Reclamação contra o Ponte Europa

Caro Esperança:

Dois amigos dirigiram-se-me, interrogando-se das razões que levam um blogue a permitir a inclusão de comentários insultuosos de alguns leitores, onde se recorre frequentemente à linguagem desbragada, típica dos "carroceiros", e sobre os quais não se exerce uma legítima prática censória, à qual nenhuma equívoca sensibilidade, apoiada num qualquer preconceituoso escrúpulo, se pode opor.

Um deles, incomodado, já há uns tempos que deixou de enviar comentários, tal foi a "experiência vexatória que viveu". Embora a culpa seja sempre de quem ofende e de quem veicula a ofensa, e não de quem é ofendido, o que é certo, é que é este último que tem de invocar os princípios da "decência" e da "elevação moral", sem os quais nenhuma relação, mesmo que apenas epistolar, pode ser mantida.

Um abraço

a) leitor devidamente identificado

Nota: Apresento ao leitor as minhas desculpas e comprometo-me a tentar fazer do Ponte Europa um lugar melhor frequentado.

Comentários

Rui Luzes Cabral disse…
Dou um simples conselho: Comentários moderados.

Assim como não temos a nossa casa aberta à entrada de qualquer desconhecido ou conhecido que se porte mal lá dentro, também os blogs são "casas" de discussão" onde temos de espreitar primeiro pela frincha antes de se abrir a porta.
Anónimo disse…
Nao concordo com o Rui Luzes Cabral, qualquer frase que seja considerada ordinária ou difamatória pode ser apagada.
Acho que com a moderaçao de comentários já nao haverá a hipótese de os leitores poderem entre eles trocar ideias com a mesma facilidade, por outro lado compreendo as razoes que podem levar à moderaçao de comentários. Fica no entanto a minha opiniao sobre o assunto.
Anónimo disse…
Não sei o que se entende por "comentários moderados". Será que se pode moderar uma frase insultuosa com adjectivação "desbragada", quando a intenção do autor é precisamente recorrer ao abjecto insulto, como por vezes se verifica neste blogue? Como o insulto não pode ser considerado argumento válido, a única solução é decidir-se pela sua não publicação. Isto, para não ter de andar a "espreitar primeiro pela frincha", comportamento impróprio, que não está nos meus hábitos.
Anónimo disse…
Assinado: Nuno Moita
Anónimo disse…
Zarco:

Rui Luzes Cabral referia-se à moderação que me cabe na qualidade de administrador e que eu não tenho feito.

Moderar um comentário é impedir que seja publicado antes de ser avaliado pelo moderador.

Numerosos amigos me perguntam como aguento os insultos, calúnias e ataques pessoais de que sou alvo.

Respondo-lhes que os insultos ofendem mais quem os profere do que o destinatário mas já não posso aceitar que ofendam os leitores que se sentem bem a frequentar este espaço de debate e que não os toleram.
Anónimo disse…
Os comentários abjectos não ofendem pessoalmente, afligem, porque mostram a "inteligência" do racional ser humano.
E não apetece de facto comentar um blog quando é invadido por interjeições guturais e escatológicas.
Mas é com prazer que se lêem os textos publicados no Ponte Europa.
Anónimo disse…
Estes bananas apelam à ''moderaçao''.
Esta ''moderação'' é uma forma de se incluir o que só o que gosta.
O blogue, que já nao é nada de especial, vai certamente perder qualidade e leitores.
Vamos passar a ter comentário aos posts bacocos do Carlos Esperança do genero: ''concordo perfeitamente com o que diz'', ''Nao podia estar mais certo'', ''é verdade, também conheço um padre que é mal educado'',''também concordo com o Carlos Esperança quando diz que os Estados Unidos devem ser bombardeados com bombas atomicas''....

Por outro lado também compreendo, é uma forma mais socialista de emitir opinioes. Marx gostava disso, Lenine adorava, Fidel chavez e socrates so conhecem esta forma de debate.É legitimo que carlos esperança nao goste de ter opositores à sua mediania intelectual.

O prototipo do socialista é assim mesmo, alem de pedofilo nao tem sentido critico, vive na sua mediania intelectual e é chupista por natureza.
Morte ao socialismo é morte à pedofilia (valido apenas para portugal)
Anónimo disse…
Quando alguém me pedir a definição de democrata, remeto para o Ponte Europa e para o comportamento do Carlos Esperança.
Inteligente, acutilante, directo e elegante.
Mas, ao mesmo tempo, tolerante, paciente e compreensivo.
Um exemplo vivo de quem sabe o que é democracia e ditadura, e que, em consciência e convicção, optou pela primeira das duas.
Continue a oferecer-nos a sua experiência e a sua escrita e nunca se esqueça que os insultos e a deselegância qualificam os seus autores.
Um abraço.
Anónimo disse…
o que? O CE democrata? Entao o homem em 75 era comunista e em 73 seminarista.... chamam a isto democracia..... Por amor de Deus!
Anónimo disse…
Carlos Esperança, não vá atrás dos "socialistas de alma", não seja totalitário...a liberdade a que temos direito.
Anónimo disse…
A "liberdade a que temos direito" não inclui a "liberdade" de insultar quem quer que seja, muito menos sob a capa cobarde e nojenta do anonimato, própria dos que noutros tempos escreviam cartas anónimas à PIDE a denunciar os vizinhos!
Anónimo disse…
Ó Horta... e os nabos. Já estão crescidinhos...
Anónimo disse…
Ou seja a censura...

Volta a lembrar ao Carlos Esperança que os cartoons sobre maomé na Dinamarca que o senhor tanto apoiou só foram publicados porque nesse país se defende em primeiro lugar a liberdade de expressão, mesmo que seja a do insulto.
Aliás a não condenação da publicação dos cartoons é devida à jurisprudência de que a liberdade de expressão está acima de tudo, mesmo num caso anterior de difamação do PM.

Quem quer discutir com panos de renda que vá para o infantário chuchar no dedo, pois quem quer luta política tem de saber enfrentar tudo, sobretudo se defende umas coisas no blog e pratica outras na vida pessoal....
Anónimo disse…
Anónimo Seg Abr 14, 10:52:00 AM:

Estou de acordo consigo mas com uma única condição: não usar o anonimato para esconder a mão que atira a pedra.
Anónimo disse…
Apoiado. O tal anónimo, que reclama o direito de usar oinsulto como argumento, que o faça, identificação, se é que tem coragem para isso.

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