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A mostrar mensagens de novembro, 2016

Ponte Europa

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Já chegou também a Coimbra . Encontra-se nas várias livrarias Almedina, Bertrand e pode ser pedido à https://www.wook.pt/ com desconto e portes pagos.

A Caixa Geral de Depósitos e a direita

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A simpatia que o atual governo merece e, sobretudo, os interesses nacionais, levou-me a manter silêncio perante a campanha orquestrada pela direita, que persiste na política de terra queimada. Depois da notável vitória, para obter o aval do BCE para a recapitalização da CGD, que a direita dizia impossível, tudo o que podia correr mal, correu ainda pior. À intenção do governo de despartidarizar o banco do Estado, com alteração do seu estatuto, respondeu a direita apontando a exorbitância dos vencimentos, primeiro, e a obrigação de todos os administradores entregarem a sua relação de bens, depois. O Governo terá prometido o que não lhe deixaram cumprir, e a direita rejubilou, porque sabia que administradores estrangeiros e alguns portugueses não tolerariam a devassa às suas fortunas pela comunicação social, ávida de explorar a ódio luso contra a riqueza. A direita, que contratou um funcionário público, o diretor-geral de Finanças, a ganhar o triplo da ministra da tutela (23.480

BRASIL: Impeachment II ?

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O impeachment de Dilma foi a caricatura democrática que tentou encobrir um golpe constitucional que acabaria por guindar o vice-presidente Michel Temer ao palácio do Planalto. Passados poucos meses surge novo pedido de ‘impeachment’ agora solicitado pelo PSOL link . Desta vez trata-se de traficância interna intergovernamental onde vários membros do Governo (incluindo o presidente) se reúnem (variadas vezes) para promover a aprovação um empreendimento imobiliário, ao que suposto ilegal e assim favorecer Geddel Vieira Lima, ministro de Temer. Este teria adquirido um andar no referido prédio que não foi autorizado a construir. link . O problema é que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, tutor do Instituto Nacional do Património Histórico que embargou a construção, terá gravado as conversações entre os pares e o próprio presidente e entregou-as à Polícia Federal. Agora, o que resta para investigar é como o ministro da Cultura cessante teve o desplante de gravar as conve

XXI Governo Constitucional

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Iniciou-se o segundo ano do primeiro governo do PS com apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, a inédita solução que acabou com a chantagem da direita mais reacionária e criou um novo arco da governação, com inclusão dos partidos que a direita considerava impróprios para viabilizarem um governo. Sem se diluírem no OE-2017, viabilizaram-no, num louvável esforço de convergência patriótica e democrática, permitindo o orçamento possível para honrar os compromissos externos e travar a deriva ultraliberal do anterior Governo para desmantelar o Estado. O patético desespero de Cavaco Silva a evitar a posse, as ameaças salazarentas e os esforços do PSD/CDS a intrigarem instituições internacionais, foram insuficientes para traírem a CRP e o único órgão com legitimidade para a formação de governos – a AR. Depois da experiência bem-sucedida, que fatores externos podem comprometer, não há partidos a precisar da unção da direita para serem Governo nem partidos de direita que careçam de atestado

Momento de poesia

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Para Fidel Castro… As árvores ficaram despidas e nuas quando a tua voz se calou na sombra da noite e os astros incandescentes se apagaram ouviram-se os pássaros pendurados nos alpendres e um relâmpago riscou o céu da Serra Maestra até Havana a iluminar o caminho da glória da tua marcha heróica e triunfal… Agora, junto a tua voz à minha memória e à memória da voz do companheiro Che Guevara, o outro astro incandescente da nova aurora o outro herói da gesta revolucionária que acendeu em nós a chama da liberdade e que morreu lutando pelo sonho que sonhou… … Hasta siempre, comandante Fidel Castro… Alexandre de Castro Lisboa, Novembro de 2016

Fidel de Castro (1926 – 2016).

