A INSUPORTÁVEL ARROGÂNCIA DO MINISTRO GASPAR

Eu pensava já ter dito neste blog sobre Vítor Gaspar tudo o que de mal pode dizer-se de um ministro.

Já disse que ele é um tecnocrata apátrida que de português só tem o passaporte.

Que, mesmo como tecnocrata ultraliberal, é um rematado incompetente.

Já o comparei ao traidor Miguel de Vasconcelos, defenestrado pelos nossos patrióticos antepassados no 1º de dezembro de 1640.

Já disse que não representa Portugal perante os credores, antes representa os credores perante Portugal.

Mas enganei-me. Tudo o que disse foi pouco. É que a criatura faz questão de continuamente se exceder a si própria na ignomínia. Quando se pensa que desceu ao mais baixo grau de abjeção, consegue descobrir um grau ainda mais baixo.

Há dois ou três dias, numa Comissão Parlamentar, foi interpelado pela Senhora Deputada Ana Drago que, inadvertidamente, disse que ele tinha sido eleito. Gaspar não gostou e, em resposta, bolçou asperamente esta coisa: “EU NÃO FUI ELEITO COISÍSSIMA NENHUMA!”

Quer isto dizer, inequivocamente, que Gaspar se orgulha de não ter sido mandatado pelo povo português – que deve considerar uma escumalha – mas sim por altas instâncias internacionais que o incumbiram de castigar essa escumalha. E, como não foi mandatado pelo povo português, acha, arrogantemente, que não tem de lhe prestar contas.

Para um governo ter legitimidade democrática, não basta ter ganho umas eleições; tem de exercer o poder democraticamente, tratar democraticamente as oposições, não trair o mandato que o povo lhe conferiu, respeitar as leis e a Constituição. Exatamente o contrário do que este governo tem feito.

Ora um governo que não governa democraticamente, que tem como mentor um Gaspar e como comparsas uns indivíduos que não têm vergonha de ter um Gaspar como mentor, não merece ser tratado democraticamente. Merece ser desprezado. Merece todos os apupos, vaias e insultos que o povo lhe tem prodigalizado por toda a parte. E muita sorte tem em o povo não passar dos apupos.

Está a tardar o novo Dia da Restauração para que Portugal se veja livre destes novos Miguéis de Vasconcelos!