Divagando 13 – OE/2025 – #montenegronaomarcelonunca

O primeiro Orçamento do Estado do cavaquismo com sotaque do Norte é o da direita liberal, ansiosa de confiscar o aparelho de Estado para desmantelar o estado social.

O OE/2025 está antecipadamente aprovado pela abstenção do PS e a discussão é apenas um ritual para a aprovação final ou o pretexto para o PSD provocar as eleições para que se preparou com a folga orçamental herdada e gasta na pacificação da função pública.

A resolução dos problemas da saúde e ensino, em noventa dias, fracassou e não pararam de agravar-se, apenas a perceção melhorou e a contestação esmoreceu.

Com a segurança a perigar nas ruas, nas plataformas digitais, nas cadeias e nos edifícios do MAI, onde os computadores estão à mercê de um qualquer larápio, a perceção é que está tudo muito melhor com a chegada deste governo, enquanto a realidade se agrava.

A geometria eleitoral garante a longevidade do PSD no poder, com ou sem o Chega, em novas eleições. O risco do PSD/Madeira, aliado do Chega, tal como o dos Açores, votar contra o OE/2025, foi afastado, à custa do erário, com mais benesses para os residentes das Regiões Autónomas nas viagens a Lisboa e Porto ou entre as Regiões. O sonho de Alberto João Jardim, tornar refém o Governo da República da satrapia madeirense, realizou-o Miguel Albuquerque.

A novela do Orçamento adia os problemas do Governo com a MAI e o MNE, a primeira claramente incapaz e o outro em conflito com as Forças Armadas por irascibilidade e falta de educação. 

O único grande problema deste governo é o PR a quem deve a sua existência, o agitador que, de dissolução em dissolução da AR, alterou drasticamente a correlação de forças. O agora desesperado promotor da estabilidade teme nova dissolução do Parlamento e tudo fará para impedir Montenegro de se demitir antes de atribuir a culpa ao PS.

Em Lisboa, o mais dissimulado político de direita, ambicioso e sem jeito para autarca, já espera candidatar-se a PR depois de ter falhado ser PM coligado com o Chega, se acaso Montenegro não conseguisse formar governo. Homem de mão de Marcelo, resta-lhe agora a possibilidade de se candidatar a PR depois de Marques Mendes ter falhado o teste da popularidade no 42.º Congresso do PSD. Seria a vitória completa de Marcelo. Continuarei a apreciar a conduta deste Governo, agora e quando o esbarrar na realidade.

Apostila – Durante os graves tumultos da grande Lisboa na sequência da morte a tiro de Odair Moniz na Cova da Moura, perante a cobardia do PR, PM e Presidente da Câmara de Lisboa, o edil de Oeiras, Isaltino Morais, emergiu como o único responsável com sentido de Estado, coragem e empatia à altura das responsabilidades. Compreendi agora o que fez dele o autarca sucessivamente eleito, antes e depois de julgado e condenado severamente por branqueamento de capitais.    


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