O PSD no ocaso de Passos Coelho

Com Cavaco a bicarbonato para a azia causada pelo sucessor e Passos Coelho como a borboleta ofuscada pela luz, tonta e efémera, o PSD mergulhou no medo ao CDS e no rancor ao Governo, em especial aos partidos que o sustentam.

Quando, por essa Europa, a direita radical e ainda mais inculta do que a protagonizada pela dupla Cavaco/Passos Coelho ganha eleições, agitam-se as sucursais do partido e os avençados da comunicação social que apostaram na punição do país, por ter respeitado a composição da Assembleia da República e ter aí construído um Governo democrático.

Os democratas convertidos e os videirinhos já buscam nas alfurjas do cavaquismo quem pareça minimamente decente para substituir o incómodo ex-PM. A ausência de qualquer passado que o recomendasse ou o passado que não o recomendava, não o impediram de ser PM durante quatro anos, dilatados por um PR em estado terminal, apoiado num PSD que perdera a capacidade de reflexão.

Quando um dia se fizer a História e se compreender como foi possível a Relvas e Marco António fazerem de Passos Coelho PM e de Cavaco o seu dedicado protetor, saberemos como foi possível protelar as eleições legislativas e adiar a posse do atual governo, com prejuízos graves para o país.

Quanto maior for a longevidade do XXI Governo Constitucional maior será a aceitação popular de que o arco do poder não seja um modelo de que a direita tenha o alvará, nem a definição de partidos democráticos um monopólio da esquerda.

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