Ponte Europa
Hoje saí cedo para participar em iniciativas cívicas relacionadas com o 25 de Abril. Cheguei perto da meia-noite e deparei com a caixa de comentários, relativa ao anúncio da formação da Associação Ateísta Portuguesa, cheia de insultos e de manifestações de intolerância.
Sou do tempo em que o ensino da Religião católica era obrigatório desde a escola primária até ao fim do liceu, o atestado de baptismo era um documento exigido em escolas de enfermagem e a prática da religião católica condição sine qua non para se ser professor do ensino primário.
A liberdade religiosa é hoje um facto, liberdade entendida como direito de ter ou não ter qualquer religião, abandoná-la ou censurá-la, mas os demónios totalitários dos cúmplices da ditadura fascista persistem nas cabeças dos herdeiros de fogueiras da Inquisição.
Sob a capa do anonimato, há primatas que se reclamam de universitários, medíocres na gramática e no carácter, intolerantes no pensamento e na acção e atrevidos nos insultos e na ignorância. Ou mentem ou envergonham qualquer universidade.
Não falta quem maltrate a liberdade que há 34 anos nos foi oferecida pelos capitães de Abril. Esses podiam viver ainda sob qualquer ditadura porque só aprecia a democracia quem tem a inteligência, a cultura e a sensibilidade para a desfrutar.
Ou quem sofreu a violência da ditadura fascista e da guerra colonial. A convivência cívica e a tolerância exigem um processo lento de aprendizagem, mas é tempo de todos fazermos um esforço nesse sentido.
Sou do tempo em que o ensino da Religião católica era obrigatório desde a escola primária até ao fim do liceu, o atestado de baptismo era um documento exigido em escolas de enfermagem e a prática da religião católica condição sine qua non para se ser professor do ensino primário.
A liberdade religiosa é hoje um facto, liberdade entendida como direito de ter ou não ter qualquer religião, abandoná-la ou censurá-la, mas os demónios totalitários dos cúmplices da ditadura fascista persistem nas cabeças dos herdeiros de fogueiras da Inquisição.
Sob a capa do anonimato, há primatas que se reclamam de universitários, medíocres na gramática e no carácter, intolerantes no pensamento e na acção e atrevidos nos insultos e na ignorância. Ou mentem ou envergonham qualquer universidade.
Não falta quem maltrate a liberdade que há 34 anos nos foi oferecida pelos capitães de Abril. Esses podiam viver ainda sob qualquer ditadura porque só aprecia a democracia quem tem a inteligência, a cultura e a sensibilidade para a desfrutar.
Ou quem sofreu a violência da ditadura fascista e da guerra colonial. A convivência cívica e a tolerância exigem um processo lento de aprendizagem, mas é tempo de todos fazermos um esforço nesse sentido.
Comentários
Agora qualificar de primatas os vermes, é demasiada consideração para esses comentadores.
deixa-los lá.
Achas que eles merecem mais do que têm?
Não desanimes. E, claro, continua a iluminá-los. Se não conseguires que, pelo menos, eles entendam o teu esforço pedagógico e dedicado, como uma provocação.
E isso, imagino eu, pelo menos, irrita-os... e isso pelo menos, a mim, dá-me algum prazer.
Continua a tua missão.
Abraço
Pior foi a juventude do 25 de Abril que também não sabendo o que queria educou estes monstros.
Os monstros fugiram ao seu controlo e agora ameaçam as ideologias dos criadores dos monstros. É um processo evolutivo normal, sempre existiu e continuará a existir. Só assim se melhoram os erros das gerações anteriores.
Errado está quando as geraçoes anteriores querem se perpetuar na mudança do mundo.
Querem perpetuar o erro de Abril, mudar a lei do aborto, casamentos homosexuais, rendimentos minimos de inserção, metadona para os toxicodependentes e prisao para os fumadores, etc.
Woodstock já vai ter um museu, as suas ideologias eram porreiras enquanto havia droga. Passando o efeito do LSD, estas ideologias deixam de fazer sentido.
Carlos, distanciando-se dos ideais do peace and love, diga la se concorda ou nao.
Não se escreve em bom Português "as geraçoes anteriores querem se perpetuar". A partícula reflexiva "se" acompanha o verbo perpetuar. É uma regra da gramática, e que não emana dos estatutos da defunta União Nacional.
Publicou um post ao 12.30 e diz que saiu cedo?
vida ardua a sua...
Saí cedo, não tenha dúvida.
Veja a que horas estão publicados os dois posts anteriores, s.f.f.