O PSD e o OE/2025 – #montenegronaomarcelonunca

As negociações do Orçamento são a coreografia para justificar a intenção deliberada de pôr o Estado ao serviço de negócios privados. Foi para isso que foi redigido o parágrafo, para afastar o PM, e criar o pretexto para a dissolução da AR e substituição do Governo.

O que está em causa é a gestão do PRR e os negócios das privatizações, especialmente o da Saúde. A ministra parece inteiramente incapaz, mas é absolutamente competente para destruir o sector público. É a pessoa certa para a função.

Outro negócio urgente e milionário é o das infraestruturas. Por isso Marcelo se esforçou a desacreditar o ministro Galamba, e o Ministério Público a escutá-lo durante 4 anos. O ministério já se encontra agora em excelentes mãos. E experientes!

A Segurança Social ficará para depois. É um negócio para mais de uma legislatura. Os seguros privados já medram e os fundos de pensões estão ávidos, mas podem esperar.

Para que a execução do guião neoliberal não sofresse acidentes de percurso era preciso preparar a opinião pública e difamar os opositores.

Com o PCP e o BE sem força parlamentar, os media afadigaram-se a difamar o líder do PS e a tentar dividir o partido entre moderados e radicais, sendo os radicais os que têm o apoio dos militantes, e até inventaram uma extremista na competente líder parlamentar.

Enquanto o País não nota a incompetência do ministro das Finanças, o Governo usa a excelente situação financeira e a dinâmica da economia que herdou para executar a sua agenda. O aumento da despesa pública foi um mero investimento para manter o poder e desmantelar o Estado. Só precisa de sobreviver, a despesa controla-se depois.

Com o apoio de interesses poderosos e os centros de decisão do poder já do PSD, o PM envolveu-se na batalha para manter o poder. Com o PR assustado com a leviandade com que dissolveu a AR usa-o na sua estratégia e, sabendo que os patrocinadores do Chega e do IL os obrigariam a apoiar qualquer Orçamento seu, desgasta o PS para sobreviver.

As manobras e a campanha de propaganda desde a posse são conhecidas. Já convenceu o País de que o PS deve salvar o PSD. Titulares dos órgãos de soberania, a quem se exigia estrita neutralidade, envolveram-se na manobra para viabilização do Orçamento que desconheciam. Até o bispo de Lisboa se intrometeu nos assuntos de César!

Montenegro pode ser néscio a governar, mas o líder da bancada do PSD, que apoiou o Governo de Passos Coelho durante quatro anos, continua imbatível na propaganda e um jogador de xadrez de alto nível como PM.

Com o país assustado com novas eleições legislativas, o PR alarmado com a irreflexão com que dissolveu a AR e a multidão de dependentes ansiosos por manterem os lugares a que chegaram nestes seis meses de poder do PSD, Montenegro e Ventura acusaram-se mutuamente de mentirosos. Coisas de companheiros que se separaram no PSD.

E redobrou a chantagem da direita, com ajuda de militantes do PS, a exigir haraquíri ao PS. Já aconteceu com Francisco Assis quando António Costa decidiu formar o primeiro governo, com o apoio do PCP e BE. Então o crime não compensou. E o País gostou!




Comentários

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides