Momento de poesia
Adeus,
Stephen Hawking…
Foste habitar aquela estrela, que descobriste,
e pela qual te apaixonaste,
depois de teres encontrado Deus
num buraco negro, onde ELE se escondia,
para o obrigares a renegar tudo o que ELE dizia
sobre a criação do Universo e da vida humana…
Do teu corpo morto fizeste uma nova vida
para o nosso espanto,
pois não temos a tua força nem a tua inteligência
nem sabemos devorar as insónias
das galáxias, das estrelas, dos planetas e dos
cometas
e tudo aquilo que a Física Quântica
provoca nas nossas cabeças
com as suas insondáveis incógnitas…
Nasceste no dia em que Galileu, há trezentos anos,
morreu,
e morreste no dia em que Einstein nasceu,
na ponta final de dois séculos atrás,
e eu não sei se isto não foi uma partida de Deus,
para vos catalogar à entrada do céu…
O que eu sei é que vais levar os seus corações na
tua mão
para que a Física vença a ignorância
e triunfe no meio das trevas e da escuridão…
Adeus, Stephen Hawking…
Alexandre de Castro
Lisboa, Março de 2018
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