13 de maio. Uma data contra a República.
Hoje, em Fátima, consumiu-se mais cera do que mel produziram
as abelhas.
Fátima tem a maior área coberta da religião, em Portugal.
Foi um centro de propaganda da ditadura depois de ter sido um instrumento de
luta contra a República. A guerra fria deu-lhe uma enorme importância e
converteu o local num centro de recolha de esmolas onde o dinheiro e o ouro
abundaram. Hoje, a crise da fé e da economia tornam o sítio menos rentável,
apesar das campanhas papais de marketing.
Também é verdade que os pastorinhos nunca conseguiram fazer
um milagre de jeito. São mais os peregrinos que morrem na estrada do que os
estropiados que se curam. Os joelhos dos devotos sangram nas maratonas beatas à
volta da capelinha das «aparições» e as orações aliviam os crentes mas não
produzem efeitos.
Não sei como os laboratórios farmacêuticos não usam a ave-maria
como placebo nos ensaios duplo-cegos com que testam os medicamentos.
O paganismo é hoje um detonador da fé que se cultiva na Cova
da Iria. Ninguém quer saber de deus, apenas a Virgem é a mascote que recebe
oferendas e obriga a sacrifícios a quem se pagam promessas.
Ainda se veem velhos combatentes com a farda da guerra
colonial a agradecer o retorno à Pátria. Se foi a virgem Maria que os protegeu
deve haver 13 mil defuntos a sofrer em silêncio a desatenção da dita senhora
que aparece em locais improváveis para alimentar a superstição e manter o
negócio da fé.
Com a fome que grassa e a miséria que se instala não admira
que, o desespero se torne propício às maratonas místicas que desaguam na Cova
da Iria. Triste sina dos povos que veem a Terra a abandoná-los e se viram para
o Céu.
Comentários
não devendo nós ferir alguns dos crentes,
havemos concordar interesse turístico evento.
Merecedor peut être classificação socrática "PIN".
Aleluia.
Eu deixei de visitar um blogue islâmico porque fui ameaçado de morte.
Aqui não se am eça ninguém mas desmascara-se o que nós pensamos que são a superstição e a mentira.
Um abraço.
P.S. Tenho lido vários artigos seus aí pelos jornais.