Lembra-se, leitores?
Lembram-se de quando António Costa foi eleito secretário-geral do PS e de quando formou Governo?
Lembram-se da revolta da Mealhada onde Francisco Assis, a espumar de raiva contra o PS, apoiado na AR pelo BE, PCP e PEV, quis criar uma vaga de fundo e conseguiu uma vaga de fumo de um restaurante, vindo da cozinha para meia dúzia de apaniguados, que se substituíram às centenas de militantes esperados?
Lembram-se de Cavaco a ameaçar os portugueses e a denunciar, com os seus grunhidos, aos parceiros europeus de Portugal, o rumo inaceitável de um governo que o salazarista não suportava? Recordam-se do ora Doutor Passos Coelho a implorar a vinda do Diabo e da D. Maria Luís, a fingir de especialista de Finanças, a negociar as informações com um fundo abutre inglês, enquanto o Dr. Portas embarcava no submarino dos interesses?
Que tempos! As televisões prescindiram dos avençados do PSD para ouvirem Francisco Assis, trocaram António Barreto por Assis, José Manuel Fernandes por Assis, Henrique Monteiro por Assis, Luís Monterroso por Assis, Camilo Mendonça por Assis, Ricardo Costa por Assis, Nuno Melo por Assis. Trocaram todos os avençados por um ressentido. Assis era o Marta Soares dos incêndios, a Zita Seabra da fé, o enviado da Providência a salvar Portugal. Nenhum trânsfuga cujo trespasse da consciência tivesse sido comprado pela direita gozou então de tão larga audiência.
Sendo Francisco Assis do PS, o PS passou a ser o partido com mais tempo de antena na TV e na Rádio, nos jornais e nos e-pasquins. Se Francisco Assis fosse social-democrata, a esquerda passaria a ter mais tempo de antena do que a direita. Parecia um comentador de futebol, um presidente de um clube, um Marcelo, uma máquina-falante que a usura desgastou.
Hoje, a direita, para preencher a quota mínima para fingir pluralismo informativo, vê-se na necessidade de convidar um ou outro militante de esquerda.
Apostila – A análise realizada encontrou 27 espaços de comentário «fixo» de militantes partidários. O PSD tem 11 espaços de comentários fixos, o PS tem 7, o BE tem 4, o CDS-PP tem 3, o PCP e o L/TDA [ Livre/Tempo de Avançar] têm um cada. [European Journalism Observatory, 12 de maio de 2016].
Hoje é pior. A direita não brinca em serviço.
Lembram-se da revolta da Mealhada onde Francisco Assis, a espumar de raiva contra o PS, apoiado na AR pelo BE, PCP e PEV, quis criar uma vaga de fundo e conseguiu uma vaga de fumo de um restaurante, vindo da cozinha para meia dúzia de apaniguados, que se substituíram às centenas de militantes esperados?
Lembram-se de Cavaco a ameaçar os portugueses e a denunciar, com os seus grunhidos, aos parceiros europeus de Portugal, o rumo inaceitável de um governo que o salazarista não suportava? Recordam-se do ora Doutor Passos Coelho a implorar a vinda do Diabo e da D. Maria Luís, a fingir de especialista de Finanças, a negociar as informações com um fundo abutre inglês, enquanto o Dr. Portas embarcava no submarino dos interesses?
Que tempos! As televisões prescindiram dos avençados do PSD para ouvirem Francisco Assis, trocaram António Barreto por Assis, José Manuel Fernandes por Assis, Henrique Monteiro por Assis, Luís Monterroso por Assis, Camilo Mendonça por Assis, Ricardo Costa por Assis, Nuno Melo por Assis. Trocaram todos os avençados por um ressentido. Assis era o Marta Soares dos incêndios, a Zita Seabra da fé, o enviado da Providência a salvar Portugal. Nenhum trânsfuga cujo trespasse da consciência tivesse sido comprado pela direita gozou então de tão larga audiência.
Sendo Francisco Assis do PS, o PS passou a ser o partido com mais tempo de antena na TV e na Rádio, nos jornais e nos e-pasquins. Se Francisco Assis fosse social-democrata, a esquerda passaria a ter mais tempo de antena do que a direita. Parecia um comentador de futebol, um presidente de um clube, um Marcelo, uma máquina-falante que a usura desgastou.
Hoje, a direita, para preencher a quota mínima para fingir pluralismo informativo, vê-se na necessidade de convidar um ou outro militante de esquerda.
Apostila – A análise realizada encontrou 27 espaços de comentário «fixo» de militantes partidários. O PSD tem 11 espaços de comentários fixos, o PS tem 7, o BE tem 4, o CDS-PP tem 3, o PCP e o L/TDA [ Livre/Tempo de Avançar] têm um cada. [European Journalism Observatory, 12 de maio de 2016].
Hoje é pior. A direita não brinca em serviço.
Comentários
O único 'abrandamento' verificado neste apocalítico quadro terá sido (?) no (prosélito) terreno religioso. Mas mesmo aí a hierarquia canónica tradicional não tem necessidade de se incomodar pois há sempre alguém do leque partidário (à Direita) a oferecer-se para oficiar a opinião da ICAR.
Trata-se de uma serventia que poderá ser (tem-se revelado) lucrativa em termos eleitorais (entre outros)...
O 'apostolado dos leigos' (e das 'leigas') está em franca expansão mediática!