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Morreu o ‘comandante’ da revolução cubana. Castro foi um gigantesco e incontornável protagonista histórico que se tornou um dos mais emblemáticos e consequentes desafiadores do poderio yankee no século XX, nomeadamente depois da II Guerra Mundial. Mas mais do que isso foi um intrépido e valente lutador pela emancipação política, económica e social do povo cubano, lutando - contra todos os 'bloqueios' - pela implantação de um modelo socialista que impressionou o Mundo. A revolução cubana teve um nome: Fidel de Castro. Mas mais do que um nome teve na imagem do comandante um exemplo ‘revolucionário’ que galvanizou muitos cubanos e, em todo o Mundo, influenciou a juventude ‘progressista’ da metade do século XX. Fidel cometeu erros e, hoje mesmo, a Direita sem escrúpulos, sem ter a noção de luto e desprovida de qualquer sensibilidade para uma análise histórica positiva vai vir a terreiro denegri-lo. O gesto fica com quem o promove. É pessoal, afetivo e convicto mas

A frase

«Os portugueses são muito sabedores, já perceberam que [a Caixa Geral de Depósitos] é uma instituição fundamental para a economia do país e uma instituição forte que pode ficar mais forte, o que importa não são os pequenos pormenores do dia-a-dia, o que importa é a linha do futuro.» (Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República)

A ameaça de Erdogan à espera de uma resposta …

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A ameaça de Erdogan à UE é gravíssima. A hipótese avançada ontem  pelo 'sultão' -  em resposta a uma recente recomendação do Parlamento Europeu - ameaçando com a abertura das fronteiras turcas aos povos em debandada de grande parte do Médio Oriente, nomeadamente da Síria, lançará milhões de refugiados no espaço europeu tem, como é previsível, consequências brutais link . Não o move qualquer estratégia humanitária nem de desanuviamento do clima bélico da região mas o ‘califa de Istambul’ sabe que esse acto lançará a Europa no caos. A ameaça de ‘rasgar’ o acordo de contenção dos fluxos migratórios oriundos do Médio Oriente obtido como contrapartida para agilizar o avanço do processo de integração da Turquia na UE, que decorre desde 2005, conheceu diversos sobressaltos. Ankara sempre foi a guarda avançada do Ocidente em relação ao regime soviético. Quando Washington protestava contra a instalação de mísseis em Cuba estava a fazer o mesmo na Turquia. Como a implosão d

Sondagens

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As sondagens são cada vez menos fiáveis, como demonstraram os resultados do Reino Unido, dos EUA e das primárias da direita francesa. De qualquer modo, é sobre elas que analistas e estados-maiores partidários se baseiam. Desta sondagem, ontem conhecida, ressalta um facto surpreendente, a revelar o grau de masoquismo dos eleitores. Como é possível que Passos Coelho e Assunção Cristas, ainda obtenham 30% e 6%, respetivamente, num total que ultrapassa um terço do eleitorado? Lembra o adágio, “quanto mais me bates,…”

FIRED !

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Se os cidadãos tivessem dúvidas sobre a deriva neoliberal do atual dirigente do PSD, que o amarra ao desastroso passado, as declarações de ontem sobre a integração dos trabalhadores precários na função pública foi um exemplo acabado dessa teimosia suicida link .   Passos Coelho , sempre de soslaio para o futuro e de Excel na cabeça acabou por não ser capaz de integrar a precariedade laboral nas suas travestidas ‘reformas estruturais’. Uma das razões invocadas para não apoiar essa integração é que ‘não sabe quem são’…   O contorcionismo alucinogénio do ‘Menos Estado, melhor Estado’, já está mais pessoalizado. Provavelmente, na cabeça do atual dirigente os ‘integráveis’ deveriam ser os ('seus') boys. Esta coisa de tratar os cidadãos pela mesma bitola devem ser um‘esquerdismo radical’…   Entretanto, assume a façanha de, a mando da Troika, ter ‘posto fora’ 80.000 dos 100.000 funcionários que já tinham sido anteriormente integrados. Um palmarés que o seu ‘orgulho de d

Livro «Ponte Europa»

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Para além da amizade, devo a Fernando Paulouro a dedicada atenção e generosa disponibilidade do meu antigo diretor no Jornal do Fundão, quando ali fui colaborador, convidado pelo saudoso Oscar Mascarenhas. Esta referência elogiosa , de quem tem um nome ilustra a defender, como jornalista e escritor, não pode deixar de me sensibilizar.

