O regresso de jihadistas a Portugal
O diretor dos serviços secretos britânicos MI5, Andrew Parker, afirmou ontem que o grupo radical Estado Islâmico pretende provocar ataques ‘devastadores’ na Europa, um aviso mais a juntar ao rasto de sangue que o fascismo islâmico, regular e metodicamente tem levado a efeito.
É inquietante o anunciado regresso a Portugal de uma população que o Corão intoxicou e o horror da guerra há de ter refinado. Refiro os jihadistas, a quem se extinguiu o sonho do califado ou, apenas, o consideram adiado, regressados da Síria e do Iraque.
O regresso de mulheres e crianças, vítimas de um ambiente de proselitismo, terrorismo e oração, exige especiais cuidados, pelas ligações sentimentais e religiosas a trogloditas que a fé ensandeceu e a guerra empederniu, ressentidas com a falta de apoio do Profeta e a supremacia dos infiéis.
Sem medidas securitárias que impeçam a continuação da doutrinação e proselitismo, ao mesmo tempo que se promova a integração dos que não cometeram crimes e julgamento dos que assassinaram em nome de um deus idiota e sanguinolento, existem sérios riscos de transformar Portugal num campo de treino do fascismo sunita.
O regresso da Síria, extinto aí o Estado Islâmico, não traz pessoas cientes dos crimes, devolve fanáticos consternados com a derrota. Não são portugueses islamizados, são talibãs recambiados, extremistas cujo mundo é o Corão e a pátria muçulmana.
Quando a fé substitui os neurónios, a identidade é a crença e não o território, a fome do Divino e nunca a cultura ou a língua, e a família é a dos jejuns e abstinências e não a do sangue ou parentesco.
Para quem a religião é o único objetivo de vida, e a alegada vontade de um deus a fonte de todos os valores, a razão e o humanismo não contam, o Paraíso está sempre primeiro.
Esta mistura de fé, demência e ressentimento exige uma vigilância atenta, para preservar a segurança de um país de todos.
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