A queda da folha
A queda da folha. A campanha eleitoral, apesar de há muito ter começado, dá agora, oficialmente, os primeiros passos. Os candidatos mostram o sorriso, esforçam-se por parecer simpáticos, prometem ser tolerantes, abrangentes e fingem dar ouvidos a quem ousa discordar; a encenação não fica completa se não distribuírem sacos de plástico, aventais, brindes e papel cuché, com a sua cara maquilhada, para convencer os incautos de que a pose é sinónimo de competência. O país está farto destes embustes, actores de subúrbio sem lugar nas piores companhias de teatro. O povo continua sem dinheiro, o desemprego aumenta, mas as promessas evoluem exponencialmente para captar votos. Urge erguer a voz, em nome de uma cidadania responsável, denunciar a falta de seriedade que graça na boca de alguns candidatados autárquicos. O povo pode e deve votar contra aqueles que julgam que ele não pensa e não sabe, como escreveu Sophia de Mello Breyner. Coimbra é uma cidade onde a presença da sua Universidade cond