Durão Barroso: A descoberta tardia de uma luxuriante insensatez…
Durão Barroso foi formalmente ilibado de prevaricação, no seu affair com a Goldman Sachs, mas passou a ser acusado de ‘insensatez’ link.
Para alguns bastará agarrar-se a uma formal ‘legalidade’ (‘não violação das regras éticas’) varrendo para debaixo do tapete outras considerações.
Para outros (muitos) a ética deve ser qualquer coisa de sensato, caso contrário não teria qualquer sentido.
Ora, se existe coisa 'exigível' a um dirigente de um País é a sensatez, ou seja, o bom senso. O que dizer sobre alguém que evidenciou tão gritante carência e ‘comissionou’ uma União de Estados?
O veredicto da Comité de Ética da UE sobre a ‘atitude’ de Barroso vem questionar directamente as capacidade intrínsecas deste cidadão para o exercício do cargo que ocupou ao longo que quase um decénio.
Não é admissível que a ‘insensatez’ tenha atingido o personagem subitamente, ou seja, após ter terminado o exercício das suas funções oficiais na Europa. A insensatez já deve ter infectado as suas performances há muito tempo.
E, agora, quando revisitamos o passado recente fica a impressão de que esta avantesma que ‘comandou’ – através da Troika - a intervenção externa em Portugal, durante 3 porfiados anos (2011-14), estaria com certeza já possuída de tamanha delinquência política. O problema para a Comissão Europeia é que a insensatez, companheira da indignidade, tenha sido tão infantilmente 'revelada'.
Para quem tinha dúvidas, ou deixou-se enredar pelas falinhas mansas da Direita, hoje, será difícil não questionar se o que se passou por cá, na Grécia, na Irlanda, em Chipre não foi um ‘insensato resgate’?
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