Uma demissão incompreensível

«O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, apresentou, esta sexta-feira, a sua demissão alegando "motivos de ordem pessoal", tendo sido aceite pelo ministro Nuno Crato, segundo nota do Ministério da Educação e Ciência».

Há na melancólica desagregação do Governo desaforos e patifarias diversas. A ministra que combate os swaps é especialista nesse instrumento financeiro. Passos Coelho é uma espécie de PM. O PR é clone de Américo Tomás. Paulo Portas é uma imitação de figura de Estado. Nuno Crato é o especialista na destruição do Ensino público, parecido com a ministra da Justiça, a criar o caos nos Tribunais.

Não se compreende que o secretário de Estado de Nuno Crato se demita, por um plágio, quando o elenco que integra é um plágio de Governo e o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário só ensinou aos alunos a maneira de progredirem na vida, de forma diferente do PM, que prefere a emigração.

Quem sabe se a tese do secretário de Estado, denunciada pelo Público, não seria mais apreciada do que quando apresentada pelo autor? Era uma forma de valorização de um trabalho académico.

Aliás, o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário acabou por demonstrar que se dedicou com afinco à colocação de professores e ao bom funcionamento das escolas, de tal modo que teve de recorrer ao plágio para não roubar tempo à governação.

Neste Governo as palavras ganham novos significados, o plágio é «motivo de ordem pessoal».

Admira que um Governo, que começou com equivalências escolares, termine com um plágio académico. Em Matemática, este Governo, chama-se um conjunto vazio.

Comentários

e-pá! disse…
São verdadeiramente preocupantes as confusões que vão sendo geradas sobre habilitações académicas dos governantes. E muito mais preocupantes de tornam quando aos níveis académicos se juntam insondáveis questões de idoneidade.

Já bastava as visíveis deficiências no que se refere às carreiras políticas, muito pouco visíveis e nada testadas. Parece que em termos de escolha este governo foi ‘pescado à linha’.
Eu deixava-os com o anzol enfiado.

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