento e à morte, que suporte a lei ignóbil que vigora no Paraguai onde a IVG só é legítima em caso de risco de vida da mãe e os preconceitos parecem menosprezar o risco, onde a alegada vontade divina se sobrepõe aos direitos da mulher e à tragédia de uma criança. O risco de vida da mãe é de tal modo desprezado que apenas se aplicou uma única vez, depois de grande pressão internacional, … numa gravidez ectópica. Saberão os padres o que é uma gravidez ectópica, o risco que implica e as sequelas que deixa em qualquer mulher que tenha a fatalidade de uma gravidez extrauterina? Mas não nos afastemos deste caso apesar de as estatísticas hospitalares regista

A Oscar Mascarenhas, amigo e jornalista

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Esperava-o um destes dias, a ele e à Natal,  para jantarmos em Coimbra, e a morte veio assim, de repente, depois de ter estado a trabalhar às 7H00 da manhã de hoje. Parou-lhe o coração, a ele a quem nunca pararam as palavras. Era um homem de convicções, guerrilheiro da palavra que acerta no alvo, numa prosa imaculada, e era a Verdade a obsessão de quem queria que lhe contassem sempre duas versões para ele poder decidir com calma. Na morte do amigo indefetível resta-me o abraço que acabo de mandar, por telefone, à Carolina, sua filha, e à Natal, as duas mulheres que lhe preenchiam a vida, depois da morte da mãe a quem tão poucos anos sobreviveu. Até sempre, Oscar!

Empreendedorismo

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Para memória futura - excelente texto de Nicolau Santos

Anatomia e dissecação de um colossal falhanço (Nicolau Santos, in “Expresso”      Nicolau Santos Fez no dia 6 de abril quatro anos que Portugal pediu ajuda internacional. É mais do que tempo de fazer o balanço dos erros, mentiras e traições deste período e desconstruir o discurso que os vencedores têm produzido sobre o que se passou. 1 A 4 de abril, Angela Merkel elogia os esforços do Governo português para combater a crise, através de um novo plano de austeridade, o PEC 4. Com o apoio da chanceler alemã e do presidente da Comissão Europeia havia a real possibilidade de Portugal conseguir um resgate mais suave, idêntico ao que Espanha depois veio a ter. O primeiro-ministro, José Sócrates, dá conta ao líder da oposição, Pedro Passos Coelho, do que se passa. Este, pressionado pelo seu mentor e principal apoio partidário, Miguel Relvas, recusa-se a deixar passar o PEC 4, dizendo que não sabia de nada e que não apoiava novos sacrifícios. O seu objetivo é a queda do Governo e eleiçõe

A FRASE

«Não podemos calar a nossa indignação e o nosso protesto por mais uma utilização indevida da figura de Salgueiro Maia e da generalidade dos militares de Abril». (Vasco Lourenço, sobre a Ordem da Liberdade atribuída à cidade de Santarém, por Cavaco Silva)

Pedro Cosme Vieira - execrável fascista

Resumo dos temas de capa A história do professor universitário mais odiado em Portugal: fez uma crítica ao programa económico do PS e um deputado do PSD citou-o, mas arrependeu-se logo a seguir; este professor assume-se racista e diz que o problema da sida se resolvia com a morte dos infetados; chama-se Pedro Cosme Vieira. BCP volta aos lucros quatro anos depois. Estreia o filme que Manoel de Oliveira desejou que fosse visto depois da sua morte. O texto de Francisco Louçã sobre o execrável, pode ser lido aqui .