PSD e o que parece não é.mas é...

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As afirmações do líder do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, ao jornal digital Observador no sentido em que não está aberto um processo de sucessão na liderança do partido são significativas pelo que foi dito e pelo ocultado. link .   Montenegro considera essas conjeturas uma ‘espuma mediática’ e decididamente envolve-se nessa espuma esbracejando, para manter-se à tona, mas acabando por afogar-se nela inundados de contradições. Por outro lado, pretende esconder ‘movimentações internas’ que são referenciadas diariamente como se fossem expressões argumentativas já que não tem coragem de lhes chamar ‘delitos de opinião’. O facto de o PSD ter colocado o processo eleitoral autárquico em 'banho-maria' faz parte de uma estratégia suicida de ‘acalmar’ a tempestade que de anuncia.   Montenegro deve conhecer a expressão de que não há fumo sem fogo e a sua ‘ espumosa conceção ’ sobre o assunto ou é derivada de correnteza das águas ou já há alguém no meio da agitaçã

O perigo vem do Oeste

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Em 20 de janeiro de 1981, Ronald Reagan, ao tomar posse como presidente dos EUA, afirmou que “a solução dos nossos problemas não está no Governo, o Governo é o problema”. O ex-ator secundário de Hollywood juntava-se nesse dia à sua alma gémea inglesa, Margaret Thatcher, eleita sete meses antes, e ao papa João Paulo II que, desde outubro de 1978, dirigia o Vaticano e seria um dos seus indefetíveis sequazes.  A contrarrevolução, conservadora nos costumes e ultraliberal na economia, falhou nos costumes, mas desregulou a economia, precarizou o trabalho e deixou o destino social, económico e político dos povos ao setor financeiro, num frenético avanço do poder do capital sobre o trabalho, à escala global. A via democrática, quando falhou, foi trocada por ditaduras sangrentas que impuseram os objetivos ultraliberais. Hoje, mais de oito anos depois da falência do banco Lehman Brothers e da tragédia que adveio da desregulação dos mercados, não se repensou o capitalismo nem a manutenção

Trump perdeu em votos mas ganhou as eleições

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Imagem de El País Mais de dois milhões de americanos preferiam o mal menor.

COIMBRA - Para a História

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A gralha do DN

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Eu vi a gralha sobre o frade que, por falta de préstimo para funções internacionais, recolheu ao Convento para escrever o último roteiro.  Quanto ao frade, que enjoa a andar a pé, razão por que o motorista o recolhe e devolve todos os dias à Travessa do Possolo, a cerca de 1 km do convento, pernoita ali, na sua toca com duas marquises. Deve andar em meditação profunda, a tentar descobrir porque foi o único PR que conseguiu sair do cargo perante o alívio geral. Ainda espera que, após o esquecimento das malfeitorias que o levaram a reincidir, contra a AR, no Governo de Coelho & Portas, que o País lhe perdoe. A memória é curta, mas o monge de agora era rancoroso e reacionário. E não mudará.

Curiosidades - Opus Dei

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O princípio do fim da ditadura

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Salazar – 29 de julho de 1970 O País não era apenas o offshore da sanidade mental, como ora se diria em português , era a apoteose do ridículo ao nível do aparelho de Estado. Portugal suportou a mais longa ditadura europeia, a mais inútil e injusta guerra colonial, a maior fuga em massa à miséria, para a Europa, enquanto o ditador e os seus cúmplices usavam a censura implacável, prisões sem culpa formada, tortura de presos, julgamentos nos Tribunais Plenários e todas as velhacarias em que as ditaduras são férteis. Julgou-se que o caruncho, no seu incansável labor, tendo corroído uma cadeira, acabaria com décadas de ignorância, fome, atraso civilizacional, analfabetismo, decadência ética, guerra e marginalização internacional, provocando a queda do ditador e da ditadura. Puro engano! Marcelo foi apenas o seguidor que ensaiou a continuação da ditadura com rosto humano, até se desmascarar e precisar do MFA para acabar com os desmandos. O fim da ditadura e o heroísmo dos Militar

Ponte Europa - 19.11.2016

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O lançamento do livro ‘Ponte Europa’, da autoria de Carlos Esperança, ocorrido, ontem, numa escola primária – hoje sede uma das Juntas de Freguesia de Coimbra – transportou-nos a um mundo ‘irreal’. Desde a vetusta escola encimada por campanários e rigorosamente dividida, quanto a género, por muretes divisórios (os muros não são uma criação do presente), onde as crianças viviam um ambiente escolar de semi-clausura, muito ao estilo do estertor da monarquia, onde o arquitecto Adães Bermudes pontificou, foi possível aconchegar um conjunto humano de cidadãos que se dedicaram ao doloroso exercício de reavivar memórias. Este Portugal feito de memórias, de modestos desígnios e muitas ambiguidades mas avesso a tirar lições encontrou aí espaço para celebrar, ontem, uma afetiva e carinhosa cerimónia. Foi possível ‘encontrarmo-nos’ fisicamente e passar a enfatizar uns pitorescos acontecimentos (não obrigatoriamente todos literários), amiudadas vezes pícaros, revisitando um mundo rural, che

Franco, franquismo e impunidade

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Faz hoje 41 anos que faleceu, excelentemente confessado, comungado e sacramentado, o maior genocida ibérico da História sem que lhe fizessem a justiça que coube a Luis Carrero Blanco. A guerra civil espanhola (1936/39) foi tempo de horrores, dos dois lados da barricada, mas foi um golpe de Estado que derrubou o governo eleito, e o general cuja sedição foi designada ‘cruzada’, pelo papa de turno, que iniciou a feroz ditadura fascista que Hitler, Mussolini e Salazar apoiaram. Não bastou a carnificina da guerra. Os fuzilamentos prosseguiram durante vários anos, nas praças de touros e nas ruas onde os falangistas abatiam republicanos suspeitos. Os próprios Tribunais, às ordens do ditador, condenavam à morte e mandavam garrotar. Em Madrid, o delinquente Francisco Franco, que servira às ordens do general mutilado, Millán Astray, autor do grito ‘Viva la muerte!’, continuou a matar adversários através de milícias fascistas que os esperavam. O seu diretor espiritual, Escrivà de Balager,

O dia de ontem - 19-11-2016

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Para mim foi o encontro com velhos amigos no lançamento de um livro, pretexto para abraços e desfile de memórias, num dia carregado de ameaças a nível global. - O Diário de Notícias deixou o edifício que tem o seu nome, depois de 76 anos a repetir outros 76 anos da rua que tem, há muito, o seu nome. Os jornalistas são despejáveis, e havemos de chorá-los agora, quando a especulação imobiliária os aloja em casa, frente a um computador, sem alma, sem gente e sem liberdade. Guardo do DN o artigo pungente e corajoso, de ontem, de Fernanda Câncio, e o do último cronista do DN, Ferreira Fernandes, de hoje. - O dia de ontem, há 41 anos, foi a véspera da morte do genocida Francisco Franco. Escreverei sobre ele, durante a tarde de hoje. Os jornais espanhóis podem esquecer-se e a memória é um exercício doloroso para que vai faltando coragem. Que não me falte. - Conheceram-se os principais colaboradores do protofascista Donald Trump. O homem não desiludiu. A tragédia vem a caminho. Cito a

