Isto não é admissível num diário dito "de referência"
O DN de hoje, num artigo com a manchete "Eslováquia exige garantia igual à dos checos no tratado", refere no lead que "a presidência sueca lembrou ontem que, ao contrário dos checos, os eslovenos já ratificaram o Tratado de Lisboa em Maio". É inadmissível que se confunda eslovenos com eslovacos num jornal dito de referência. Esloveno é o gentílico que se refere a um cidadão da República da Eslovénia, ao passo que o gentílico aplicável a um cidadão da República da Eslováquia é eslovaco. É um erro crasso.
Para além desse erro grave, é manifesta a superficialidade com que o redactor do artigo refere que "a Eslováquia decidiu exigir uma garantia semelhante à que os checos podem vir a ter para ratificarem o Tratado de Lisboa: uma nota de rodapé que assegure que os alemães expropriados a seguir à II Guerra Mundial não podem exigir de volta as terras nos montes Sudetas". Nota-se perfeitamente que a jornalista não compreende patavina do que se está a passar, nem se preocupou minimamente em se informar sobre a História e a Geografia da região em causa. Os montes Sudetas são na República Checa, e não na Eslováquia. As pretensões da Eslováquia relativamente aos Decretos Beneš prendem-se não com os alemães dos Sudetas, mas com as minorias húngaras (e com menor premência alemãs, tais como anterior Príncipe do Lichtenstein, que possuía extensos latifúndios na Rep. Checa e na Eslováquia) que foram expropriadas e expulsas ao abrigo dos referidos decretos do território eslovaco. E a superficialidade continua noutra peça, em que o DN procura explicar o que são os decretos Beneš, e em que se pura e simplesmente reduz a questão aos cidadãos checoslovacos de origem alemã, omitindo-se totalmente qualquer referência aos cidadãos checoslovacos de origem húngara e aos próprios checos e eslovacos que colaboraram com o III Reich, com a Hungria de Horthy e com o regime fantoche do Monsenhor Josef Tiso, que foram igualmente expropriados e expulsos.
Nos diários ditos "de referência" abundam erros deste jaez. Será falta de qualidade dos cursos de jornalismo, será falta de qualidade dos estágios profissionais, será preguiça dos editores, ou de tudo um pouco?
Para além desse erro grave, é manifesta a superficialidade com que o redactor do artigo refere que "a Eslováquia decidiu exigir uma garantia semelhante à que os checos podem vir a ter para ratificarem o Tratado de Lisboa: uma nota de rodapé que assegure que os alemães expropriados a seguir à II Guerra Mundial não podem exigir de volta as terras nos montes Sudetas". Nota-se perfeitamente que a jornalista não compreende patavina do que se está a passar, nem se preocupou minimamente em se informar sobre a História e a Geografia da região em causa. Os montes Sudetas são na República Checa, e não na Eslováquia. As pretensões da Eslováquia relativamente aos Decretos Beneš prendem-se não com os alemães dos Sudetas, mas com as minorias húngaras (e com menor premência alemãs, tais como anterior Príncipe do Lichtenstein, que possuía extensos latifúndios na Rep. Checa e na Eslováquia) que foram expropriadas e expulsas ao abrigo dos referidos decretos do território eslovaco. E a superficialidade continua noutra peça, em que o DN procura explicar o que são os decretos Beneš, e em que se pura e simplesmente reduz a questão aos cidadãos checoslovacos de origem alemã, omitindo-se totalmente qualquer referência aos cidadãos checoslovacos de origem húngara e aos próprios checos e eslovacos que colaboraram com o III Reich, com a Hungria de Horthy e com o regime fantoche do Monsenhor Josef Tiso, que foram igualmente expropriados e expulsos.
Nos diários ditos "de referência" abundam erros deste jaez. Será falta de qualidade dos cursos de jornalismo, será falta de qualidade dos estágios profissionais, será preguiça dos editores, ou de tudo um pouco?
Comentários
Vê lá se dás uns conselhos ao Carlos Queirós para não sermos surpreendidos pela artilharia bósnia, seja muçulmana, seja católica-croata, seja ortodoxa-sérvia...