Soares e Cavaco
À medida que as eleições se aproximam, aumenta a agressividade enquanto o discernimento e o bom senso minguam.
Não está em causa a liberdade, só o sua qualidade. Não se teme a tirania, apenas os contornos da democracia. Não se discute a Constituição da República, apenas o entusiasmo no seu cumprimento.
Há, claro, candidatos mais e menos fiáveis. No meu ponto de vista, o candidato da direita é o que tem perfil mais autoritário, capaz de interferir no Governo, gerar instabilidade e criar condições para que Sócrates não acabe a legislatura.
Claro que é apenas a presunção baseada no comportamento de Cavaco Silva, o receio fundado em sinais, a desconfiança em relação a quem, há muito, manifestou vontade de querer António Borges a liderar o PSD. O desaparecimento dos partidos que o apoiam é já um acto de submissão pouco compatível com uma democracia adulta.
Cavaco Silva é um homem sério, incapaz de violar a Constituição, mas demasiado impetuoso para permitir que o seu próprio partido siga livremente o seu caminho.
Ao ter criado expectativas que não é capaz de cumprir, só pode contribuir para debilitar os partidos num país onde o autoritarismo e a tradição antidemocrática ainda se fazem sentir.
Como dizia José Miguel Júdice, personalidade destacada do PSD, Jorge Sampaio criou o paradigma correcto de presidente da República. De todos os candidatos, na minha opinião, é Cavaco quem mais se afasta do padrão desejável e Mário Soares o que mais se aproxima.
O que os portugueses decidirem no dia 22 é o correcto. Mas, apesar da luta desigual que travam os diversos candidatos, espero que haja uma segunda volta para uma reflexão mais serena.
Há anos que Marcelo Rebelo de Sousa fez da televisão uma tribuna de propaganda ao candidato que lidera as sondagens. Não foi um exemplo de civismo nem de ética democrática.
Não está em causa a liberdade, só o sua qualidade. Não se teme a tirania, apenas os contornos da democracia. Não se discute a Constituição da República, apenas o entusiasmo no seu cumprimento.
Há, claro, candidatos mais e menos fiáveis. No meu ponto de vista, o candidato da direita é o que tem perfil mais autoritário, capaz de interferir no Governo, gerar instabilidade e criar condições para que Sócrates não acabe a legislatura.
Claro que é apenas a presunção baseada no comportamento de Cavaco Silva, o receio fundado em sinais, a desconfiança em relação a quem, há muito, manifestou vontade de querer António Borges a liderar o PSD. O desaparecimento dos partidos que o apoiam é já um acto de submissão pouco compatível com uma democracia adulta.
Cavaco Silva é um homem sério, incapaz de violar a Constituição, mas demasiado impetuoso para permitir que o seu próprio partido siga livremente o seu caminho.
Ao ter criado expectativas que não é capaz de cumprir, só pode contribuir para debilitar os partidos num país onde o autoritarismo e a tradição antidemocrática ainda se fazem sentir.
Como dizia José Miguel Júdice, personalidade destacada do PSD, Jorge Sampaio criou o paradigma correcto de presidente da República. De todos os candidatos, na minha opinião, é Cavaco quem mais se afasta do padrão desejável e Mário Soares o que mais se aproxima.
O que os portugueses decidirem no dia 22 é o correcto. Mas, apesar da luta desigual que travam os diversos candidatos, espero que haja uma segunda volta para uma reflexão mais serena.
Há anos que Marcelo Rebelo de Sousa fez da televisão uma tribuna de propaganda ao candidato que lidera as sondagens. Não foi um exemplo de civismo nem de ética democrática.
Comentários
Escondam as crianças, há o Carlos Esperança à espera.
Discordo quando diz que Cavaco é sério. Já aqui tenho lido alguns argumentos sobre a não seriedade de Cavaco. Esperemos que não ganhe. Mas, se ganhar, o Carlos Esperança verá que a fraca cultura democrática de Cavaco será sinónimo de pouquíssima seriedade.
A seriedade tem a haver com as ideias que defendemos e não cumprimos; com o que calamos, com o que omitimos, não dizemos e devíamos dizer. Todos os outros candidadtos assumem-se. Dizem o que pensam sobre o Mundo. Cavaco não. Cavaco, Sr. Esperança, meta isto na cabeça, não é sério.
Perdoe-me, mas o Sr. ou é ingénuo ou generoso em demasia.
Continue a defender o Soares que faz melhor do que defender o Cavaco.
Atenção Esperança que ao afirmar uma coisa destas está a dar votos á direita!
Falta-lhe cultura politica para tal.
Não serve para atis funções.
Cavaquismo na Presidência da Reública!? Nunca!
Por tugal ainda não é um país sul-americano,que permite Fujimoris e quejandos.
O povo está alerta. Vamos TODOS mobilizar-nos para combater Cavaco e o retrocesso que ele representa.
Por favor pensem: queremos de novo Cavaco e a seu opulento séquito de prepotentes, moralistas e consumidores de mordomias??
Salvem o País! salvem Cavaco! Deixem-no ficar na Universidade com as suas 3 Reforma$$$$ acumulada$$$$!