XXI Governo Constitucional

Iniciou-se o segundo ano do primeiro governo do PS com apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, a inédita solução que acabou com a chantagem da direita mais reacionária e criou um novo arco da governação, com inclusão dos partidos que a direita considerava impróprios para viabilizarem um governo.

Sem se diluírem no OE-2017, viabilizaram-no, num louvável esforço de convergência patriótica e democrática, permitindo o orçamento possível para honrar os compromissos externos e travar a deriva ultraliberal do anterior Governo para desmantelar o Estado.

O patético desespero de Cavaco Silva a evitar a posse, as ameaças salazarentas e os esforços do PSD/CDS a intrigarem instituições internacionais, foram insuficientes para traírem a CRP e o único órgão com legitimidade para a formação de governos – a AR.

Depois da experiência bem-sucedida, que fatores externos podem comprometer, não há partidos a precisar da unção da direita para serem Governo nem partidos de direita que careçam de atestado democrático passado por partidos de esquerda.

Acabou a chantagem da direita e a alegada superioridade moral da esquerda numa nova arquitetura que a todos obriga na defesa do interesse nacional através dos partidos que o definem.

É legítimo destacar a capacidade política de António Costa, arquiteto da nova geometria partidária, e a diferença abissal do atual PR cuja inteligência, cultura e sentido de Estado o distinguem do antecessor.

Perante a imprevisibilidade internacional, os portugueses sentem alguma tranquilidade por saberem os mais altos cargos do Estado, que refletem a diversidade ideológica dos portugueses, sem radicalismos e ressentimentos que ameaçam vários países europeus.

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