Nas vésperas do aniversário das aparições o Governo recolhe-se para implorar um ‘milagre’…
Conselho de Ministros em alta tensão… link
Se existissem dúvidas acerca da agónica balbúrdia que reina no colectivo que (ainda) nos governa elas ficavam desfeitas com a realização, hoje, de mais um inopinado conselho de ministros extraordinário.
Trata-se, de facto, da persecução das longas reuniões efectuadas nas últimas semanas e que, sistematicamente, se traduziram em banalidades, nulidades e, mais tarde, foram trazidas à praça pública como ameaças desconexas e desfasadas da realidade nacional. Um Governo que entrou na tarefa de chover no molhado...
Entretanto, à sorrelfa dos encantados e cantados ‘consensos’ foi enviado para Bruxelas um documento baptizado de DEO (Documento de Estratégia Orçamental 2013-2017) link. Ninguém - cá dentro e lá fora - acredita em mais este malabarismo de Excel nem nos resultados das medidas que o informam. Trata-se de um pueril exercício simulador de governação.
Hoje, um governo que se mostra encalhado na sua própria incapacidade política e nas suas contradições internas, decide realizar mais uma reunião ministerial e, por via das dúvidas, não haverá declarações no final. Este encadeamento diz tudo.
Algures por aí está a troika a 'forçar' a notificação de medidas concretas. Isto é, de mais passos na cura de absurda austeridade completamente indiferente às suas consequências recessivas e a destruição do País. Em Belém, o homem silencioso e nervoso coça, complacente, o nariz. Do outro lado da barricada, Portugal, em acelerada rota para a terceiro-mundialização, permanece atónito.
Na realidade, se formos mais subtis teremos a noção de que paira no ar o sentimento de podemos estar a viver a calmaria que precede as devastadoras tempestades.
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