Momento de poesia
Só tu
O vestido que te cobre,
Pouco diz aos meus sentidos.
O meu amor é de pobre,
Não anda atrás de vestidos.
Por isso amor, acredita,
Quando me quiseres chamar,
Podes vestir-te de chita,
Que, assim mesmo, hei-de gostar.
Tampouco te valorizas
Com as jóias verdadeiras.
És bonita, não precisas
De pôr anéis nem pulseiras.
E quando o teu coração
Te pedir a minha presença,
Põe os brincos de latão,
Que não me causa diferença.
Também os caros perfumes,
Pouco ou nada te acrescentam.
Não me provocam ciúmes,
Nem os meus desejos aumentam.
E se um capricho banal
Te fizer chamar-me, um dia,
Traz só cheiro natural
Da tua carne sadia.
O vestido que te cobre,
Pouco diz aos meus sentidos.
O meu amor é de pobre,
Não anda atrás de vestidos.
Por isso amor, acredita,
Quando me quiseres chamar,
Podes vestir-te de chita,
Que, assim mesmo, hei-de gostar.
Tampouco te valorizas
Com as jóias verdadeiras.
És bonita, não precisas
De pôr anéis nem pulseiras.
E quando o teu coração
Te pedir a minha presença,
Põe os brincos de latão,
Que não me causa diferença.
Também os caros perfumes,
Pouco ou nada te acrescentam.
Não me provocam ciúmes,
Nem os meus desejos aumentam.
E se um capricho banal
Te fizer chamar-me, um dia,
Traz só cheiro natural
Da tua carne sadia.
Armando Moradas Ferreira
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