Cabala ou conspiração?
Um Governo não precisa de violar o segredo de justiça para assassinar politicamente um adversário. Basta colocar um magistrado de confiança à frente das Polícias.
Quando Celeste Cardona se bateu na Assembleia da República pela nomeação de Adelino Salvado para a PJ muitas vozes protestaram, mas o respeito que é devido a um juiz não permitiu maior contestação.
Quando o referido magistrado, digo, director-geral se babava de gozo a revelar aspectos do processo Casa Pia a um jornalista do Correio da Manhã – porque a simples alusão ao nome de Ferro Rodrigues era já suficiente para o liquidar –, impedia-me o respeito pelos juizes de acreditar.
O Conselho Superior da Magistratura decidiu, por maioria, o arquivamento do processo, limitando-se a censurar um «acto de grande imprudência, incompreensível em face da categoria profissional e do cargo [do prevaricador]». Todavia, não violou o segredo profissional pois «não podem qualificar-se como infracção disciplinar meras conversas mantidas em privado com um determinado jornalista...».
Nem sei mesmo a que se deveu a censura ao Sr. Conselheiro. Deveria ter sido louvado?
Ferro Rodrigues viu a sua carreira política destroçada e o seu carácter assassinado. A impunidade fica à solta. Adelino Salvado poderá ser um futuro ministro, à semelhança do que sucedeu a Fernando Negrão. Ferro Rodrigues arrastará o ferrete da ignomínia sem que se conheçam os crápulas responsáveis.
Um país que não se revolta contra actos de indignidade é uma pátria que morre sem cidadãos, um local mal frequentado, um covil de pulhas.
Fonte da decisão do SCJ: Expresso, hoje.
Quando Celeste Cardona se bateu na Assembleia da República pela nomeação de Adelino Salvado para a PJ muitas vozes protestaram, mas o respeito que é devido a um juiz não permitiu maior contestação.
Quando o referido magistrado, digo, director-geral se babava de gozo a revelar aspectos do processo Casa Pia a um jornalista do Correio da Manhã – porque a simples alusão ao nome de Ferro Rodrigues era já suficiente para o liquidar –, impedia-me o respeito pelos juizes de acreditar.
O Conselho Superior da Magistratura decidiu, por maioria, o arquivamento do processo, limitando-se a censurar um «acto de grande imprudência, incompreensível em face da categoria profissional e do cargo [do prevaricador]». Todavia, não violou o segredo profissional pois «não podem qualificar-se como infracção disciplinar meras conversas mantidas em privado com um determinado jornalista...».
Nem sei mesmo a que se deveu a censura ao Sr. Conselheiro. Deveria ter sido louvado?
Ferro Rodrigues viu a sua carreira política destroçada e o seu carácter assassinado. A impunidade fica à solta. Adelino Salvado poderá ser um futuro ministro, à semelhança do que sucedeu a Fernando Negrão. Ferro Rodrigues arrastará o ferrete da ignomínia sem que se conheçam os crápulas responsáveis.
Um país que não se revolta contra actos de indignidade é uma pátria que morre sem cidadãos, um local mal frequentado, um covil de pulhas.
Fonte da decisão do SCJ: Expresso, hoje.
Comentários
o quê que o seu comentário tem a ver com o post do carlos esperança?
nada
esta técnica de vir aos blogs fazer anúncio do próprio blog está muito batida e é ineficacaz. a única forma eficaz de o fazer é escrever comentários inteligentes que agucem nos outros leitores a curiosidade sobre o respectivo autor.
quanto ao seu ESTALEIRO,enfim, presunção e água benta cada um toma a que quer, mas se pensa que é assim que impressiona os seu conhecidos socialistas, olh, pense melhor e mude de estrategia
a actuação de adelino salvado além de ter como objectivo destruir politica e moralmente uma pessoa que era tida como íntegra, como o ferro rodrigues, conseguiu ainda lançar a suspeita sobre todo o processo da casa pia.
o resultado, pior ainda que o assassinato de carácter de ferro rodrigues, é que se deu mais um passo, e um grande passo, no sentido do descrédito da justiça e das autoridades em portugal, e sem uma justiça eficaz e uma autoridae democratica forte, não há estado de direito, e sem estado de direito não há democracia.
Creio que é redundante manifestar a minha solidariedade aos teus comentários.
Temos divergências que nos unem e convergências que conduzem à mútua estima e consideração.
É uma pena ver um país que só se entusiasma por questões clubísticas e se revolta por interesses individuais.
Paulo Portas, Celeste Cardona, Adelino Salvado são personagens pérfidos de uma das páginas mais nojentas da nossa História recente.
Mas parece-me que Souto Moura, Durão Barroso e Jorge Sampaio também não podem fugir às suas responsabilidades.
A minha total solidariedade para com Ferro Rodrigues!
Ditosa Pátria que tais filhos tem...
"não pode qualificar-se como crime meras tareias dadas em privado na sua própria esposa..."
Entretanto é precso ter cuidado. Eles andam por ai, e cavalgando a onda Cavaquista, ão sei o que dai virá.
Outros já se resguardaram, e antes de ir embora, filmaram os arquivos dos seus ministérios...