Freitas do Amaral – 5.º aniversário do seu falecimento

Há cinco anos faleceu Freitas do Amaral, um notável jurista e último líder dos partidos fundadores do regime democrático. Era um conservador fiel à Democracia-cristã a cujo ideário se manteve fiel. Ao contrário do CDS, era um honrado democrata a quem o seu partido maltratou.

O envio da sua fotografia do Largo do Caldas para o Largo do Rato foi o ato gratuito e acintoso do CDS para com o fundador, que nunca pactuou com a deriva reacionária dos que lhe sucederam e que levaria o PPE, de que ele foi presidente, a expulsar o CDS, que só foi reintegrado por necessidade de coligação para Durão Barroso de tornar PM.

O País perdeu um grande político e os democratas sentem que, com ele, partiu a última grande figura civil saída da Revolução de Abril e que, para lá do posicionamento político de cada um, todos sabemos que honrou e serviu Portugal.

Esta é a homenagem de quem respeita o ideário democrata-cristão sem o perfilhar e de quem observa a distância ética e intelectual de Nuno Melo, líder do CDS e ministro da Defesa, que ora ocupa os altos cargos em que Freitas do Amaral serviu Portugal.

Homens como Freitas do Amaral, ex-presidente da Assembleia Geral da ONU, fazem muita falta à democracia.


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