Justiça social

Quem não tem, dá; quem tem, tira

É da natureza dos pobres partilhar o pouco que lhes cabe, assim como é da natureza dos ricos ir em busca do que não lhes faz falta, na imparável volúpia do enriquecimento.

Não é acaso que os setores mais bem remunerados, e de emprego mais estável, sejam os que mais exigem e mais violentamente o fazem, indiferentes ao que receberam durante a formação que todos os contribuintes pagaram. Esquecem-se as dívidas quando deixa de haver cobradores.

É assim que as desigualdades sociais se agravam e a ética se desvanece num paizão de poder e volúpia que corrompe os poderosos e semeia a miséria nos desgraçados.

Talvez por isso, o anúncio do fim da luta de classes esteja ligeiramente exagerado.


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