O PS E PASSOS COELHO
Estou muito zangado com o "meu" PS (digo
"meu", entre aspas, porque é o partido em que voto, e que
apoio, embora me situe mais à esquerda - se ele entrasse em
contubérnio com o PPD, como o SPD alemão com a Merkel, deixava
de apoiar).
Pois ontem fiquei envergonhado quando vi importantes figuras do PS participar numa palhaçada que houve na Assembleia da República, e chegar ao ponto de elogiar Passos Coelho pelo que fez enquanto esteve no poder. Pareciam aqueles hipócritas que dizem o pior possível de uma pessoa enquanto ela está viva e a elogiam depois de morta.
Para mim, um pulha é um pulha e não é por morrer que passa a ter sido boa pessoa.
Passos Coelho foi um delegado do FMI, da Merkel e do Schäuble para fazer em Portugal a vontade deles. Passou o tempo a lamber as botas a essa gente, e até se orgulhava de ser por eles considerado "bom aluno". A Troika andou por aí a reduzir à miséria o povo português e ele teve o desplante de se gabar de que "ia além da Troika". E foi! Foi um assumido carrasco do povo português! E no fim ainda cometeu a pulhice de troçar dos sacrifícios que infligiu às suas vítimas, deixando sair da boca estas palavras: "o objetivo que temos é o de vencer a doença, não é o de perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor, ou se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago." (Sic!) Quem fala assim não merece elogios, nem mesmo depois de morto.
O único serviço que ele prestou à Pátria foi o de ter libertado a Assembleia da República da sua nauseabunda presença!
Pois ontem fiquei envergonhado quando vi importantes figuras do PS participar numa palhaçada que houve na Assembleia da República, e chegar ao ponto de elogiar Passos Coelho pelo que fez enquanto esteve no poder. Pareciam aqueles hipócritas que dizem o pior possível de uma pessoa enquanto ela está viva e a elogiam depois de morta.
Para mim, um pulha é um pulha e não é por morrer que passa a ter sido boa pessoa.
Passos Coelho foi um delegado do FMI, da Merkel e do Schäuble para fazer em Portugal a vontade deles. Passou o tempo a lamber as botas a essa gente, e até se orgulhava de ser por eles considerado "bom aluno". A Troika andou por aí a reduzir à miséria o povo português e ele teve o desplante de se gabar de que "ia além da Troika". E foi! Foi um assumido carrasco do povo português! E no fim ainda cometeu a pulhice de troçar dos sacrifícios que infligiu às suas vítimas, deixando sair da boca estas palavras: "o objetivo que temos é o de vencer a doença, não é o de perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor, ou se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago." (Sic!) Quem fala assim não merece elogios, nem mesmo depois de morto.
O único serviço que ele prestou à Pátria foi o de ter libertado a Assembleia da República da sua nauseabunda presença!
Comentários
Estou plenamente convicto que um dia a História demonstrará que os pesados sacrifícios que Passos Coelho impôs ao povo português não eram necessários, nem inevitáveis.
Não vai ser possível continuar por muito mais tempo a iludir a verdade.
Contudo, considero que os elogios (póstumos) a Passos Coelho não são inocentes e algo de sinistro poderá estar na forja.
Compartilho a indignação expressa no post pelo facto de ter visto e ouvido parte do PS a elogiar o que o ex-dirigente do PSD fez enquanto primeiro-ministro do XIX Governo Constitucional.
Em certa medida esses serôdios encómios minam e tiram sentido à actual solução governativa.
Isto é, o (aparente) abandono da actividade política e a súbita dedicação à vida académica (ficamos a aguardar a demonstração de que o empobrecimento é criativo) poderá ter sido o mais relevante acto político que Passos Coelho gizou enquanto Oposição...
Mas confesso que não tinha pensado na hipótese de os elogios não serem inocentes. Se não são, estaremos muito mal...
Tomei os elogios como um ritual fúnebre, mas também me senti incomodado.
Para já, vou seguir a vida académica de Passos Coelho. Não sei se vai estudar para obter um mestrado ou a dar aulas para fabricar doutoramentos.
De qualquer maneira, não se bate em quem tem que sair pela direita baixa e é preferível ser-se injusto a despertar na Direita um sentimento ainda maior de vingança pelo golpe de rins que foi a fundação da Geringonça, que os deixou, coitadinhos, arredados do poder.
Não esquecer que foi a sátira de Obama a Trump num jantar de jornalistas que levou este último a candidatar-se...