A direita e os feriados
A direita e os feriados - #montenegronaomarcelonunca
Dos quatro feriados emblemáticos de Portugal há três
identitários do País que somos e da Pátria que temos, 1.º de Dezembro, 5 de
Outubro e 25 de Abril, sendo o 1.º de Maio o dia do trabalhador, feriado
internacional que a ditadura suprimiu.
O 1.º de Dezembro é o da restauração da independência, suspensa
sessenta anos. O 5 de Outubro é o da fundação do regime republicano, regime e
feriado que o ditador Salazar, monárquico, não ousou afrontar. O 25 de Abril é
o Dia da Liberdade, data da liberdade devolvida pelos capitães do MFA numa
madrugada de abril.
Chegados aqui, alguns leitores hão de ter-se interrogado se
o professor que fui durante uma década, até 1971, julga estar ainda a ensinar
estes saberes básicos a crianças, mas era importante lembrar que dois
analfabetos funcionais eleitos, carentes de cultura e de sensibilidade, rasuram
do calendário o feriado do 1.º de Dezembro e o do 5 de Outubro.
Perdeu a legitimidade de comemorar os feriados quem se calou
quando Passos Coelho os extinguiu e Cavaco Silva promulgou a extinção. Tenho a
meu favor o facto de ter integrado com mais 5 honrados republicanos o Movimento
Republicano 5 de Outubro, criado para honrar a República, repudiar a canalhice
e lutar pela reposição do feriado.
Calculam, leitores, como me senti quando vi ontem, a
comemorar o feriado na varanda da Câmara de Lisboa, de onde foi proclamada a
República, o presidente vitalício da Fundação da Casa de Bragança e outros
desprezíveis vassalos que se calaram em 2012!?
Nunca a data e o local serviram tão pérfidos personagens. O pudor
devia tê-los afastado da cerimónia proibida ao povo. Deu-lhes o voto a legitimidade
de subirem à varanda do município, mas devia tê-los impedido a ética, se a
tivessem, de manchar a data e o local. Eis a razão do azedume e da raiva que me
dilaceram.
Viva a República!
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