Momento de poesia
Oração
Santificado seja o vosso nome Teu…
Não ergo a minha prece a procurar-Te
Nas alturas do Céu,
Porque Te sei presente em toda parte,
(Até, talvez,
Na gélida aridez
Do meu peito de ateu…)
Guarda o Teu reino aberto a quem é justo
Eu queria-o, mas não posso
Pagar o “Padre-nosso”
Que lhe arbitram por custo.
Ao pão de cada dia,
Não me tires o gosto
De ganhá-lo, à fatia,
Com o suor do meu rosto.
E não me dês perdões que eu não mereço,
Dos pecados que a carne me exigiu.
Que eu também não ofereço
O meu perdão aquele que me traiu.
Conserva-me a fraqueza
De ceder, hoje e sempre, à tentação!
Não me negues os dons que a natureza
Impôs aos seres da minha condição.
E rogo me concedas o direito
De sofrer o castigo
Dos males que Te hei feito
E das loucas palavras que Te digo.
a) Armando Moradas Ferreira
Santificado seja o vosso nome Teu…
Não ergo a minha prece a procurar-Te
Nas alturas do Céu,
Porque Te sei presente em toda parte,
(Até, talvez,
Na gélida aridez
Do meu peito de ateu…)
Guarda o Teu reino aberto a quem é justo
Eu queria-o, mas não posso
Pagar o “Padre-nosso”
Que lhe arbitram por custo.
Ao pão de cada dia,
Não me tires o gosto
De ganhá-lo, à fatia,
Com o suor do meu rosto.
E não me dês perdões que eu não mereço,
Dos pecados que a carne me exigiu.
Que eu também não ofereço
O meu perdão aquele que me traiu.
Conserva-me a fraqueza
De ceder, hoje e sempre, à tentação!
Não me negues os dons que a natureza
Impôs aos seres da minha condição.
E rogo me concedas o direito
De sofrer o castigo
Dos males que Te hei feito
E das loucas palavras que Te digo.
a) Armando Moradas Ferreira
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