Divagando (12) – #montenegronaomarcelonunca
O definhamento da direita democrática não se deve apenas ao surgimento de partidos extremistas, IL e Chega, mas ao desvario do PSD e às convicções políticas dos últimos inquilinos de Belém. Cavaco, ideólogo de Montenegro, veio na última semana insistir que não há direita nem esquerda, afirmação habitual de quem é da pior direita.
Marcelo conseguiu sempre a viragem à direita do PPD/PSD e, após
nova dissolução da AR, a do País. Começou em Lisboa com a candidatura de Moedas
e teve êxito. Depois, com as eleições que provocou, obteve maioria de direita
na AR, no Governo e no País.
Cavaco usou o chefe da casa civil para inventar escutas do
PM e provocar a sua queda. Desmascarado, fracassou e ficou em estado deplorável.
Marcelo, mais inteligente e mais perverso, levou a PGR a revelar aos media
escutas dos procuradores ao PM. E aguardou a sua demissão para reincidir na
dissolução da AR.
A semana que terminou foi fértil em acontecimentos e a
revelar a fragilidade do governo que garantiu o período de validade para mais
dois anos de destruição do estado social.
A ministra da Administração Interna é demasiado incompetente
para, fora da função pública, chefiar sequer o pessoal de limpeza de uma
esquadra, quanto mais a chefiar as polícias e os bombeiros. Sairá na primeira
remodelação com outros ativos tóxicos.
Nuno Melo, antigo pajem de Paulo Portas, parece não ter
qualquer ideia sobre a Defesa, para além do recrutamento de marginais para as
Forças Armadas e da disposição para as comprometer na reconquista de Olivença. E
Montenegro não pode despedi-lo, sob pena de acabar com o Governo criado e sustentado
por uma ficção chamada AD.
Paulo Rangel, o homem que Marcelo queria a liderar o PSD,
revelou-se perigoso para o Governo e para o PR por labilidade emocional e
comportamentos de almocreve. A sua irascibilidade e falta de educação para com
um general da Força Aérea comprometeu o Governo e o PR. Este, tão loquaz contra
o anterior Governo, está agora mudo e cobarde como Comandante Supremo das
Forças Armadas e a segurar Montenegro.
O Governo anda em excesso de velocidade a delapidar o Orçamento
que herdou e, se o submeterem ao teste do balão, hão de apreender a carta de governante
à MAI e ao MNE.
Marcelo anda com azar. Há mais gente a dar-se mal com Moscatel
ou outras essências.
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