Comandos: “Mama Sume”, não basta…

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Os dramáticos acidentes que ocorreram no último curso de Comandos e envolveram múltiplos instruendos (2 deles mortais) está a sofrer o desenvolvimento judicial dentro das normas processuais e envolto em inúmeras promessas a mais importante delas será que o assunto será investigado até às últimas consequências.   Apesar do esforço que tem sido despendido pela Procuradoria-Geral da República, em colaboração com a Polícia Judiciária Militar, persistem densas perplexidades. O caso avança com alguma lentidão e as detenções desta semana parecem extemporâneas link .   Desde o princípio havia a noção que um curso destas características (para tropas especiais) teria de ter um comando de forte e uma instrução planeada até ao ínfimo pormenor, bem como apoios logísticos, médicos e operacionais muito estruturados e sensíveis. É um pouco incompreensível como só agora se questiona a cadeia de comando. Ao fim e ao cabo a responsável última de tudo o que possa acontecer num tão exigente ti

COIMBRA - Convite

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Car@s leitor@s O livro «Ponte Europa», cuja apresentação será hoje feita pelo escritor e jornalista Fernando Paulouro das Neves, está disponível durante o lançamento. Encontrar-se-á nas diversas livrarias da FNAC, Almedina, Bertrand e Leya, a partir do dia 25 (data provável), segundo me informou o diretor da Âncora editora, António Baptista Lopes, que estará hoje em Coimbra. Qualquer livraria ou leitor o pode pedir à Editora. Respondo deste modo a numerosos pedidos de informação que me têm chegado. Apostila – Não fiz convites pessoais para não constranger os amigos que não queiram ou não possam estar presentes. De qualquer modo, todos serão bem-vindos.  

O PSD no ocaso de Passos Coelho

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Com Cavaco a bicarbonato para a azia causada pelo sucessor e Passos Coelho como a borboleta ofuscada pela luz, tonta e efémera, o PSD mergulhou no medo ao CDS e no rancor ao Governo, em especial aos partidos que o sustentam. Quando, por essa Europa, a direita radical e ainda mais inculta do que a protagonizada pela dupla Cavaco/Passos Coelho ganha eleições, agitam-se as sucursais do partido e os avençados da comunicação social que apostaram na punição do país, por ter respeitado a composição da Assembleia da República e ter aí construído um Governo democrático. Os democratas convertidos e os videirinhos já buscam nas alfurjas do cavaquismo quem pareça minimamente decente para substituir o incómodo ex-PM. A ausência de qualquer passado que o recomendasse ou o passado que não o recomendava, não o impediram de ser PM durante quatro anos, dilatados por um PR em estado terminal, apoiado num PSD que perdera a capacidade de reflexão. Quando um dia se fizer a História e se compreender

Tesourinho deprimente

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Pobre coluna

Suspeitas sobre o Sr. Manuel Clemente, cardeal de Lisboa

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Clique na imagem para ampliar Não acredito que o cardeal dos colégios soubesse!

A Bulgária e as eleições presidenciais

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Para a História, ficaram rivalidades contra o império otomano e, depois, contra a Sérvia, Grécia e Roménia, sucessivamente. Foi e deixou de ser Estado independente em épocas diferentes. No século passado as suas fronteiras sofreram de geometria variável e a sua população de alterações étnicas, ao sabor da força das armas e da geoestratégia mundial. A Bulgária foi um país aliado do nazismo durante a guerra de 1939/45. Esteve depois sob o domínio da URSS até à implosão desta. Em 2004 passou a integrar a NATO e, em 2007, a União Europeia. No último domingo, o candidato da oposição socialista ao Governo, Rumen Radev, um general pró-russo apoiado por ex-comunistas, venceu as eleições presidenciais contra a rival apoiada pelo primeiro-ministro conservador, Boiko Borisov. Não se trata de mera alternância do poder. O candidato socialista, ao vencer as eleições presidenciais, provocou a demissão, já anunciada, do PM conservador e as divergências atingem o consenso precipitado da União E

