#Religião, não. Islão nunca



A meio caminho entre o rio Eufrates e o Mar Mediterrâneo, a cerca de 200 quilómetros de Damasco, a cidade de Palmira recorda as lutas de velhos impérios e o testemunho das suas ruínas é (era?) Património da Humanidade.

A história é rica no oásis onde jazem relíquias de pedras que falam do Império Romano, monumentos que documentam civilizações que a barbárie pretende apagar. Quando, na juventude, li o romance “As Ruínas de Palmira”, seduziu-me a soberba descrição de um império perdido nas areias do deserto por um filósofo iluminista francês do séc. XVIII – o conde de Volnay –, autor do livro, também filósofo e político. Discípulo de Voltaire, o santo laico da cidade de Ferney, que em sua homenagem passou a chamar-se Ferney-Voltaire, tomou para pseudónimo os seus nomes [Voltaire e Ferney = Volnay].

Volnay foi o primeiro a falar-me das ruínas de Palmira num livro delicioso que a pide ainda não apreendera na biblioteca do Dr. Garcia, médico e democrata da cidade da Guarda, que via com simpatia o empréstimo que o meu colega António Júlio, seu filho, me fazia dos seus livros.

Já não me recordava que Palmira ficasse no deserto Sírio quando o Exército Islâmico (EI) começou a ser o cancro cujas metástases ameaçavam a cidade.

Hoje, após a notícia de que os facínoras de Alá, no auge do fascismo islâmico, tomaram a cidade, senti que, à semelhança das gigantescas estátuas dos  Budas de Bamiyan ou da biblioteca de Mossul, a demência da fé vai reduzindo a pó a memória da civilização.

Na sementeira do ódio é também o iluminismo de Voltaire  e do Conde de Volnay, cuja herança é património da civilização, que está refém da esquizofrenia mística herdada de um beduíno analfabeto e amoral, como Atatürk designou Maomé, pelo bando do EI.

Comentários

e-pá! disse…
A queda de Palmira traduz a ocupação de cerca de metade do território sírio pelo Daesh que consolidou posições numa rota entre o Mediterrâneo e o Eufrates.
Por outro lado, os jihadistas associando esta 'vitória' com a conquista de Ramadi, no Iraque, colocaram-se às portas de Bagdad.
O que se desenha é um Estado Islâmico urbi et orbi.
Entretanto, o Ocidente assiste impávido e sereno a estes bárbaros desmandos civilizacionais.
Envergonhados pelo papel desempenhado no passado recente juraram não por as botas no Médio Oriente.
Mas, não explicaram o que sucederá após o desmembramento de toda a configuração estratégica desenhada no século XX para esta região.
Ou porque não sabem, ou porque não querem...
AJPM de ETZ disse…
Se Palmira for destruída, Durão Barroso é um do principais responsáveis a partir do momento em que apoiou a invasão do Iraque
Terroristas não são apenas os islamitas. Foram-no os invasores do Iraque (cruzados).
Rogerio disse…
Islamização da Europa NUNCA !!! Sharia ???NEM PENSAR ,,,viva a liberdade de pensamento os direitos humanos ,a propaganda Islâmica diz que quem vai derrotar o Ocidente é a ignorância sobre o que é o Islamismo ,,,has vezes ao ler certos comentários temo que eles possam ter razão !!!

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