O bloco central no ISCSP


Goradas as tentativas de reeditar o bloco central da política, acantonaram-se os autores numa escola que arrisca perder o prestígio, depois de apagado o passado de escola de quadros das colónias.

Lá está como diretor o docente Manuel Meirinho, deputado eleito como independente nas listas do PSD nas legislativas de 2011, convidado de Passos Coelho, no ato eleitoral que o levou ao Governo. Meirinho abandonou a AR em maio de 2012 para assumir a presidência do ISCSP onde aguardou Passos Coelho para o juntar ao catedrático Sousa Lara, o censor de Saramago e ao professor-auxiliar António José Seguro, formando na Universidade o defunto arco do poder, o semicírculo antidemocrático que este governo converteu em círculo.

O governo de Passos Coelho extinguiu as carreiras profissionais, mas, pelos vistos, não apagou as “Novas Oportunidades” e, assim, em vez de iniciar um mestrado decente que fizesse esquecer a vulgar licenciatura, começa por dar aulas em cursos de doutoramento. Cumpriu o Princípio de Peter e Manuel Meirinho pagou uma dívida.

Depois desta auspiciosa carreira académica, uma inovação portuguesa, prevê-se que Trump acabe a dar aulas em Harvard.

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