O PGR vai à Assembleia da República
A Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE) foi o esteio do Estado Novo. Prendeu, torturou e assassinou ao serviço de um regime ignóbil; perseguiu, intimidou e fez chantagem na defesa da ditadura; assustou, intrigou e aviltou cidadãos para defender o fascismo manso de Salazar e permitir a perpetuação da guerra colonial.
A PIDE foi uma polícia abjecta. Exerceu o poder discricionário e comportou-se de forma despótica à margem de qualquer lei. Os seus esbirros espiavam os cidadãos, devassavam a intimidade, escutavam conversas, violavam correspondência. Deus, pátria e família foram pretexto para a mais despudorada ofensiva contra direitos, liberdades e garantias que a Constituição política de 1933 timidamente referia no artigo 8.º.
A PIDE não respeitava igrejas, universidades ou lares. Omnipresente na defesa do que considerava os superiores interesses da nação, servia-se dos piores portugueses para neutralizar os melhores. A Humberto Delgado abateu-o em Espanha, a José Dias Coelho na rua do Lusíadas. Mário Soares foi deportado para S. Tomé, muitos para o Tarrafal. Álvaro Cunhal penou em Peniche, muitos outros em Caxias.
O luto, o medo e a raiva eram levados às famílias portuguesas por intermédio de uma polícia que tinha estagiado com a sua congénere do nazismo alemão. A história da PIDE não cabe num texto do «Ponte Europa», são várias décadas de vergonha e horror. A PIDE foi pior do que alguém possa imaginar.
Caluniou, mentiu e seviciou sem divulgar as escutas ilegítimas a que procedia nem sequer os palavrões com que os oposicionistas se referiam à ditadura.
Por estranha coincidência, a uma semana de eleições democráticas, ficou a saber-se que os mais altos dignitários do actual regime viram as suas comunicações telefónicas devassadas.
Depois do assassínio político de Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso, da aparente conspiração para destruir o PS, sem que os culpados apareçam, os motivos se conheçam e a dimensão da canalhice se averigúe, é com ansiedade que se esperam as explicações que o PGR vai dar à Assembleia da República.
Os portugueses precisam de saber se os direitos, liberdades e garantias estão assegurados ou em que estado certa direita deixou o Estado de direito.
A PIDE foi uma polícia abjecta. Exerceu o poder discricionário e comportou-se de forma despótica à margem de qualquer lei. Os seus esbirros espiavam os cidadãos, devassavam a intimidade, escutavam conversas, violavam correspondência. Deus, pátria e família foram pretexto para a mais despudorada ofensiva contra direitos, liberdades e garantias que a Constituição política de 1933 timidamente referia no artigo 8.º.
A PIDE não respeitava igrejas, universidades ou lares. Omnipresente na defesa do que considerava os superiores interesses da nação, servia-se dos piores portugueses para neutralizar os melhores. A Humberto Delgado abateu-o em Espanha, a José Dias Coelho na rua do Lusíadas. Mário Soares foi deportado para S. Tomé, muitos para o Tarrafal. Álvaro Cunhal penou em Peniche, muitos outros em Caxias.
O luto, o medo e a raiva eram levados às famílias portuguesas por intermédio de uma polícia que tinha estagiado com a sua congénere do nazismo alemão. A história da PIDE não cabe num texto do «Ponte Europa», são várias décadas de vergonha e horror. A PIDE foi pior do que alguém possa imaginar.
Caluniou, mentiu e seviciou sem divulgar as escutas ilegítimas a que procedia nem sequer os palavrões com que os oposicionistas se referiam à ditadura.
Por estranha coincidência, a uma semana de eleições democráticas, ficou a saber-se que os mais altos dignitários do actual regime viram as suas comunicações telefónicas devassadas.
Depois do assassínio político de Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso, da aparente conspiração para destruir o PS, sem que os culpados apareçam, os motivos se conheçam e a dimensão da canalhice se averigúe, é com ansiedade que se esperam as explicações que o PGR vai dar à Assembleia da República.
Os portugueses precisam de saber se os direitos, liberdades e garantias estão assegurados ou em que estado certa direita deixou o Estado de direito.
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