Guerras religiosas – novos genocídios em suaves prestações
Quando a Polónia desafia os direitos humanos e regressa ao catolicismo do concílio de Trento, não admira que, apesar dos crimes antissemitas que fazem parte da sua História e matriz cultural, desenvolva uma campanha nacionalista para ocultar o passado e para ameaçar quem o queira recordar e prevenir reincidências.
A França também esqueceu a rusga do Vel’d’Hiv (1942), quando a sua policia procedeu à detenção de mais de oito mil judeus e os entregou à Gestapo para que os enviasse para Auschwitz. A Áustria, que conseguiu fazer crer ao mundo que Hitler era alemão, avança de novo para a extrema direita, tal como a Hungria, a Itália, a Holanda e quase todos os países da Europa, sucessivamente, ora elegendo os primeiros deputados extremistas, ora reforçando os seus grupos parlamentares.
Vai-se esquecendo a Croástica, como era designada a Croácia, fusão do nome do País com a suástica, ou a República Eslovaca do sinistro presidente, monsenhor Jozef Tiso, que amava mais o nazismo do que o catolicismo de que era sacerdote e dignitário.
A violência antissemita, com mortes que se atribuem a distúrbios provocados pela droga e pela religiosidade, pela droga, em qualquer caso, cresce de forma permanente e com a agravante de haver cada vez mais complacência para crimes de ódio antissemita.
E se o antissemitismo regressa com o esquecimento da História da Europa e das guerras religiosas a que a Paz de Vestefália colocou um módico de moderação e de aceitação do pluralismo, assistimos agora à apoteose da demência islâmica que de forma metódica e recorrente assassina infiéis e converte ao mais implacável dos monoteísmos jovens que a violência e o primarismo de uma crença obsoleta seduzem.
A Bélgica acabou por controlar a Grande Mesquita para impor um Islão moderado, após ter verificado que vários jovens que a frequentavam foram lutar no Daesh, na Síria. Em França, anteontem, ouviu-se mais uma vez o sinistro grito selvagem, Deus é grande, e lá se finaram mais vítimas do ódio de quem não respeita o ethos da nossa civilização.
Em Portugal, sabe-se que se recrutam combatentes para o Daesh, agora uma rede difusa de lobos solitários ou células escondidas, mais difíceis de combater por não disporem de espaço territorial definido.
E, em vez de uma União Europeia unida e federada em torno de uma civilização, temos países que gravitam em torno da mesma moeda, concorrendo entre eles, com o regresso dos nacionalismos e a cumplicidade de governantes com o comunitarismo.
Na ânsia de atrair votos e no desprezo pela matriz laica e democrática que devia unir os países da UE na defesa da herança do Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa, vai-se sacrificando a civilização à benevolência para as exigências beatas das religiões e a chantagem dos seus dignitários.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é cada vez mais uma mera referência da Europa que permitimos ficar refém da demência sectária de radicais religiosos, dos que abominam os direitos humanos e o livre-pensamento.
Não há democracias vitalícias.
A França também esqueceu a rusga do Vel’d’Hiv (1942), quando a sua policia procedeu à detenção de mais de oito mil judeus e os entregou à Gestapo para que os enviasse para Auschwitz. A Áustria, que conseguiu fazer crer ao mundo que Hitler era alemão, avança de novo para a extrema direita, tal como a Hungria, a Itália, a Holanda e quase todos os países da Europa, sucessivamente, ora elegendo os primeiros deputados extremistas, ora reforçando os seus grupos parlamentares.
Vai-se esquecendo a Croástica, como era designada a Croácia, fusão do nome do País com a suástica, ou a República Eslovaca do sinistro presidente, monsenhor Jozef Tiso, que amava mais o nazismo do que o catolicismo de que era sacerdote e dignitário.
A violência antissemita, com mortes que se atribuem a distúrbios provocados pela droga e pela religiosidade, pela droga, em qualquer caso, cresce de forma permanente e com a agravante de haver cada vez mais complacência para crimes de ódio antissemita.
E se o antissemitismo regressa com o esquecimento da História da Europa e das guerras religiosas a que a Paz de Vestefália colocou um módico de moderação e de aceitação do pluralismo, assistimos agora à apoteose da demência islâmica que de forma metódica e recorrente assassina infiéis e converte ao mais implacável dos monoteísmos jovens que a violência e o primarismo de uma crença obsoleta seduzem.
A Bélgica acabou por controlar a Grande Mesquita para impor um Islão moderado, após ter verificado que vários jovens que a frequentavam foram lutar no Daesh, na Síria. Em França, anteontem, ouviu-se mais uma vez o sinistro grito selvagem, Deus é grande, e lá se finaram mais vítimas do ódio de quem não respeita o ethos da nossa civilização.
Em Portugal, sabe-se que se recrutam combatentes para o Daesh, agora uma rede difusa de lobos solitários ou células escondidas, mais difíceis de combater por não disporem de espaço territorial definido.
E, em vez de uma União Europeia unida e federada em torno de uma civilização, temos países que gravitam em torno da mesma moeda, concorrendo entre eles, com o regresso dos nacionalismos e a cumplicidade de governantes com o comunitarismo.
Na ânsia de atrair votos e no desprezo pela matriz laica e democrática que devia unir os países da UE na defesa da herança do Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa, vai-se sacrificando a civilização à benevolência para as exigências beatas das religiões e a chantagem dos seus dignitários.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é cada vez mais uma mera referência da Europa que permitimos ficar refém da demência sectária de radicais religiosos, dos que abominam os direitos humanos e o livre-pensamento.
Não há democracias vitalícias.
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