A vocação totalitária de Alberto João Jardim

O ministro Augusto Santos Silva opôs-se ao processo de autonomização dos centros regionais da RTP e RDP Madeira, uma obsessão do Governador autóctone que Durão Barroso havia prometido no processo complicado de arranjar apoios.

Santos Silva, que tutela a comunicação social, invocou razões legais, mas os portugueses imaginam o que faria o sátrapa madeirense com os órgãos de comunicação nas suas mãos.

Dado o sentido de Estado que se lhe conhece e o rigor informativo dos jornais sob tutela do Governo Regional, imagina-se a isenção, rigor e qualidade que lhes estariam reservados enquanto o Continente era chamado a pagar a factura.

Tal como em Canas de Senhorim, eis uma promessa do Governo PSD/PP cujo incumprimento é uma vitória do bom senso e da democracia.

Comentários

Anónimo disse…
Vítor Manuel:

Não há eleições livres sem independência económica e social. Apesar de tudo, é melhor assim do que no tempo de Salazar.

Mas acrescento:

1 - O líder dos Açores foi eleito por percentagem maior sem os constrangimentos da Madeira.

2 - As eleições em Coimbra, Lisboa ou Porto são mais livres do que nos concelhos rurais de Portugal.

Por que será?
Anónimo disse…
Alberto João Jardim é igual a Mário Soares.
Ambos têm a mania que são donos da República.
(Só o estilo é que é diferente)
Anónimo disse…
Carlos Esperança:

Aqui está mais um exemplo do seu gosto por baralhar as coisas, por razões meramente partidárias.
Que tem Canas de Senhorim a ver com o caso da Madeira, de que se ocupou no seu post?
Por acaso, o caso de Canas é substancialmente diferente do de Vizela (veja o tamanho deste concelho), cuja elevação a concelho foi patrocinada pelo PS? Como este, posso apresentar-lhe muitos outros exemplos. Estou à vontade para o dizer, porque sempre fui contra à elevação de todas estas terras a concelhos.
O que eu lhe censuro é a forma como, deliberadamente, procura matar os seus ódios de estimação, que, como já vimos, são muitos.
Não vale a pena, na minha opinião.

Pedro Velez
Anónimo disse…
Pedro Velez:

A criação do concelho de Vizela foi um erro gravíssimo que levou ao despertar dos bairrismos primários e escancarou as portas para outras aventuras que custam caro ao País. Foi um erro do PS e um caso de demagogia.

Canas e a regionalização da RDP e RTP Madeira têm em comum uma governação errática e promessas demagógicas que Durão Barroso fez.

No caso da Madeira, os 4 deputados de que Jardim era dono faziam chantagem sobre o Governo.

Se mudassem o sentido de voto deixavam a coligação PSD/PP sem maioria.
Anónimo disse…
O Jardim é menos perigoso do que o Soares.
O Jardim está fechado na ilha, nem pode sair quando está maus tempo.
O Soares anda por aí...
Anónimo disse…
Anónimo das 7:35 PM:

Soares anda por aí há mais de 60 anos a lutar pela democracia.

Vote em quem quiser mas não desrespeite quem foi, por vontade dos portugueses, primeiro-ministro, 10 anos PR e sempre um combatente da liberdade.

Nem confunda com titres autoritários que se davam bem com a ditadura.
Anónimo disse…
Exactamente, deviam ter vergonha de estabelecer certas comparações, referindo-se a alguém cujo passado e presente é tão grandioso q consegue q se digam disparates como o seu!
Anónimo disse…
Carlos Esperança:

Voltemos ao caso de Canas de Senhorim, porque - volto a dizer - é elucidativo da sua intenção deliberada de baralhar as coisas, com propósitos meramente partidários.

Na verdade, a não ser por cegos intuitos partidários, não compreendo o uso retórico da comparação que faz entre a situação dos meios de comunicação regional madeirenses e o caso de Canas de Senhorim. Sabe porquê? Porque, na situação em apreço, a comparação não faz sentido, porque tanto o PSD como o PS foram irresponsáveis.
Já não falo da elevação de Vizela a concelho, que o Carlos Esperança agora vem reconhecer como um acto demagógico, com as principais responsabilidades a recaírem sobre o PS (que foi acompanhado por Manuel Monteiro, então líder do PP, e pelos deputados da CDU); falo das propostas feitas pelo PS de elevação de várias localidades a concelho, por ocasião da proposta de elevação de Canas de Senhorim, que o Presidente Jorge Sampaio, a meu ver muito bem, rejeitou.
Quer dizer: quando o PSD foi irresponsável ao propor a elevação de Canas de Senhorim a concelho, o PS foi igualmente irresponsável ao propor a elevação de várias outras localidades pequenas a concelho.
Em nome da verdade, há que assumir isto. Por várias vezes, critiquei publicamente Durão Barroso. Critiquei-o também por este facto. Não esperei que deixasse de ser primeiro-ministro, para o fazer.
Já alguém alguma vez o viu a criticar José Sócrates?

Pedro Velez
Anónimo disse…
Pedro Velez:

Parece que estamos de acordo.

Apena eu não me dei conta da sua oposição à elevação de Canas de Senhorim e o Pedro Velez não leu o que eu escrevi sobre Vizela.

Congratulo-me por estarmos ambos solidários com Jorge Sampaio.
Anónimo disse…
Carlos Esperança:

Ainda bem que eu disse tudo o que disse e que estamos de acordo.
Quanto a Jorge Sampaio, é o Presidente da República Portuguesa. Só por isso merece a minha consideração insuspeita, que vem dos tempos em que ele era apenas candidato à presidência da República. Mas, neste ponto em concreto, a sua decisão mereceu, particularmente, o meu apoio. É uma questão de justiça dizê-lo, porque penso que o Presidente da República deve estar acima dos partidos, mostrando não depender deles e não lhes mostrando subserviência.
Anónimo disse…
Soares é uma referência porque foi eleito.
Jardim é um badameco porque foi eleito.
Confesso que não percebo a lógica do pensamento socialista.
Vou perguntar ao Rui Mateus...
E, já agora, vou também perguntar à arquitecta Roseta...
Anónimo disse…
O anónimo anterior tem toda a razão.
Anónimo disse…
O Velez tem razão. Era bom que o Soares ouvisse, já que é tão candidato partidário como o Jerónimo de Sousa e o Francisco Louçã.
Anónimo disse…
Soares é do PS. Sempre foi.
Dez anos de Soares + 10 anos de Sampaio = 20 anos de PS na Presidência.
Deixaram chegar isto a um lindo estado...

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