Divagando (8) – #montenegronaomarcelonunca
Enquanto Marcelo emborcava moscatel para esquecer o pungente
ocaso em Belém e a D. Lucília Gago gozava a reforma dourada em casa foi
atribuído o prémio Unesco Félix Houphouët-Boigny de 2024 a António Costa. Nem tamanha
azia esgotou nas farmácias o bicarbonato!
Entretanto, no PS surgem como cogumelos em dias chuvosos de
Outono os defensores da aprovação do OE/2025. Há nove anos só Francisco Assis
se dispôs a percorrer TVs em cruzada contra António Costa, agora são muitos
contra Pedro Nuno dos Santos, e os media desenterraram os anátemas ao anterior
líder para os usarem agora contra o atual.
Há nove anos Cavaco tentou dividir o PS e, sem a
inteligência e a maldade sibilina do sucessor, fracassou. E vez de dividir o PS
dividiu o PSD com o Chega. Claro que há quem aposte em dois partidos idênticos,
o PS e o PSD, antes de ser alternativa o Chega.
Sabendo que em democracia liberal, única que defendo, é
impossível um Governo com alguma sensibilidade social sem o PS, deixo aos seus
militantes a decisão de apoiarem o atual ou outro líder para o seu partido. E
lá com eles.
Entretanto vou assistindo às razões que se esgrimem para chantagear
o PS e perpetuar a AD, guerras na Ucrânia e Médio Oriente, execução do PRR,
imprevisibilidade da economia na UE, etc., coisas presentes quando o PR decidiu
colocar ao alcance do PSD o PRR, a excelente situação económica e uma
exuberante folga orçamental.
Agora, com a fadiga eleitoral, o País abúlico e a opinião
pública atordoada, ninguém se rala se os segredos de Estado desaparecem nos computadores
do assalto ao MAI, o caos informático se instala com ciberataques ao Estado ou a
fuga de facínoras de uma cadeia de alta segurança. Antes seria incúria do Governo,
agora são coisas que acontecem. A promessa das verbas da publicidade da RTP aos
privados favorece o silêncio.
Meia dúzia de meses transformaram o governo em que ninguém acreditava
no salvador da Pátria e o PS em inimigo da Pátria deles. E este governo não
augura nada de bom!
Consummatum est. É o triunfo dos porcos. Ave, Marcelo. Ave cesar morituri te salutant!
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