AR: Lei do divórcio aprovada


O diploma teve o voto contra da deputada do PS Matilde Sousa Franco, a abstenção da deputada Teresa Venda e mereceu o voto favorável de sete deputados do PSD e a abstenção de 11, entre os quais Pedro Duarte, da direcção da bancada e Jorge Neto.

Uma lei que mereceu tão amplo consenso parlamentar, apesar das ameaças e chantagem do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, vem ao encontro da maioria dos portugueses. Ninguém ficará obrigado a divorciar-se mas fica atenuado o calvário a que eram submetidos os cônjuges para quem o casamento tinha terminado e ficavam reféns dos vínculos.

Não deixa de ser curioso que o PSD cujo líder não vive com a esposa, como fez questão de revelar à comunicação social, acompanhado da namorada, fosse um partido que na sua maioria se opôs à nova lei.

E, como suprema ironia, coube ao líder parlamentar, Santana Lopes, debitar esta pérola: «O PSD é contra a iniciativa que visa “tornar mais fácil e mais célere a possibilidade de dissolução dos vínculos do matrimónio” quando “faltam incentivos para apoiar a estabilidade e a continuidade” da instituição nos dias de hoje».

Ao menos podia ter-se feito substituir por um deputado com maior espírito monogâmico e estabilidade matrimonial.

Quando o clero, que tanto se opôs a esta lei, for autorizado a casar, o divórcio deixa de ser pecado e passa a sacramento.

Comentários

Anónimo disse…
"Não deixa de ser curioso que o PSD cujo líder não vive com a esposa, como fez questão de revelar à comunicação social, acompanhado da namorada, fosse um partido que na sua maioria se opôs à nova lei."

Santa ignorânica...
Então se alguém assassinar tem de ser a favor do assassínio?

Ò Esperança, pensa antes de escrever senão neste blog continuarás a não ter mais de Anas, E-pas e socialistas de alma..e outros como eu que me venho ca rir muita vez...
Sois mesmo padreco...
Anónimo disse…
1. Não são só os Drs. Menezes e Santana Lopes que hipocritamente dizem defender o "sagrado sacramento do matrimónio" e na sua vida privada fazem o contrário do que dizem: o mesmo se passava com outros líderes do PSD, como o Prof. Marcelo e o próprio Sá Carneiro!

2. Já era, obviamente, de esperar o voto contra da Sr.ª Dr.ª Matilde Sousa Franco. Já tenho dito aqui várias vezes que a sua indicação pelo PS para cabeça de lista por Coimbra foi de um oportunismo inadmissível e ao fim e ao cabo estúpido e contraproducente, pois só fez perder votos ao PS. É que há - felizmente - muita gente que não está disposta a engolir sapos... Esperemos que a experiência tenha servido de lição e o disparate não volte a repetir-se.
Anónimo disse…
Concordo em absoluto com esta lei. Medidas sociais destas, deveriam ter sido tomadas à mais tempo, no entanto..

A posição do PSD foi lamentável, ao menos deveria ter-se abstido.

Diogo

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