A Religião Verdadeira e a verdade das religiões

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O governo alemão proibiu ontem, dia 15, o grupo islamista Die Wahre Religion ("A Religião Verdadeira"), por pregar o ódio religioso e manter contactos com crentes que saíram para a Síria e Paquistão a fim de participarem na jihad. Não há uma só religião que não se considere a única verdadeira, tal como o seu Deus, e falsas todas as outras e o deus de cada uma delas. Essa situação faz de todos os crentes ateus. Estes só consideram falsa mais uma religião e um deus mais. No fundo, somos todos ateus em relação aos deuses da mitologia, e os vindouros estudarão na mitologia os atuais. O problema não está na falsidade das religiões, mas na sua nocividade, sempre que os crentes, convictos da vontade de um ser imaginário, são capazes das maiores crueldades para lhe agradarem. E nem a mentira mais tosca ou a mais primária superstição os inibe de as usarem como armas. Em Itália, um padre católico, que deixou o papa Francisco com os cabelos eriçados, não se coibiu de atribuir os

Europeísta sofre...

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Enquanto muitos, por boas ou péssimas razões, apostam na implosão da UE, certamente com imensas probabilidades de terem uma efémera alegria, há boas razões para temer a tempestade perfeita que se aproxima. Os nacionalismos fervilham, os empregos escasseiam, a xenofobia medra, as diferenças sociais acentuam-se, o crescimento económico estagnou e a crise bancária acompanha a dos valores morais que são a matriz da civilização europeia (com interrupções cíclicas). A autoexclusão do Reino Unido da União Europeia é o exemplo para a debandada de vários países que não têm as tradições democráticas dos ingleses. A eleição de Trump é a panela de pressão que rompe o civismo a que os políticos europeus se obrigavam. As ambições territoriais e a desregulação dos equilíbrios que, diga-se, não foram felizes nem justos, são o fermento de uma época de incerteza e de violência sem antídoto. Há países fragilizados a fecharem-se nas suas fronteiras, outros a ameaçarem dividir-se e, alguns, apost

Os tribunais portugueses e a independência dos juízes_2

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Este texto foi também publicado na minha página do Faceboock onde mereceu vários comentários discordantes, o que vejo sempre com agrado, e raramente comento. Desta vez, houve um comentário que, tendo a minha discordância, não seria motivo para o comentar, se a sua natureza, não exigisse uma aclaração do que considero um perigoso preconceito. Do comentário, reproduzo a parte que importa: “se acreditam, devem estar a sonhar. Por[que] não perguntam a um juiz, que seja do Opus Dei ou Maçom? Acreditam que eles alguma vez fariam mal a um "irmão". Desiludam-se amigos e para os menos atentos aconselho-os a ler os "princípios" nos quais se fundamentam os membros dessas duas "seitas". O apriorismo do raciocínio permite pensar que um juiz católico, muçulmano ou judeu não é capaz de condenar um ‘irmão da fé’ e, por analogia, só podemos confiar na justiça feita por ateus ou, melhor, por agnósticos. De igual modo, a pertença clubística seria determinan

Jorge Sampaio - 26628 carateres

Para memória futura, registo aqui este texto, longo e lúcido , de um excelente Presidente da República. Na impossibilidade de acesso ao texto, passo a reproduzi-lo: Jorge Sampaio 14/11/2016 - 06:45 Jorge Sampaio alerta para a "tendência global" dos movimentos populistas, a propósito também da eleição de Donald Trump. Neste ensaio para o PÚBLICO, o ex-Presidente da República afirma que o "Brexit" constitui um "ponto de não-retorno" e que a própria Europa tem de travar a "corrida para o abismo". Ao optar por me debruçar aqui sobre a “questão europeia”, chamemos-lhe assim, o meu objectivo não é trazer à colação certezas e ideias feitas acerca da Europa, do seu passado e do futuro, mas antes tentar desbravar um caminho de interrogações e perplexidades, que são afinal as de um europeu convicto, que teima em continuar a sê-lo, mas que se confronta com um conjunto de contradições, dilemas e perguntas para as quais as respostas não parecem óbvias