Ramiro Moreira – o operacional das execuções de políticos de esquerda
Poucos recordam um temível vingador que assassinou portugueses de esquerda, especialmente militantes do PCP.
Não se pode dizer que matou apenas quando as posições se extremaram, continuou a fazê-lo depois de estabilizada a democracia, gratuitamente, apenas por vingança contra a esquerda, com a ajuda da Igreja. Só se negou a pôr uma bomba em Fátima, um desejo dos seus correligionários, para acusarem do crime os comunistas, suspeitos do costume.
Não lhe faltaram, depois, apoios e empregos bem remunerados. Ficaram na sombra os cúmplices e foi premiado o executor.
É de salientar que Sá Carneiro obrigou Ramiro Moreira, o militante número 7, a sair do PSD, depois de ter sabido dos seus crimes. Ou saía por si ou seria expulso. Não quis um assassino no PSD.
Cavaco e Passos Coelho teriam tomado igual atitude? Sá Carneiro era igual.
Mais uma vez, exumo dos textos, que escrevi ao longo dos anos, este cadáver da direita que há de andar por aí a gozar a reforma dourada do emprego em Espanha e, depois, em Portugal.
Para que a memória não se perca.
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