Passos Coelho – o académico precário
Não repugna que o ex-PM se transfira da AR para a docência do ensino superior, ao que se diz, para dar aulas em mestrados. Cabe às escolas avaliar a alegada falta de currículo, exigindo as públicas o que devem e as privadas o que lhes aprouver, porque a reputação depende do mérito dos docentes e da qualidade do ensino que ministram.
O que se condena é a incompetência no exercício das funções que exerceu no Governo e a incúria na defesa do interesse público. O julgamento fez-se, como devia, nas últimas eleições legislativas. Agora desejam-se-lhe felicidades na curta carreira académica com passagem direta de discente a docente, sem equivalências.
Não pode a esquerda cair no sectarismo da direita para Sócrates quando, sem qualquer acusação e sem ter sido constituído arguido, pediu o regresso da censura, através de um abaixo-assinado, para o impedir de ser comentador televisivo.
A baixeza ética não pode repetir-se do lado oposto do espetro partidário. O político não pode ser acossado por adversários na sua vida privada, nem ficar impedido de trabalhar.
O que é de temer não é a precária docência para cumprir um período de nojo e salvar as aparências, antes de vir a ser administrador não executivo em empresas que privatizou, cargos que não prejudicam a administração e são bem pagos. Do branqueamento da sua imagem, tal como aconteceu a Cavaco, encarrega-se a central de intoxicação da direita. Cavaco deixou o Governo odiado, e foi eleito PR na maior amnésia coletiva de sempre.
Passos Coelho foi o rosto de um funesto Governo, e foi apenas o factótum de interesses alheios de que apenas recebera migalhas de Miguel Relvas para a Tecnoforma.
Os responsáveis do chumbo do PEC IV, os parasitas do regime que lhe são devedores, encontram-se no processo do BPN, nas antigas visitas da casa de Ricardo Salgado, nos intermediários das privatizações e em condomínio de luxo pagos por empresas falidas.
Sabem-se os nomes dos que fizeram PM o ora candidato a docente universitário. Entre outros, constam os que não chegam ao conhecimento da PGR ou do TCIC e fazem parte da lista de autarcas do PSD cujos factos apurados se encontram perdidos em 20 paginas de investigação jornalística da revista Visão.
O ruído sobre a docência de Passos Coelho é a cortina de fumo que esconde a vergonha do emprego da deputada Maria Luís, em Londres, e adia o pagamento de favores que o seu governo fez a certo capital, que não costuma ser ingrato.
O que se condena é a incompetência no exercício das funções que exerceu no Governo e a incúria na defesa do interesse público. O julgamento fez-se, como devia, nas últimas eleições legislativas. Agora desejam-se-lhe felicidades na curta carreira académica com passagem direta de discente a docente, sem equivalências.
Não pode a esquerda cair no sectarismo da direita para Sócrates quando, sem qualquer acusação e sem ter sido constituído arguido, pediu o regresso da censura, através de um abaixo-assinado, para o impedir de ser comentador televisivo.
A baixeza ética não pode repetir-se do lado oposto do espetro partidário. O político não pode ser acossado por adversários na sua vida privada, nem ficar impedido de trabalhar.
O que é de temer não é a precária docência para cumprir um período de nojo e salvar as aparências, antes de vir a ser administrador não executivo em empresas que privatizou, cargos que não prejudicam a administração e são bem pagos. Do branqueamento da sua imagem, tal como aconteceu a Cavaco, encarrega-se a central de intoxicação da direita. Cavaco deixou o Governo odiado, e foi eleito PR na maior amnésia coletiva de sempre.
Passos Coelho foi o rosto de um funesto Governo, e foi apenas o factótum de interesses alheios de que apenas recebera migalhas de Miguel Relvas para a Tecnoforma.
Os responsáveis do chumbo do PEC IV, os parasitas do regime que lhe são devedores, encontram-se no processo do BPN, nas antigas visitas da casa de Ricardo Salgado, nos intermediários das privatizações e em condomínio de luxo pagos por empresas falidas.
Sabem-se os nomes dos que fizeram PM o ora candidato a docente universitário. Entre outros, constam os que não chegam ao conhecimento da PGR ou do TCIC e fazem parte da lista de autarcas do PSD cujos factos apurados se encontram perdidos em 20 paginas de investigação jornalística da revista Visão.
O ruído sobre a docência de Passos Coelho é a cortina de fumo que esconde a vergonha do emprego da deputada Maria Luís, em Londres, e adia o pagamento de favores que o seu governo fez a certo capital, que não costuma ser ingrato.
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